sábado, 6 de outubro de 2012

SURPREENDIDO PELA MINHA LEVIANDADE



Tenho a mania de tentar extrair sempre alguma lição das experiências que a vida me permite viver. Não foi diferente desta vez, por ocasião da visita de nossos queridos missionários do Norte da África. Em nossas conversas, que avançavam madrugada adentro, procurei comparar o estilo de vida deles com o meu, e confesso que em muitos momentos me senti envergonhado. Claro, vivemos em contextos muito diferentes; eles estão em meio a um povo de cultura diversa e peculiar, em meio a uma civilização distante do evangelho e que em sua esmagadora maioria desconhece por completo o Senhor Jesus. Contudo, as exigências de compromisso, consagração, empenho no testemunho, ardor evangelístico e urgência missionária deveriam ser as mesmas. Deveriam.
Não raras vezes fui surpreendido e confrontado em minha consciência com a tremenda leviandade como eu mesmo me comporto em nosso contexto muito mais “favorável” à igreja e ao evangelho. Fui surpreendido quando percebi que também a nossa Igreja é muito aburguesada e acomodada, vive um cristianismo dentro de sua zona de conforto e segurança, com esforços mínimos para testemunhar. Para alguns de nós, a simples distribuição de folhetos evangelísticos é um martírio. E o que dizer do evangelismo pessoal, aquele de ganhar pessoas para Cristo por meio da vizinhança, da amizade, do testemunho intencional e do convite às claras para vir a Cristo e à igreja?
Falta-nos um amor puro, casto, veraz, oblativo, sacrificial pelo próximo.

Revista: Ultimato  pág. 60
Autor: Luiz Fernando dos Santos
(Postado por Masé)


Nenhum comentário:

Postar um comentário