segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CPF- COLEÇÃO DE PESSOAS E FEITOS



Dono do clube dos gênios ele reuniu mentes brilhantes em um fórum que rende papos e livros. Craig Venter, Richard Dawkins e Marcelo Gleiser estão lá.
O intelectual nascido em Boston e radicado em Nova York tornou-se um divulgador das principais ideias da ciência contemporânea. “John é um agente superstar, com uma lista enorme de pesquisadores famosos representados por ele”, diz o físico brasileiro Marcelo Gleiser, um dos integrantes do Edge. “Isso lhe dá a oportunidade de promover temas importantes sobre ciência e seu impacto social.
Brockman acredita que vivemos em tempos em que os pesquisadores de matemática, física ou biologia – e não os filósofos, literatos e outros estudiosos das ciências humanas – é que vão ditar as revoluções em nossa sociedade. Com descobertas sobre temas como biologia molecular, inteligência artificial, redes de neurônios, nanotecnologia, genoma humano, células-tronco e realidade virtual, a ciência é que estaria nos ajudando a definir quem somos e para onde vamos. Essa ideia de cientista fazendo as vezes dos revolucionários sociais é chamada de “terceira cultura”.
O termo foi cunhado em 1959 pelo químico inglês Charles Percy Snow, que escreveu pela primeira vez  sobre um conflito entre as áreas de conhecimento humano e as exatas. A primeira cultura seria a dos intelectuais, e a segunda, dos cientistas. Enquanto isso, a terceira englobaria as duas. Ou seja, trataria de cientistas que escrevem, discutem sobre a sociedade e não ficam restritos aos redutos acadêmicos, atingindo mais gente. “Ao longo da história, a vida intelectual dói marcada pelo fato de que poucas pessoas faziam uma reflexão séria para todos os outros”, diz Brockman. Para ele, a ciência quebrou esse paradigma. “As conquistas da terceira cultura não são as disputas marginais de uma classe: elas irão afetar a vida de todos no planeta.”


Revista: Galileu  nº 2541  pág. 33-34
Autor: Rafael Tonon

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