sábado, 22 de setembro de 2012

MALABARES (Espetáculos)



As palavras são os malabares
do poeta,
Os veleiros perdidos para sempre,
Noite adentro,
Tempo adentro.

Às vezes por um momento
Suas âncoras pousam
Na pele
E tudo pode ser dito:
Água, lua, pedra,
Um poço onde
Um rosto antigo navega.

Para que flutuem
Apenas um sopro
Quando se abre a janela
E os pássaros trazendo vento.

Entre as palavras ausentes
Invento teu nome como o grito
Da primeira luz.


A vida é precário equilíbrio.

Livro: Um Deus para 2000  pág. 59
Autor: Juan Arias
Poesia de ROSEANA MURRAY

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