terça-feira, 11 de dezembro de 2012

SE AS ESTRELAS FALASSEM…

Às vezes, no jardim da minha casa, fico horas contemplando as estrelas no céu.
Parece um jardim tranqüilo de rosas brilhantes que me causa inveja.

Comparo-me a elas, porque acho que elas também têm vida. Dependendo da forma que as vejo, criam-se formatos de espécies humanas passeando entre elas, e no ritmo da brisa, as imagens vão passando na minha cabeça me deixando atordoada, é algo assim de encher o coração de alegria e nostalgia.

Meu peito é tomado por sensações que não consigo descrever, e então, converso com elas apenas com os olhos, e as respostas vão se acomodando em meus ouvidos como se tivéssemos a mais completa intimidade.

Sempre fica a impressão que elas também têm sentimento, coração, também ama e sofre como eu aqui na minha tamanha simplicidade diante delas. Só que com uma enorme diferença, elas não permitem que o brilho se apague. Eu, diante do menor problema ofusco a luz que emana de dentro de mim, demonstro uma aparência feia, obscura, tão sem atrativos, que me sinto sozinha. Ninguém consegue admirar um ser que não se admira e não respeita a si próprio.

Quando consigo manter o equilíbrio na minha vida, a chama em meus olhos, a lucidez em minha alma, consigo manter a luz e o brilho em minha volta e passo a ser respeitada e comparada às estrelas que mesmo distantes são insubstituíveis e admiradas por todos, todas as noites.

E assim como eu, quantas pessoas não confidenciam seus segredos e conflitos a elas, mas tomadas de ansiedade não conseguem entender as respostas… Que muitas vezes acontecem através do brilho, pois não existem palavras.
Se as estrelas falassem…

Contos de: Silvia Cristina Martins Trevisani 


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