sexta-feira, 24 de agosto de 2012

COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS


Para ser cristão, é preciso cumprir a vontade de Deus (Mt 12,50) 
e, para poder cumpri-la, é preciso, primeiro,
 conhecê-la o que é prova de sabedoria, 
ao passo que ignorá-la o é de insensatez (Ef 5, 16-17).
Devemos fazer nossa a oração do salmista:
 “mostra-me o caminho dos teus estatutos,
 eu quero guardá-los como recompensa” (Sl 119,33).
Deus manifesta-nos sua vontade de diversas maneiras:
a)      por inspiração do Espírito santo, “o qual dá a conhecer os dons da sabedoria e do discernimento” (Cl 1,9-10), o que Deus quer de nós nas diversas circunstâncias da vida “o que é bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito” (Rm 12,2). “ele ensinará a vocês todas as coisas” (Jo 14,26). “encaminhará vocês para toda a verdade” (Jo 16,13); na Igreja, exerce constantemente a função de Mestre, por meio de nossa oração e da palavra crítica dos profetas, a quem ele inspira.
                   O homem tem de saber ouvir a palavra do Espírito santo,
                que contém a plenitude da verdade: o conteúdo da fé e do amor.
b)      Pelos sinais dos tempos. Os fariseus sabiam dizer os fenômenos atmosféricos pela cor do céu e, não obstante, não sabiam descobrir os sinais dos tempos messiânicos (Mt 16,3), apesar de espertos nas Sagradas Escrituras, onde haviam sido prenunciados. Deus nos fala por meio dos acontecimentos históricos, que afetam a comunidade humana, e a pequena história de cada um de nós. Para que o Evangelho seja um evangelho vivo, faz-se necessário estabelecer uma conexão entre sua mensagem e os condicionamentos que configuram nossa existência.
c)       Pelas Sagradas Escrituras. Para os israelitas, a vontade de Deus manifestava-se na lei. Quem cumpre a lei, cumpre a vontade de Deus. E tinham razão. Na Bíblia, Deus revelou a si mesmo e manifestou-nos o mistério de sua vontade (DV 2). Por isso, a “Igreja considerou sempre a Escritura, unida à tradição, como norma suprema de sua fé” (DV 21).
d)      Pela própria consciência. Esta lei, norma suprema de conduta, está também impressa por Deus na consciência do homem. “Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei lhe soa nos ouvidos do coração: faze isto, evita aquilo. De fato o homem tem uma lei escrita por Deus em seu coração. Obedecer a ela é a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com esta lei” (GS 16).
...Assim na terra como no céu
Tão vastos desertos, céus tão amplos,
Onde tua voz murmura, como um silêncio.
Um aroma de infância, luz de teu seio para dor e prazer 
do universo inteiro.
Nossa ansiedade repousa, como em seu centro,
 no puro equilíbrio de um eterno hoje.
Balança das horas, teu pensamento desta terra de sombras ainda faz o seu reino.
Entre nuvens buscamos que teu mistério seja luz na terra como nos céu.

(V. Sánchez Pinto)
Livro: Pai-Nosso Editora paulinas pág. 140-141
                                                  Autor: Evaristo Martín Nieto

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