segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Reconciliação e auto-estima
 
Em nossa análise intrapsíquica, queremos nos perguntar em que consiste essa capacidade de reconciliação intra-eclesial.
Antes de tudo, depende da solução do problema da própria identidade. Esta, como sabemos, deriva de uma relação equilibrada e fecunda entre o eu atual e o eu ideal, entre aquilo que a pessoa é, com suas idéias e suas limitações, e o que sente que deve ser, com seus ideais e aspirações. Desse equilíbrio dinâmico surge, no indivíduo, um sentimento fundamental de estima, que é condição para viver, serena e equilibradamente, a relação entre a própria individualidade e a diversidade dos outros. Com palavras mais simples, podemos dizer que quando um individuo tem uma concepção substancialmente positiva de si, tem também uma predisposição perspectiva favorável quanto ao relacionamento com os outros, e vice-versa.
Concretamente, isso comporta:
1)  A capacidade de reconhecer o outro em seu valor essencial, no que o torna positivo, digno de confiança e estima, especialmente se compartilharmos esses valores fundamentais. Tal apreciação permite descobrir também aquele bem mais específico e subjetivo, ligado à individualidade do outro, que o torna único, enquadrável completamente em um determinado grupo, jamais definível como simples resultado de agregações sociais.

Autor: A. Cencini
Livro: Viver Reconciliados pg. 126/127

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