Talvez a primeira luz da manhã
reinventando o mundo
e a gota de tempo equilibrada
na superfície da madrugada
que resvala
sejam o sorriso de Deus.
Talvez o arco-ìris depois
da terra lavada
e o vôo primeiro de um pássaro,
a primeira fruta colhida,
sejam o sorriso de Deus.
Talvez o assombro
de toda descoberta
e os gestos mais simples,
o pão repartido, a dor partilhada,
a mão no rosto do outro,
sejam o sorriso invisível
de Deus.
Autora: Roseana Murray
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