Modo
de Andar – desde que
nossos ancestrais ficaram de pé 1,5 milhão de anos atrás, os seres
humanos sempre caminharam mais ou menos do mesmo jeito: um pé na frente do
outro, gingando os quadris, encostando no chão primeiro o calcanhar e depois os
dedos. O incrível é que, apesar da semelhança, todos nós andamos pelo planeta
com um estilo ligeiramente diferente.
Estudos
realizados desde a década de 1970 demonstram que as diferenças nos estilos é
grande o suficiente para que reconheçamos as pessoas apenas pelo
modo como andam no mínimo em 90% das vezes. Quando paramos de crescer, as
diferenças no comprimento das nossas pernas e na largura dos quadris, combinadas
com fatores ambientais como os músculos gerados pelo exercício físico, acabam
gerando um estilo próprio.
É algo difícil
de explicar, mas fácil de identificar, explica Mark Nixon, da Universidade de
Southampton, Inglaterra. Computadores demarcam linhas traçadas
pelos braços e pernas e transformam seus movimentos em número.
Outra maneira de mensurar o modo de andar é fazer com que o indivíduo
caminhe sobre um sensor de pressão e registrar suas passadas individuais.
Sistemas desse tipo, desenvolvidos pelo grupo do pesquisador Todd
Pataky na Universidade Shinshu do Japão, poderiam ser
utilizados para acelerar o processo de check-in nos
aeroportos.
Ainda há a
ideia, em estágio inicial, de usar sensores de movimentos semelhantes aos
contidos em smartphones. Presos à perna, tais
sensores poderiam medir a velocidade, aceleração e rotação. A técnica poderia
ser usada como recurso de segurança em telefones celulares, de modo que os
aparelhos não funcionariam quando fossem transportados por
estranhos.
Revista:
Galileu nº 2541 pág.
69
Autor:
Caroline Williams
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