domingo, 26 de agosto de 2012

EIS O TEMPLO- Nunes Bittencourt


Eis o templo-prisão. Entra, poeta,
Presa da forma em grades de ouro vivo,
E vai rezando, como anacoreta,
Livre do mundo e ao mundo seu cativo.

Entra... Mais devagar... Aqui, furtivo,
O sonho espera, e a vida se completa;
A dor, se a tens, encontra lenitivo
 e a ventura também é mais secreta.

Livro: Rimas antigas, Sonetos e Poemas – 
Editora Líder pág. 07
Autor: Nunes Bittencourt

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