terça-feira, 6 de novembro de 2012

ANO DA FÉ

"Caríssimos amigos"

Laurence Freeman OSB, WCCM International Newsletter, Vol 32, No. 3, Set 2008, pg.4.

Quando a força da fé atua livremente na pessoa humana, ela nos impele a experimentar uma realidade que está além de palavras, imagens e idéias.  Então, descobrimos que os filtros das metáforas, por mais úteis e necessários que eles sejam em um determinado nível, também, podem (e precisam) ser desativados, para que a fé cresça.  Como em toda característica humana, crescemos na fé, ou a fé se exaure e morre.  A Fé contém o eterno anseio, que todos sentimos, de enxergar a realidade tal como ela é.  “Amados”, assim disse São João, “desde já somos filhos de Deus, mas o que nós seremos ainda não se manifestou.  Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.  Todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo como também ele é puro.” (1Jo 3:2-3)  Enxergar a Deus é tornar-se  como Deus.  A condição dessa visão é a pureza. Em grande parte da religião, todavia, onde quer que a fé esteja restrita à crença ou ao ritual, a pureza é um empilhamento de filtros, que se adicionam a camadas intervenientes.  No núcleo de cada religião, no entanto, está o inerradicável conhecimento místico, aquela visão 20/20 da realidade, sem filtros, não mediada pela metáfora.  A maioria de nós nunca a consegue inteiramente, mas, a intuição de que isso assim é, faz parte da profunda natureza da própria fé.
Medite por Trinta Minutos.... Lembre-se: Sente-se.  Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxado, mas, atento. Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração "Maranatha". Recite-a em quatro silabas de igual duração.  Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar.  Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.


Pe. J. Ramón F. de la Cigoña sj

Nenhum comentário:

Postar um comentário