“A
liberdade não tem preço” ou “a liberdade é a empresa mais difícil de ser
administrada.” De vez em quando, o povo pronuncia-se dessa forma. De fato,
trata-se de um bem procurado por todas as pessoas, sendo que a liberdade
incluir aspectos políticos, econômicos, emocionais, culturais etc. Mais ainda:
observa-se na história da humanidade que a liberdade, de tempos em tempos, é
tirada de certas pessoas e que estas últimas, conseqüentemente, hão de iniciar
uma nova dinâmica de libertação, a fim de recuperarem o bem perdido.
Também a
fé judaico-cristã encontra-se intimamente ligada ao assunto da liberdade,
porque essa duas religiões, de forma central, se propõem a favorecer e a mediar
a liberdade para todos. “Na realidade, biblicamente falando, o tema liberdade
não é um entre outros, mas, com esse assunto, focaliza-se o próprio Deus”
(CRUSEMANN, 2001, pág.102). Seguindo, pois, as tradições contidas nas Sagradas
Escrituras, a história da revelação do Deus de Israel, a história de Jesus de
Nazaré e a presença histórica do Espírito Santo acontecem, de forma vertical e
horizontal, onde se constrói e se experimenta a verdadeira liberdade do ser
humano.
No
entanto, justamente essa construção da liberdade revela-se uma tarefa que,
aparentemente, ultrapassa as possibilidades e as forças do homem. Por isso, é
importante que apareça um auxílio, capaz de eliminar tudo o que impede a
liberdade. Neste sentido, as tradições bíblicas insistem, centralmente, na
realidade de ser Deus quem oferece, de forma gratuita, a liberdade a seu povo.
À comunidade, por sua vez, cabe o exercício de acolher essa graça, tornando-se
dessa forma, corresponsável na tarefa de guardar e transmitir tal dádiva.
Enfim, a história do êxodo – narrada nos livros Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio – é um forte paradigma do alcance da liberdade como Dom de Deus e
compromisso do ser humano cf. AZEVEDO, 2000).
Livro: Êxodo Ano 2011 - Editora
Paulinas pág. 5-6
Autores: Leonardo Agostini
Fernandes
Matthias Grenzer
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