Para ser cristão, é preciso cumprir a
vontade de Deus (Mt 12,50)
e, para poder cumpri-la, é
preciso, primeiro,
conhecê-la o que é prova de sabedoria,
ao passo que ignorá-la
o é de insensatez (Ef 5, 16-17).
Devemos fazer nossa a oração do
salmista:
“mostra-me o caminho dos teus estatutos,
eu quero guardá-los como
recompensa” (Sl 119,33).
Deus manifesta-nos sua vontade de
diversas maneiras:
a)
por inspiração do
Espírito santo, “o qual dá a conhecer os dons da sabedoria e do discernimento”
(Cl 1,9-10), o que Deus quer de nós nas diversas circunstâncias da vida “o que é
bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito” (Rm 12,2). “ele ensinará a vocês
todas as coisas” (Jo 14,26). “encaminhará vocês para toda a verdade” (Jo 16,13); na Igreja, exerce constantemente a
função de Mestre, por meio de nossa oração e da palavra crítica dos profetas, a
quem ele inspira.
O homem tem de saber ouvir a palavra do Espírito santo,
que
contém a plenitude da verdade: o conteúdo da fé e do amor.
b)
Pelos sinais dos tempos. Os fariseus sabiam
dizer os fenômenos atmosféricos pela cor do céu e, não obstante, não sabiam
descobrir os sinais dos tempos messiânicos (Mt 16,3),
apesar de espertos nas Sagradas Escrituras, onde haviam sido prenunciados. Deus
nos fala por meio dos acontecimentos históricos, que afetam a comunidade humana,
e a pequena história de cada um de nós. Para que o Evangelho seja um evangelho
vivo, faz-se necessário estabelecer uma conexão entre sua mensagem e os
condicionamentos que configuram nossa existência.
c)
Pelas Sagradas Escrituras. Para os
israelitas, a vontade de Deus manifestava-se na lei. Quem cumpre a lei, cumpre a
vontade de Deus. E tinham razão. Na Bíblia, Deus revelou a si mesmo e
manifestou-nos o mistério de sua vontade (DV 2). Por
isso, a “Igreja considerou sempre a Escritura, unida à tradição, como norma
suprema de sua fé” (DV 21).
d)
Pela própria consciência. Esta lei, norma
suprema de conduta, está também impressa por Deus na consciência do homem. “Na
intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo.
Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o
mal, no momento oportuno a voz desta lei lhe soa nos ouvidos do coração: faze
isto, evita aquilo. De fato o homem tem uma lei escrita por Deus em seu coração.
Obedecer a ela é a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com
esta lei” (GS 16).
...Assim
na terra como no céu
Tão
vastos desertos, céus tão amplos,
Onde
tua voz murmura, como um silêncio.
Um
aroma de infância, luz de teu seio para dor e prazer
do universo inteiro.
do universo inteiro.
Nossa
ansiedade repousa, como em seu centro,
no puro equilíbrio de um eterno hoje.
no puro equilíbrio de um eterno hoje.
Balança
das horas, teu pensamento desta terra de sombras ainda faz o seu
reino.
Entre
nuvens buscamos que teu mistério seja luz na terra como nos
céu.
(V.
Sánchez Pinto)
Livro:
Pai-Nosso Editora paulinas pág.
140-141
Autor:
Evaristo Martín Nieto
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