Um mestre sufi tinha perdido a
chave de sua casa e a procurava no gramado, passado seus dedos entre as folhas.
Seus discípulos chegaram e perguntaram ao mestre o que havia acontecido. “Perdi
a chave de minha casa e estou procurando aqui”. “Podemos ajudá-lo a
procurar”?disseram os discípulos. “Eu ficaria muito
contente”, disse o mestre. Com isso seus discípulos se puseram ao lado, de
quatro e começaram a correr os dedos entre as folhas da grama. Depois de muito
tempo um dos discípulos perguntou ao mestre:”Mestre o
senhor tem alguma idéia de onde perdeu sua chave”? Ele respondeu: “Sim, é claro.
Eu a perdi em casa”. Os discípulos se entreolharam perplexos. “Então por que
estamos procurando aqui fora”? exclamaram. O mestre
respondeu:”porque aqui há mais
luz!...
Essa parábola falca à condição humana.
Todos perdemos
a chave da felicidade e a estamos procurando fora de nós, onde não pode ser
encontrada. Procuramos fora porque é mais fácil ou mais agradável; há mais luz
aqui. Também há mais companheiros. Se procuramos
felicidade em programas emocionais que prometem felicidade por símbolo de
segurança/sobrevivência, afeiçoa/estima ou poder/controle podemos obter muita
ajuda, pois todo mundo está procurando a mesma coisa. Quando procuramos a chave
onde pode ser encontrada, podemos nos descobrir sozinhos, abandonados pelos
amigos e parentes que sentem ameaçados por nossa busca. Falta de apoio para a
jornada espiritual, para não falar de oposição absoluta que é uma das mais
árduas provações.
Quando decidimos seguir o chamado de
Cristo, logo vemos nossos programas emocionais de felicidade em oposição ao
sistema de valor do Evangelho que abraçamos. O sistema do falso eu, firmemente
no lugar desde a infância, não cai morto porque assim pedimos. O Apóstolo Paulo
já o tinha vivido e o disse em sua carta aos romanos :
7,15-25.
Postagem Masé Soares
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