Enfeitando
a avenida você passa,
Elegante,
risonha, de “lorgnon”,
Enchendo
a rua de beleza e graça,
Trescalando
um perfume caro e bom.
Sorridente,
diáfama, “mignon”,
De
coração anda você à caça,
Tendo
na boca um gosto de bombom,
No
olhar o visgo de quem prende e enlaça.
Vendo-a
sorrir e olhar, dizem os “prosas”,
Esses
que falam mal da nossa vida,
Que,
num desfile de ilusões maldosas,
Quando
você caminha e o mundo vê,
Não
é você que vai pela avenida,
É
a avenida que passa por você.
Livro:
Rimas antigas, Sonetos e Poemas –
Editora Líder pág.
43
Autor:
Nunes Bittencourt
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