A
possibilidade de se ler o cérebro de alguém para tentar descobrir o que ela quer
comprar gerou protestos entre entidades de defesa do consumidor. A Comercial Alert, organização
americana que combate os abusos da publicidade, pediu ao Congresso americano a
proibição desse tipo de teste nos EUA, sob o argumento de que o rastreamento de
cérebros pretende controlar a mente dos consumidores. Os “neuromarqueteiros” rebatam. “Não existe como induzir
pessoas, como se fossem robôs, a comprar um produto que não queriam”, diz
Silvia.
As
empresas que coletam dados dia internet e celular também estão na mira de
críticos. Em julho, foi aberta uma investigação sobre as 8 maiores companhias do ramo. Legisladores pedem, entre
outras explicações, uma lista das fontes de onde são extraídos os dados, tipos
de informação capturados e detalhes sobre os métodos de
rastreamento.
Esse
tipo de manifestação mostra que podemos caminhar para uma regulamentação mais
firme sobre essas atividades. Mas enquanto tudo é permitido, programadores criam
algoritmos para seguir nossos passos virtuais e pesquisadores se debruçam sobre
nosso comportamento para saber como nos atingir com propagandas. O segredo está em fazer o cliente ver o benefício, como aproveitar
os melhores preços e ter a compra de algo que estava procurando
facilitada”, diz Balbinot, da
Renner.
Cérebro
escaneado, Facebook
rastreado, e-mails e buscas na internet monitoradas. Suas listas de destinos, de
leituras, de supermercado, tudo documentado. Parece ser o fim absoluto da
privacidade. Quem vai acreditar se expor tanto? Talvez
todo mundo, se a oferta valer a pena.
Revista:
Galileu nº
2541 pág.
65
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