Tenho a mania de tentar extrair
sempre alguma lição das experiências que a vida me permite viver. Não foi
diferente desta vez, por ocasião da visita de nossos queridos missionários do
Norte da África. Em nossas conversas, que avançavam madrugada adentro, procurei
comparar o estilo de vida deles com o meu, e confesso que em muitos momentos me
senti envergonhado. Claro, vivemos em contextos muito diferentes; eles estão em
meio a um povo de cultura diversa e peculiar, em meio a uma civilização
distante do evangelho e que em sua esmagadora maioria desconhece por completo o
Senhor Jesus. Contudo, as exigências de compromisso, consagração, empenho no
testemunho, ardor evangelístico e urgência missionária deveriam ser as mesmas.
Deveriam.
Não raras
vezes fui surpreendido e confrontado em minha consciência com a tremenda
leviandade como eu mesmo me comporto em nosso contexto muito mais “favorável” à
igreja e ao evangelho. Fui surpreendido quando percebi que também a nossa
Igreja é muito aburguesada e acomodada, vive um cristianismo dentro de sua zona
de conforto e segurança, com esforços mínimos para testemunhar. Para alguns de
nós, a simples distribuição de folhetos evangelísticos é um martírio. E o que
dizer do evangelismo pessoal, aquele de ganhar pessoas para Cristo por meio da
vizinhança, da amizade, do testemunho intencional e do convite às claras para
vir a Cristo e à igreja?
Falta-nos
um amor puro, casto, veraz, oblativo, sacrificial pelo próximo.
Revista:
Ultimato pág. 60
Autor: Luiz
Fernando dos Santos
(Postado por Masé)
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