Dono
do clube dos gênios ele reuniu mentes brilhantes em um fórum que rende papos e
livros. Craig Venter, Richard Dawkins e Marcelo Gleiser estão
lá.
O
intelectual nascido em Boston e radicado em Nova York tornou-se um divulgador
das principais ideias da ciência contemporânea. “John é um agente superstar, com
uma lista enorme de pesquisadores famosos representados por ele”, diz o físico
brasileiro Marcelo Gleiser, um dos integrantes do Edge. “Isso lhe dá a oportunidade de promover temas importantes sobre ciência e
seu impacto social.
Brockman
acredita que vivemos em tempos em que os pesquisadores de matemática, física ou
biologia – e não os filósofos, literatos e outros estudiosos das ciências
humanas – é que vão ditar as revoluções em nossa sociedade. Com descobertas
sobre temas como biologia molecular, inteligência artificial, redes de
neurônios, nanotecnologia, genoma humano, células-tronco e realidade virtual, a
ciência é que estaria nos ajudando a definir quem somos e para onde vamos. Essa
ideia de cientista fazendo as vezes dos revolucionários
sociais é chamada de “terceira cultura”.
O
termo foi cunhado em 1959 pelo químico inglês Charles Percy Snow, que escreveu
pela primeira vez
sobre um conflito entre as áreas de conhecimento humano e as
exatas. A primeira cultura seria a dos intelectuais, e a segunda, dos
cientistas. Enquanto isso, a terceira englobaria as duas. Ou seja, trataria de
cientistas que escrevem, discutem sobre a sociedade e não ficam restritos aos
redutos acadêmicos, atingindo mais gente. “Ao longo da história, a vida
intelectual dói marcada pelo fato de que poucas pessoas faziam uma reflexão
séria para todos os outros”, diz Brockman. Para ele, a ciência quebrou esse
paradigma. “As conquistas da terceira cultura não são as disputas marginais de
uma classe: elas irão afetar a vida de todos no
planeta.”
Revista:
Galileu nº
2541 pág.
33-34
Autor:
Rafael Tonon
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