Cinco
e meia... seis... Será que
vem?
Eu
me pergunto, trêmulo e espantado.
Olho
a porta vazia, sem ninguém,
Sem
o seu lindo rosto emoldurado.
Os
minutos se vão. Algo cansado
Dentro
do tempo andando se detém:
Ela?...
olho o relógio,
acabrunhado,
E
torno a perguntar: - será que vem?
Relógio
e tempo... Coração da vida
Que
a imagem dela e o sonho meu abarca...
Um
relógio a chamar: venha,
querida...
Um
coração-relógio... Tempo... Idade...
Há
na vida um relógio que só marca
A
duração do tempo da saudade.
Livro:
Rimas antigas, Sonetos e Poemas –
Editora Líder pág.
101
Autor:
Nunes Bittencourt
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