Em
dezembro de 2013, vamos comemorar 50 anos da Sacrosanctum Concilium, a
Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia, que colocou os
alicerces da grande reforma litúrgica empreendida na Igreja, por iniciativa do
Papa João XXIII, sob a inteligência e o espírito pastoral do Papa Paulo
VI.
Cipriano
Vagaggini, monge beneditino camaldolense, teólogo e liturgista,
foi
precursor e colaborador no Concílio Vaticano II e na sucessiva reforma
litúrgica. Devemos a ele não apenas a imensa produção de 60 anos de estudo e
ensino acadêmico, mas, sobretudo, o testemunho de um caminho espiritual intenso,
sustentado pelo ritmo cotidiano da liturgia. Ele é uma palavra viva a quem
podemos e devemos recorrer ao celebrar as vitórias conquistadas, sentindo ao
mesmo tempo, a força dos ventos contrários ao espírito da verdadeira
reforma.
Através
da redescoberta de formas antigas de comunicação e do uso adequado de novas
formas. Mais do que falar de meios e de informações, falou-se de comunicação
como processo, acontecimento, encontro no qual as pessoas envolvidas são
protagonistas e não menos receptores.
Entre
as formas antigas estão os rituais da tradição e a possibilidade de
resignificá-los dentro deste século, garantindo o retorno aos sentimentos
essenciais da fé através dos símbolos que foram substituídos pelos shoppings,
pelo consumismo...
Nesta
perspectiva a própria liturgia é experiência de verdadeira comunicação, enquanto
diz respeito a algo que “nos acontece” e nos transforma, e não simplesmente a
algo que se passa. Uma liturgia que toca o coração, que atinge a emoção, indo
além, e muito, de sensações passageiras.
Revista:
Liturgia Ano 33 Nº 223 Pág. 3
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