A ASSUNÇÃO DE MARIA
Definição Dogmática do século VI ao século XV.
Por ocasião do Concílio Vaticano I (1870) quase duzentos
Bispos pediram ao Papa Pio IX a definição da Assunção de Maria. Eis uma seção
do texto da petição: “Segundo a doutrina do Apóstolo (Rm 5,8; 1Cor 15,24.24.26.54.57; Hb 2,14s), o triunfo
de Cristo sobre Satanás, a antiga serpente, se condensa na tríplice vitória
sobre o pecado e suas conseqüências (a concupiscência e a morte). Mais: em Gn 3,15
manifesta a mui particular vinculação da Mãe de Deus com seu Filho na obtenção
desse triunfo. De acordo com o parecer unânime dos Santos padres, não dividamos
de que, no mencionado oráculo, a Bem-aventurada Virgem é apresentada como
participante naquela tríplice vitória; por conseguinte esse mesmo texto
profetiza que Maria seria feita vencedora do pecado por sua Imaculada
Conceição, vencedora da concupiscência por sua maternidade virginal e também
vencedora da morte por sua imediata ressurreição à semelhança de seu Filho.”
Centenas de outra petições foram levada à Santa Sé até Pio
XII (1939-1958). Este Pontífice solicitou então ao Padres Jesuítas W. Heinrich
e R. de Moos que copilassem e publicassem esses textos; saíram do prelo dois
volumes em 1942. a
primeiro de maio de 1946, Pio XII escreveu a carta Deipare Virginis a todos os
Bispos, perguntando-lhes se a Assunção de Maria era tida pela Igreja como
proposição de fé revelada e , em caso positivo, se julgava conveniente a
respectiva definição. Resposta positivas 98,2%.
Tendo assim chegado à convicção de que a Igreja inteira, sob
a direção do Espírito Santo, Acreditava que a Assunção de Maria estava contida
no depósito da revelação, Pio XII resolveu definir o dogma a primeiro de
novembro de 1950. Eis o teor da definição: “Para a glória de Deus
Todo-Poderoso, que outorgou à Virgem Maria a sua peculiar benevolência; para a
honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte;
para credenciar a glória dessa mesma augusta Mãe e para o gáudio e a alegria de
toda a igreja..., pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma revelado por
Deus que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminando o curso da
sua vida terrestre, foi assumida em corpo e alma à glória celeste” (Bula Munificentissimus
Deus, 18).
Fundamentação Bíblica
Pio XII quis reler os textos seguintes:
Dn 3,15: “Porei inimizade entre a Mulher e a serpente.”
Lc 1,28: Maria é Kecharitoméne, cheia de graça.
AP 12,1: “Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher
vestida com sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze
estrelas.”
Ex 20,12; Lv 19,13: “Honra teu pai e tua mãe.”
Os Padres da Igreja consideravam Maria a Arca da Aliança e o
Tabernáculo do Altíssimo por Excelência. Só isto aplicavam-lhe os textos que
falam da santidade e da inviolabilidade da Arca. Is 60,13: “Glorificarei o
lugar em que pisam os meus pés”; Sl 132,8: “Levanta-te, Senhor, para o teu
repouso, tu e a arca da tua força.”
Artigo: Aprofundamento Teológico – A Assunção
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