Quem
sabe se ela vem? Quem sabe se,
chorando,
Um
dia à minha porta baterá,
saudosa...
Quantas
vezes eu fico a longa estrada olhando,
A
alma dentro de mim desperta, esperançosa!
E
nessa longa espera, infinda e
caprichosa,
As
tardes vão morrendo, os dias vão
passando:
Debalde
sobre a estrada imensa e sinuosa
O
meu olhar debruço,
o seu perfil buscando.
Mas
mesmo assim sem vê-la às vezes fico à espera,
E
ficar a olhar a estrada muito tempo assim,
No
Outono, no Verão, Inverno e Primavera.
E
apesar de saber que não virá ninguém,
fito
a estrada por onde ela fugiu de mim,
e
fico a murmurar: quem sabe se ela vem!...
Livro:
Rimas antigas, Sonetos e Poemas – Editora Líder pág.
45
Autor:
Nunes Bittencourt
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