domingo, 18 de novembro de 2012

Leitura da Semana (18.11.2012)


Caríssimos Amigos

Laurence Freeman OSB, WCCM International Newsletter, December 2007

 Em tempos de estresse e ansiedade, como os nossos, o tempo exerce pesada carga sobre nós.  Sem significação, o peso intolerável do tempo e, paradoxalmente, seu fugaz desaparecimento, tornam-se uma crucificação, sem uma ressurreição.  O elevado crescimento na incidência de doenças mentais da sociedade moderna, pode ser atribuído a isso.  A meditação transforma nosso constructo mental do passado e do futuro, pelo aprofundamento da experiência do momento presente, o núcleo do significado da contemplação como “simples desfrutar da verdade”.
Está aqui um paradoxo. . . .Como podem coexistir o tempo e a eternidade?  No entanto, a meditação. . .nos mostra que podemos viver no agora eterno, enquanto escrevemos relatórios sobre as reuniões de ontem e, planejamos nossas reuniões de amanhã.  A cura pode se dar por ocasião de nossa morte.  Podemos entender por que a tradição védica dramatiza tanto tudo isso, quando diz que este mundo é uma ilusão, apenas um mundo de sonho, do qual acordaremos, tal como acontece quando assistimos um filme na tela e, então acendem-se as luzes e apaga-se o projetor.  Dom John e a tradição cristã, não gostam de dizer isso, pois isso diminui o paradoxo da encarnação, bem como a experimentação do amor humano, no dia-a-dia e, ao longo dos anos da peregrinação de nossa vida.  Ainda assim, à luz do momento presente, tantos de nossos pensamentos e pressuposições mostram-se ilusórios, tantas ansiedades se evaporam, tantas crises desaparecem e, tantas de nossas pendências parecem ser liberadas.  No entanto, Dom John não minimiza a purificação da mente, que precisa ser feita primeiro:
Porém, isso também precisamos compreender, Eu confundiria seriamente o leitor, caso não procurasse colocá-lo tão claramente quanto possa: a purificação que conduz a essa pureza de coração, que conduz à presença em nosso interior, é um fogo que consome.  E, a meditação é a entrada nesse fogo.  O fogo que calcina tudo que não seja real, que calcina tudo que não seja verdadeiro, que não ame.  Não devemos temer o fogo.  Devemos ter absoluta confiança no fogo, pois o fogo é o fogo do amor.  O fogo é ainda mais, este é o grande mistério de nossa fé, é o fogo que é amor.
Repita seu mantra.  Se realmente o repetirmos, não poderemos estar em outro lugar, a não ser aqui e agora. 
Medite por Trinta Minutos: Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxado mas atento. Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração "Maranatha". Recite-a como quatro silabas de igual duração Ma-ra-na-tha, em ritmo lento. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense nem imagine nada - nem de ordem espiritual nem de qualquer outra ordem. Se pensamentos e imagens afluírem à mente, trate-os como distrações e simplesmente retorne à repetição da palavra.  Mesmo que você esteja distante fisicamente de outros meditantes, você está unido à eles no Espírito. Reserve meia hora toda manhã e toda tarde para os seus períodos de meditação. É uma boa idéia meditar no mesmo local tranqüilo e horário, se possível. Dessa forma seus períodos de meditação se tornam uma parte muito natural do seu dia. Seja generoso com seu tempo, seja fiel ao mantra, e compartilhe esta união silenciosa que nos une a todos, em Espírito.
Postagem Masé Soares


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