terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Arroz e Feijão
 
Tem muita coisa importante no mundo para deixar a gente inconformada. Eu, porém, acrescento o que soa a banalidade ao rol. Sim, fico incrédula diante de um fato trivial: as pessoas estão comendo menos arroz e feijão.
Mas a gente pode lamentar, não é mesmo? Afinal, se você não acha que o arroz e o feijão mereçam tanto apreço, pelo menos encerrará a leitura convencido de que a sua saúde sai perdendo com a falta desses dois ingredientes à mesa. E poderá refletir sobre outras transformações que nossa dieta sofreu ao longo de... milênios, literalmente.
Feijão de rico
É muito comum aprendermos na escola que a feijoada foi criada nas senzalas, com restos de carne de porco desprezados pelos senhores de engenho e aproveitados pelos escravos.
Pura balela, garantem achados mais recentes. “A feijoada necessita de uma técnica de cocção lenta que remete aos preparados tipicamente europeus, caso das favas e dos cozidos”, opina Henrique Carneiro. E, já naquela época, os brasileiríssimos paio, carne-seca e costela eram considerados ingredientes nobres.
Quanto mais tecnologia, melhor
Os industrializados já estão presentes em quase todas as refeições. À mesa, são raros os itens que não passaram por algum tipo de processamento. E há quem aposte na intensificação desse cenário: os alimentos serão o remédio do futuro e os avanços na genética garantirão produtos mais nutritivos e funcionais. As plantações transgênicas dominarão as lavouras, sem que isso traga prejuízos para a saúde – a despeito de hoje ainda não haver pesquisas comprovando sua total segurança e os riscos à agricultura e ao meio ambiente.

Revista: SAÚDE É VITAL

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