segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Fascínio do Homem pelas Armas



O museu de Armas Castelo São João foi criado pelo colecionador pernambucano Ricardo Brennand, que por mais de 50 anos, entre os séculos XV e XIX, adquiriu, em suas viagens, obras de arte provenientes de Europa, Ásia, América e África. Essas obras estão reunidas em preciosas coleções de pintura brasileira e estrangeira, com destaques para a maior coleção privada do pintor paisagista holandês Frans Post. O rico, impressionante e extenso acervo de armas brancas e armas de fogo, predominam nas galerias e salas, que incluem tapeçarias de parede e piso, arte decorativas (esculturas, quadros, enfeites, armaduras, brasões de família, mobiliário). Todo esse acervo é valorizado pelo espaço em que está exposto, um castelo construído às margens de um lago.
Freud, em carta a Albert Einstein, cita o fascínio do homem pelas armas na reflexão “Por que a guerra?” Ele descreve que inicialmente, na pequena horda humana, a força muscular era a que decidia a quem deveria pertencer alguma coisa, ou a vontade que se deveria levar a cabo. Mas, reforçada e substituída pelo uso de instrumentos – projeções e extensões dos falos – vence quem possui as melhores armas ou as emprega com maior habilidade. Com a introdução das armas, a superioridade intelectual começa a ocupar o lugar da força muscular bruta, mas o  objetivo final da luta continua a ser suas pretensões ou a sua posição.


Revista: Psique Ano VI-Edição 80 pág. 62
Museu de Armas Castelo São João




Nenhum comentário:

Postar um comentário