É comum interesses casuais e prazeres momentâneos
motivarem ligações que não resistem ao menor contratempo. São amizades que podem
não ser sólidas.
Para Aristóteles, as amizades completas requerem fé,
crença ou confiança (psitis) no amigo. Mas sabe-se que sobram
razões para hesitarmos numa relação.
A qualidade principal de um amigo, o que deve nos
levar a amá-lo, é a possibilidade que ele nos oferece de nos fazer amar.
Pondere consigo mesmo como são diversos os
sentimentos, como são divididas as opiniões,mesmo entre os conhecidos mais
próximos; e até mesmo como as opiniões iguais têm nas cabeças de
seus amigos, posição ou forças tão diferentes das que tem na sua; como são
múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a
ruptura.
É inseguro o terreno em que repousam as nossas
alianças e amizades, como são próximos os frios temporais e o tempo feio. Como é
isolado cada ser humano!
Todas as opiniões sejam de qualquer espécie e
intensidade, são para seu amigo necessárias.
Livre-se da amargura e aspereza de sentimento que
levou o sábio a gritar:”Amigos não há amigos!”Talvez você dirá antes a si
mesmo:”Sim, há amigos mas foi uma ilusão que nos apresentou.”Nietzsche, em
“!Humano demasiadamente humano.”
Revista:
Filosofia nº 57 pág. 24
Autora:
Paulo Henrique Fernandes
Silveira
prezado Paulo Motta,
ResponderExcluirobrigado pela referência ao meu texto,
parabéns pelo blog. Estou escrevendo um texto
sobre a imitatio christi, gostaria de saber sua
opinião sobre ele.
um abraço,
Paulo Henrique