Na Oficina de Oração, aprende-se a entrar, passo a passo, numa relação pessoal com o Senhor, a estabelecer uma atenção emocional e unitiva com um TU, na fé, no amor. E isto, começando pelos primeiros passos, continuando por uma variadao gama de modalidades ou diversas maneiras de relacionamento com o Senhor, até mergulhar nos insondáveis abismos da contemplação.
Uma vez percorrido este itinerário múltiplo e variado, no final o oficinista escolhe a fica, para a sua oração diária, com um esquema de duas ou Três modalidades que, comprovadamente, melhor se adaptem ao seu estilo espiritual e condições pessoais.
A oração é, antes de tudo, dom divino, graça; mas ao mesmo tempo, por se tratar de uma atividade humana, é também arte, e, como arte, a oração está submetida às normas de uma aprendizagem metódica e progressiva.
O método sem a graça, não nos levará a nenhuma parte, mas a história nos lembra que, pessoas que haviam recebido a graça de um verdadeiro potencial místico, com freqüência, não chegaram a nada, ficaram estagnadas, numa mediocridade, por falta de ordem, paciência, método e perseverança.
Por isso, nos esforçamos por colocar na organização interna das Oficinas, objetivos claros, uma pedagogia, conteúdos definidos e muita disciplina. Como em uma oficina, programamos uma aprendizagem metódica e progressiva e com uma intensa prática.
A breve história dos TOV tem evidenciado uma realidade: que os TOV possuem uma notável eficácia transformadora.
Em primeiro lugar, a Oficina recebe o oficinista e, à luz da Palavra, o introduz numa complexa elaboração de reflexão, oração, mensagem evangélica e análise da própria vida. Neste contexto o oficinista imperceptivelmente é arrastado, quase sem se dar conta, a uma transformação da vida. Não se trata de uma conversão de um final de semana; trata-se de um processo lento e evolutivo ao longo de quatro meses.
O testemunho de vida é o fator que confere garantia e credibilidade aos TOV. E esta eficácia transformante, proclamada de boca em boca pelas pessoas, constitui a principal razão da rápida expansão das Oficinas.
Em segundo lugar, por meio dos exercícios de silenciamento o sistema nervoso fica impregnado de serenidade e a paz chega na profundidade da alma por meio da vivência do abandono.
E assim, por meio de mensagens e exercícios, a maioria dos oficinistas chegam paulatinamente a:
libertar-se das tristezas e angústias,
curar-se das feridas da vida,
superar complexos de culpas, inseguranças ou inferioridades,
recuperar, enfim, a estabilidade emocional e a alegria de viver.
Os TOV conseguem que o divino e o humano caminhem de mãos dadas.
Em terceiro lugar, a Oficina oferece um caminho extremamente simples, mas eficaz, de santificação cristificante: deixar de ser “eu mesmo” nos meus traços negativos e ir assumindo os traços positivos de Jesus: paciência, fortaleza, mansidão, amor, ao perguntar em cada nova circunstância: “O que faria Jesus em meu lugar?”
Impressiona escutar os familiares, quando exclamam admirados: “Como está mudada nossa mãe, nosso irmão!...”.
O bem e o mal nascem no coração do indivíduo. A oficina atinge o coração e o transforma num baluarte de harmonia, serenidade e amor. Do coração convertido, estes dons se irradiam à família e da família para a sociedade. Quem transforma um coração, transforma o mundo.
Podemos dizer que os TOV colaboram na construção da Igreja e também da sociedade.
Tudo isto que foi dito, são as Oficinas de Oração e Vida (TOV).
Autor:Frei Ignácio Larrañaga
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