quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A ASSUNÇÃO DE MARIA


A ASSUNÇÃO DE MARIA 

Definição Dogmática do século VI ao século XV. 

Por ocasião do Concílio Vaticano I (1870) quase duzentos Bispos pediram ao Papa Pio IX a definição da Assunção de Maria. Eis uma seção do texto da petição: “Segundo a doutrina do Apóstolo (Rm 5,8;  1Cor 15,24.24.26.54.57; Hb 2,14s), o triunfo de Cristo sobre Satanás, a antiga serpente, se condensa na tríplice vitória sobre o pecado e suas conseqüências (a concupiscência e a morte). Mais: em Gn 3,15 manifesta a mui particular vinculação da Mãe de Deus com seu Filho na obtenção desse triunfo. De acordo com o parecer unânime dos Santos padres, não dividamos de que, no mencionado oráculo, a Bem-aventurada Virgem é apresentada como participante naquela tríplice vitória; por conseguinte esse mesmo texto profetiza que Maria seria feita vencedora do pecado por sua Imaculada Conceição, vencedora da concupiscência por sua maternidade virginal e também vencedora da morte por sua imediata ressurreição à semelhança de seu Filho.”

Centenas de outra petições foram levada à Santa Sé até Pio XII (1939-1958). Este Pontífice solicitou então ao Padres Jesuítas W. Heinrich e R. de Moos que copilassem e publicassem esses textos; saíram do prelo dois volumes em 1942. a primeiro de maio de 1946, Pio XII escreveu a carta Deipare Virginis a todos os Bispos, perguntando-lhes se a Assunção de Maria era tida pela Igreja como proposição de fé revelada e , em caso positivo, se julgava conveniente a respectiva definição. Resposta positivas 98,2%.

Tendo assim chegado à convicção de que a Igreja inteira, sob a direção do Espírito Santo, Acreditava que a Assunção de Maria estava contida no depósito da revelação, Pio XII resolveu definir o dogma a primeiro de novembro de 1950. Eis o teor da definição: “Para a glória de Deus Todo-Poderoso, que outorgou à Virgem Maria a sua peculiar benevolência; para a honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para credenciar a glória dessa mesma augusta Mãe e para o gáudio e a alegria de toda a igreja..., pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminando o curso da sua vida terrestre, foi assumida em corpo e alma à glória celeste” (Bula Munificentissimus Deus, 18).

 Fundamentação Bíblica

Pio XII quis reler os textos seguintes:

Dn 3,15: “Porei inimizade entre a Mulher e a serpente.”

Lc 1,28: Maria é Kecharitoméne, cheia de graça.

AP 12,1: “Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher vestida com sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.”

Ex 20,12; Lv 19,13: “Honra teu pai e tua mãe.”

Os Padres da Igreja consideravam Maria a Arca da Aliança e o Tabernáculo do Altíssimo por Excelência. Só isto aplicavam-lhe os textos que falam da santidade e da inviolabilidade da Arca. Is 60,13: “Glorificarei o lugar em que pisam os meus pés”; Sl 132,8: “Levanta-te, Senhor, para o teu repouso, tu e a arca da tua força.”


Artigo: Aprofundamento Teológico – A Assunção 


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