segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A CONFIANÇA DE UM AMIGO



É comum interesses casuais e prazeres momentâneos motivarem ligações que não resistem ao menor contratempo. São amizades que podem não ser sólidas.
Para Aristóteles, as amizades completas requerem fé, crença ou confiança (psitis) no amigo. Mas sabe-se que sobram razões para hesitarmos numa relação.
A qualidade principal de um amigo, o que deve nos levar a amá-lo, é a possibilidade que ele nos oferece de nos fazer amar.
Pondere consigo mesmo como são diversos os sentimentos, como são divididas as opiniões,mesmo entre os conhecidos mais próximos; e até  mesmo como as opiniões iguais têm nas cabeças de seus amigos, posição ou forças tão diferentes das que tem na sua; como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura.
É inseguro o terreno em que repousam as nossas alianças e amizades, como são próximos os frios temporais e o tempo feio. Como é isolado cada ser humano!
Todas as opiniões sejam de qualquer espécie e intensidade, são para seu amigo necessárias.
Livre-se da amargura e aspereza de sentimento que levou o sábio a gritar:”Amigos não há amigos!”Talvez você dirá antes a si mesmo:”Sim, há amigos mas foi uma ilusão que nos apresentou.”Nietzsche, em “!Humano demasiadamente humano.”

Revista: Filosofia nº 57 pág. 24
Autora: Paulo Henrique Fernandes Silveira




Um comentário:

  1. prezado Paulo Motta,

    obrigado pela referência ao meu texto,

    parabéns pelo blog. Estou escrevendo um texto

    sobre a imitatio christi, gostaria de saber sua

    opinião sobre ele.

    um abraço,

    Paulo Henrique

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