Ele
se encontra, de modo especial, nas choupana dos
miseráveis
e passa fome, frio e calor com eles;
nas barcas e na jangadas dos
emigrantes,
e naufraga com eles; nos que pedem uma esmola,
pede com eles e para
eles; nas camas dos hospitais,
encontra-se enfermo com os enfermos;
nas celas
dos cárceres, e encontra-se preso com os presos;
está em todos os que sofrem.
Está a nosso lado, no mar e na montanha,
no templo e
nas ruas, no bar e no metrô,
na oficina e no campo.
Está em todos os lugares,
porém não o vemos:
Mas,
se vou para o oriente, ele aí não está.
Se vou par ao
ocidente,não o distingo.
Eu o procuro ao norte,e não o descubro.
Eu me volto
par ao sul, e não o vejo (Jô 23,8-9).
Está
em nós mesmos, e sequer o vemos,
porque é “o Deus escondido” (Is 45,15),
que há
de ser procurado e descoberto.
E se não o descobrirmos antes nos irmãos.
Por
esse motivo, somente rezaremos bem
o “Pai nosso que estás nos céus”,
se
praticarmos o “Pai nosso que estás na terra:
Pai nosso que estás entre os
pobres...”
Deus está aqui, a nosso lado,
não está além
das estrelas.
Quando falamos do céu, olhamos para cima,
ao invés de olhar para
baixo, ao redor de nós,
para nos perdermos na nuvens e
cair no vácuo.
...
Que estás nos céus
Conduz-nos
pela mão e na obscura solidão da noite te chamamos e, sem saber teu nome,
nomeamos-te, perdido entre o prazer e a
amargura.
Não
sabemos teu nome e sonhamos contigo,
mais íntimo a nós que a pura transparência
do ar,
e tua ternura é nossa
sede de amor quando
choramos.
Se
estamos assim perdidos, e a brisa apenas murmura teu nome celeste, tão suave como seda
ou veludo.
Deixa
que o homem grite em sua esperança como uma criança
movida por teu sorriso,
Pai
nosso que habita no céu.
(V. Sánchez
Pinto)
Livro: Pai-Nosso Ed. Paulinas Pág.
60-62
Autor: Evaristo Martín Nieto.
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