A doença das lembranças apagadas
Especialistas ensinam como prevenir e combater o Alzheimer, uma doença neurológica progressiva e degenerativa que, só no Brasil, atinge 1,6 milhão de idosos.
Formas de protelar o Alzheimer
Atividade intelectual Hobby que dê prazer ao paciente, exercite os neurônios, como fazer palavras cruzadas, jogar xadrez ou aprender um idioma novo.
É importante praticar atividade intelectual, realizar exercícios físicos, evitar sobrepeso e obesidade e, também, manter diabetes e pressão arterial sob controle.
Paulo Bertolucci, neurologista
Esperança de cura – Neste momento, cientistas do mundo inteiro investigam novas terapias, drogas e vacinas contra o Alzheimer. “Algumas delas prometem reverter os sintomas da doença. Outras se propõem a fortalecer o sistema imunológico do paciente. Os esforços médicos estão voltados para o diagnóstico precoce da doença e para a aplicação, quanto antes, de medicamentos que impeçam a evolução do quadro”, analisa e enfermeira gerontóloga Zulmira Elisa Vono, autora do livro O bem no mal de Alzheimer. Segundo os médicos, o Alzheimer pode ser dividido em quatro frases: leve, moderada, avançada e terminal. Na primeira delas, o indivíduo apresenta perda de memória, mudança de humor e dificuldade de aprendizado. Consegue até se lembrar do dia da Primeira Comunhão, mas não se lembra do que comeu ontem. Na fase moderada, precisa da ajuda de terceiros para fazer compras, cuidar da casa ou pagar contas. Na fase avançada, perde noção do tempo e não se lembra de comer ou tomar banho e, na terminal, já não reconhece mais filhos e netos.
Enquanto a medicina não descobre a cura do Alzheimer, especialistas garantem que a adoção de medidas simples, mas eficazes, como boa alimentação, exercícios físicos e hábitos saudáveis, ainda é o melhor contra a doença. “Você pode até não conseguir evitar a doença, mas protela ao máximo o aparecimento dos sintomas”, explica Dra. Sônia Brucki. “Para isso, é importante praticar atividade intelectual, realizar exercícios físicos, evitar sobrepeso e obesidade e, também, manter diabetes e pressão arterial sob controle”, completa Dr. Paulo Bertolucci. Por “atividade intelectual”, entenda-se todo e qualquer hobby, que, além de dar prazer ao paciente, exercite os neurônios, como fazer palavras cruzadas, jogar xadrez ou aprender um idioma novo. Bem-humorada, Luciana confessa que já desistiu de convencer a mãe a fazer palavras cruzadas. Em compensação, descobriu que ela adora viajar. “Em nenhum momento, eu parei para me questionar: ‘Por que isso está acontecendo comigo?’. Em vez disso, prefiro perguntar: ‘O que seria de mim se não fossem os meus pais?’”, reflete.
Revista: Família cristã n° 924 32/35
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