Sneaker
quer dizer tênis em inglês.
Mas , depois de um tipo de tênis (com saltinho embutido) virou
moda, todas as meninas começaram a usar o “tênis sneaker”, sim, o tênis tênis. Não entendeu? Leia
abaixo...
Procure
a tradução de Sneaker em um dicionário de inglês. Você vai encontrar Sneaker:
tênis, sapato esportivo. Sim, sneaker é tênis em inglês. Simples , não? Nada disso, porque no mundo das tendências,
tudo é muito complicado. E o sneaker, coitado, deixou de ser o tênis (pelo menos
no Brasil) para virar um tipo específico de sapato: um tênis botinha, com salto
embutido. Uma espécie de pata de bode (aquela bota que
todas as meninas de 12 anos usavam anos atrás) da it girls. Ok. O sneaker é bem
mais bonitinho.
Mas
não é isso que queremos debater aqui. A Tendência do tênis botinha com salto
embutido (e não é isso um sneaker?) foi lançada pela estilista francesa Isabel
Marant e por Marc Jacobs, em sua linha casual Marc. E também por outras grifes gringas e chiques
como Chanel, Chloée Lavin. Pronto. Virou objeto de desejo e peça que as revistas de moda
dizem que as pessoas “têm que ter”.
Até
aí, tudo bem. Quer dizer, tudo bem mais ou menos, já que ninguém tem que ter
nada. Mas enfim. Virou moda. Problema: as pessoas esquecem que sneaker significa
tênis. Resultado: dando um Google, você vai encontrar centenas de ofertas de
tênis sneaker. Gente, como assim? Escrever tênis sneaker é o mesmo que escrever:
tênis tênis. O tal “sneaker” é apenas um modelo de
tênis. Ou seja, o sneaker é um tipo de sneaker.
Deu para entender? Tudo seria mais simples se a gente desistisse de falar
tanto em inglês . Por isso, propomos que o sneaker seja
chamado de tênis altinho. Que tal? Ok. Vocês vão achar que soa menos chique. Mas
a gente vai ser chato e falar que vocês andam meio
colonizados. Ah, e já existe “sneaker” (quer dizer, tênis de saltinho) sendo
vendido em 12 vezes pela internet. Desaconselhamos. Em um ano, ninguém mais vai
usar o tal tênis, que vai ser considerado cafona agora que “todo mundo comprou
em 12 vezes e tem um”. Sim, o mundo das tendências é cruel, é
bizarro!
Revista:
TPM Ano 11 nº 123
pág. 108
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