segunda-feira, 5 de novembro de 2012

NO DESERTO, NO SILÊNCIO...

No deserto, no silêncio...


O deserto é um mistério e um espelho, pois nos revela o que somos.
Os pais do deserto, acorrendo à solidão, foram para aí manter contato íntimo com o seu "eu" inconsciente e se reconciliar com suas emoções e paixões, as mais profundas. Tomando consciência do que eram, encontraram o meio de se manterem erguidos, não pelo orgulho que cega e ilude, mas pela aceitação humilde que exalta e supera o desânimo contra toda e qualquer falta de esperança. Uma árvore não fica de pé se não estiver profundamente enraizada.
Em sua busca sincera, aqueles homens e mulheres se viam iluminados pela Palavra de Deus que os encorajava e os conduzia à compreensão de seu verdadeiro estado. Somos o que somos, sem máscaras ou com elas. Ao assumir a natureza humana, o próprio Cristo se dispôs a aceitar em tudo a condição humana. Vivendo a verdade, Jesus não se entregou a nenhum mal, mas na sua natureza humana foi tentado nas cidades e no deserto. O Espírito de Amor, o conduziu sempre! Nele não havia sombras, mas só Luz!
Ninguém vai ao deserto para fugir dos perigos externos, pois inúmeras ameaças e mentiras nos rodeiam e habitam. Mas, é desse confronto que seremos iluminados! 
O amor e a verdade são frutos do silêncio!
Uma pergunta: Quais os frutos que suas palavras e gestos produzem?


Pe. J. Ramón F. de la Cigoña sj

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