“O Espírito Santo virá sobre
ti...” (Lc 1,35)
Alegra-te, “cheia de Graça!
Sim,
cheia de Graça é o novo nome. Sempre foi o objeto da graça divina, objeto do
“jésed” de Deus, que é amor envolto em misericórdia e ternura. Esse amor
envolto em misericórdia e ternura. Esse amor tão singular define Deus: “Deus de
ternura e de piedade, lento para a cólera, rico em amor e fidelidade (Ex 34,6).
São João dirá isso explicitamente: “Deus é Amor” (1Jo 4,8).
Mas agora, no momento em que Maria se converterá
na mãe do Filho de Deus, a graça divina, o favor de Deus, sua benevolência –
todo gratidão! Vai envolvê-la, transformá-la, culminá-la de tal maneira que
será a cheia de graça em
plenitude. Com efeito, poder-se-ia pensar em maior graça que
levar em seu próprio seio aquele que é pessoalmente a graça o dom divino do
amor do Pai pelo mundo? Pois Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho
único...(Jo 3,16) e também: “A graça de Deus se manifestou..., a manifestação
da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tt 2,11.13).
Sim,
Maria é a Mãe da graça, isto é, de Jesus dádiva máxima de Deus aos Homens.
Mas esse dom de Deus Pai a Maria,
e, por ela a toda a humanidade e ao universo inteiro, é mediante a força soberana
do Espírito Santo, Senhor e doador de vida: “O Espírito Santo virá sobre ti, e
o poder do altíssimo te cobrirá com sua sombra; por isso o Santo que nascer
será chamado Filho de Deus (Lc 1,35).
Maria, cheia, repleta do Espírito
Santo, “poder de Deus que dá vida”, converter-se-á em mãe”, e seu filho produto
de Deus, mediante a virtude do Espírito Santo, receberá um nome que lhe será
muito próprio e pessoal: “o santo” e o Filho de Deus” (cf. Jo 1,18; 6,69; At
3,14).
Ó abismo
de sabedoria, do amor, da generosidade, do poder onipotente de Deus, que exerce
sua força e põe em virtude seu espírito de santidade, não só no segredo de seu
ventre puríssimo – operar o mistério inenarrável da encarnação do Filho único.
Bom final de semana
abençoado a todos!
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