Também já classificado no passado como Ninfomanias, nas mulheres, e Don Juanismo, nos homens, refere-se ao aumento da sexualidade (desejos e fantasias) com comportamentos sexuais impróprios, exagerados para além do socialmente habitual, na maioria das vezes envolvendo uma sucessão de parceiros que são sentidos pelo individuo como coisas a serem usadas para o seu prazer, simplesmente apresenta também critérios definidores de abuso de substâncias psicoativas (associadas à desinibição e intensificação do prazer). Não deve, no entanto, ser confundido com parafilia – fantasia sexual excitante envolvendo objetos não humanos e que tem classificação própria como distúrbio da conduta sexual e não como compulsividade. Prejuízos sócio-ocupacionais estão presentes nesse comportamento, como gastos financeiros, traições, perda de amigos e problemas no trabalho. Pode haver associação com outras doenças psiquiátricas cujo diagnóstico deve ser afastado. Estima-se que 5% da população apresenta esse comportamento, com leve preponderância do sexo masculino (dado questionável em função dos limites sociais e morais). Nas fases da adolescência e adulto jovem, o impulso apresenta-se como egosintônico, chegando mesmo a aumentar a autoestima (característica de TCI). Em fases mais tardias, se permanece o comportamento, o impulso se apresenta como egodistônico, com o ato acompanhado de arrependimento pela conduta praticada (característica do TOC). Os estudos sobre a classificação ideal para esse comportamento compulsivo ainda não são conclusivos.
Revista: Psique Ano VI n° 82 Pg. 58
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