Pesquisadores
usam caroços da Fruta para fazer próteses mais baratas e
ecológicas.
Nem
na tigela nem no colar de contas. Agora o açaí também vai ser osso no corpo de
quem precisa de um implante. A novidade foi criada por uma parceria de
pesquisadores da Unicamp e da UFPA, que fabricaram próteses de poliuretano
usando o caroço da fruta como matéria prima. O ingrediente não poderia ser mais
abundante e barato: a polpa que vira alimento representa apenas 15% da massa do
fruto. O resto, vira lixo. Só no Pará, cerca de 350 mil
toneladas desse material são jogados fora todos os
anos. Agora, pelo menos uma parte vai receber um destino mais
útil.
O
tal caroço foi aproveitado por ser rico em poliol, substância que os
pesquisadores converteram em poliuretano, polímero já usado para fazer prótese ósseas. Hoje, no entanto a indústria o fabrica a
partir de derivados de petróleo – commodity cada vez mais escassa e
rara.
Uma
das coisas mais legais desse projeto é que usamos uma matéria prima renovável,
diz a engenheira química da Unicamp Laís Gabriel, que dedicou seu mestrado à
fabricação do osso. O resultado é um produto sustentável e barato, cujo preço
deve ser um quinto do atual.
Revista:
Galileu nº
2541 pág.
24
Autor:
Tarso Araújo
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