No
meio de outros montes uma pedra.
Esguia
e altaneira deslumbra a cidade
espreguiçada ao
longo do rio Itapemirim
e
subindo como caprinos pelos velhos morros.
Cachoeiro onde
um vetusto cajueiro existia,
e os
italianos que iam ao porto da frondosa árvore
transformaram com
sua má pronúncia o local
que veio
dar o nome inusitado cachoeiro à
cidade.
Melhor
seria que Itabira se chamasse a terra
onde a
maravilhosa pedra é a visão imperdível.
Pudessem
os habitantes, quereriam transportá-la
como
obelisco na melhor praça da cidade...
Mas
onde está e onde a natureza o colocou,
ali deve
ser admirada e visitada em sua beleza.
Seu
nome indígena traduz: pedra
inclinada.
Com
seus setecentos e quinze metros de altura
parece
dizer que
se ergue como indicador das riquezas
graníticas do
local que ela revela e guarda, além
da mata
Atlântica e das abundantes águas cristalinas
que
descem até a cidade criando piscinas naturais,
Quase
sempre entre nuvens, o Itabira parece
misterioso.
Os
caminhos que a ele conduzem são pedregosos
mas as
flores são as do campo cortadas por Jesus
como elas
se vestem com maior elegância que Salomão...
Não
as colhas quando as admiras;
elas fazem parte do acervo patrimonial de todos,
beija-as se quiseres,
elas
incentivam seu caminhar na busca de alturas
aqui e na
tua vida. Elas são companheiras
do
espetáculo que este local representa todos os dias
para uma
população que vê no Itabira o dedo de Deus
abençoando e
protegendo seus lares e seus filhos.
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