terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A presença brasileira em Washington

Pindorama ganhou uma posição de revelância na esplanada dos museus de Washington. Acaba de ser doada ao Museu de História Natural a água-marinha “D.Pedro”, a maior pedra do gênero existente no mundo. É um obelisco de 35,6 centímetros de altura, pesando dois quilos, lapidada pelo joalheiro alemão Bernd Munsteiner. Peça de grande beleza, vai para a sala onde brilha um diamante azul indiano, famoso pelo tamanho e pelo peso que derramou sobre a vida de seus donos. Maria Antonieta foi guilhotinada, sua amiga princesa de Lamballe, que o usou, teve a cabeça espetada num chuço e outros 13 deram-se mal.
A “D.Pedro” teria sido do Brasil no final do século xx, mas não se sabe como. Numa vinheta histórica, a presença do Brasil nos museus de Washington está marcada pela camisa 10 de Pelé (quando jogava no Cosmos) e brilha na galeria das jóias. Saíram de Pindorama 13 das pedras que estão entre os 54 itens de origem conhecida do museu. Muito provavelmente saiu de Minas Gerais o “Diamante Português”. É o maior da coleção, foi do Tesouro Real e acabou na mãos de uma ex-dançarina da Ziegfeld Follies. São brasileiros os diamantes do colar que Napoleão deu a sua mulher Maria Luisa, provavelmente um capilé mandado por D. João VI. Saíram de Minas Gerais três enormes topázios, um de 50kg, e outro de 32kg. Um terceiro, de 12kg, foi lapidado e é uma maiores pedras trabalhadas do mundo.
Dos Estados Unidos vieram só três pedras.

Autor: Elio Gaspari
Jornal: O Popular do dia 09/12/2012

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