quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O que se entende por iniciação cristã

A “iniciação” é fenômeno comum a todas as religiões e até mesmo na sociedade civil. Portanto, ela não é uma prática exclusivamente cristã. O termo procede do latim e significa “entrar em”.
Para os cristãos, iniciação significa um processo de formação e amadurecimento em que a pessoa vai, aos poucos, por um itinerário místico-catequético-sacramental, chamado catecumenato, identificando-se com Cristo e com seu mistério pascal. Pela iniciação, morre-se para o pecado e vive-se para Deus em Cristo Jesus (cf. Rm 6,1-11). Terminando o processo de iniciação, ou seja, o catecumenato, a pessoa já não é mais a mesma. É uma pessoa marcada e selada pelo Espírito (cf. 2Cor 1,22; Ef 5,17). Juntamente com os demais iniciados, começa a participar da Igreja, uma corporação tão forte e tão unida quanto são unidos e interdependentes os membros de um corpo (cf. 1Cor 12,13).
A iniciação cristã é, por um lado, iniciativa, graça e dom divino, pois é o próprio Deus quem age, e, por outro, resposta pessoal e comunitária. Segundo afirmação do episcopado espanhol, a originalidade essencial da iniciação cristã consiste no fato de que Deus tem a iniciativa e a primazia na transformação interior da pessoa e em sua integração na Igreja, fazendo-a participe da morte e ressurreição de Cristo.

Autora: Ione Buyst/ Manoel João Francisco
Livro: O mistério celebrado: Memória e compromisso II

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