Os
Cântaros estão vazios !
Muitas vezes, a
humanidade se parece, em nossos dias, com a Samaritana, que encontra Jesus junto
ao poço de Jacó (cf Jo 4). Ela vem procurar água para matar a sede; o poço está no
meio dum terreno pedregoso e desértico; a mulher pensa na água, mas Jesus
entende a sede mais profunda da Samaritana, que vive na aridez do pecado, e lhe
oferece “água viva”... ela não entende, mas Jesus já
vai saciando sua sede, enquanto lhe anuncia o Reino de Deus, presente em sua
pessoa. A mulher bebe, tem fé e corre para anunciar a toda a cidade que
encontrou a verdadeira fonte de água viva, que todos procuravam. Ela dá
testemunho sobre Jesus, o povo acorre ao seu anúncio e vai ao encontro de Jesus;
e já não precisam mais que a mulher lhes fale, pois o próprio Jesus se dá a
conhecer àquele povo.
Quem quiser entender
o que é a nova evangelização a partir de técnicas de marketing religioso ou
novas doutrinas procura bem longe do alvo.
A nova
evangelização começa por levar a sério a sede de Deus que existe em todo ser
humano; o terreno parece desértico e os cântaros estão vazios, por causa da negação
de Deus, ou porque se tentou matar a sede de Deus com falsos deuses, idolatrias
e substitutivos de Deus. Nada pode preencher o vazio de Deus no coração humano.
É necessário também levar a sério os cântaros vazios: estão à espera de “serem enchidos!”
Quem os pode encher?
É preciso ir ao encontro de Jesus, deixar-se atrair e envolver por Ele;
“conversão” conversão a Deus, a Cristo, conversão pastoral, missionária... Em
Aparecida já ouvimos falar disso. Para que procurar por aí, em cisternas
furadas? Por que continuar a buscar em poças lamacentas, poluídas? Conversão para voltar ao poço. O poço é
Jesus Cristo. Ele tem a água viva em abundância! Quem vai chamar o povo para
junto do poço? Só quem já esteve lá e matou sua sede pode fazê-lo. Todos
nós, se temos fé e amamos a Jesus Cristo, somos
chamados a ser como a Samaritana. Correr à cidade, chamar outra vez o povo,
anunciar, testemunhar...
Todos estão convidados a encher seus cântaros;
e assim, saciados e alegres, podemos fazer novamente florir o
deserto.
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