Quem não Come...
Em 1992 escrevi um texto com o mesmo título desde artigo antes mesmo do programa de cestas básicas, onde chamava atenção para a triste realidade de crianças que não aprendiam porque passavam fome. Esse texto faz parte do livro Se você finge que ensina eu finjo que aprendo, hoje com 70 mil exemplares vendidos e já na 27ª edição.
Nós podemos pensar na fome qualitativa e quantitativa. Se não conseguimos viver com a fome quantitativa, com a qualitativa vivemos sim, mas precariamente. Comemos até muito, conforme a situação, no entanto nos alimentamos mal e não damos condições de melhor produção e melhores condições para aprender.
Em quatro anos, a escola conseguiu expulsar de suas carteiras, seja pela reprovação ou pela necessidade de as crianças ajudarem nas colheitas, 90% de seus alunos.
Revista: Sociologia pág. 75
Autor: Hamilton Werneck
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