A festa do Rosário
de Nossa Senhora no Brasil
está ligada a grupos negros que realizam
os autos
populares conhecidos pelos nomes
de Congada,Congado ou Congos.
Por essa
vinculação aos negros,
o Congado se tornou também uma festa
de santos de cor,
como São Benedito e Santa Efigênia.
Embora
alguns autores atribuam a gênese do Congado
a uma influência européia,
ligando-a
às lutas religiosas da Idade Média,
a hipótese mais
forte é que defende a
origem afro-brasileira do culto.
É importante lembrar que
o processo de catequese,
através de missionários dominicanos,
levara Nossa
Senhora do Rosário à África,
impondo seu culto aos negros.
O acréscimo dos
elementos de coroação de reis,
lutas e bailados guerreiros é a contribuição
africana,
numa rememoração das
práticas
da Terra-Mãe.
Mas
o traço decisivo da criação do Congado
ocorrerá no Brasil colonial,
através do
processo aculturativo:
de um lado, o modelo religioso do branco,
de outro, a
recriação do negro.
Para
os Arturos, a festa do Rosário é uma das fases
mais
importantes para a vida da comunidade,
representando o movimento máximo
da
concretização do amor à Grande Mãe.
Há dois grupos nitidamente distintos:
as
guardas de Congo e Moçambique.
A caracterização das guardas pode ser feita
através dos seguintes elementos:
fundamentação mítica, função, vestuário,
símbolos condutores, instrumentos distintos,
tipo de movimento e de dança,
linguagem dos cantos.
Pela
fundamentação mítica,
as guardas se formaram ainda na África,
quando uma imagem
de Nossa Senhora do Rosário apareceu no mar.
O grupo do Congo se dirigiu para a
areia e,
tocando seus instrumentos,
só conseguiu fazer com que
a imagem se
movesse uma vez:
num movimento rápido,
Nossa Senhora
se encaminhou para a frente e parou.
Então vieram os negros moçambiqueiros,
batendo seus tambores recobertos
com folhas
de inhame, cantando para a Santa
e pedindo-lhe que viesse para
protegê-los.
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domingo, 7 de outubro de 2012
FESTA DO ROSÁRIO
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