terça-feira, 24 de março de 2015




O  Eu o Tu

Faz silêncio e ouvirás.
Fecha os olhos e verás.
O silêncio não é solidão
vazia, triste de ansiedade.
No silêncio das noites
brilham tantas estrelas
mostrando outros mundos
de sonhos e imaginações.
O silêncio das matas
é a conversa do vento
com as notícias do mundo
inefável, mas consciente.
O silêncio dos lagos fala
da necessidade de descanso
das águas das cachoeiras
e dos rios tão apressados
em chegar ao mar inquieto.
O teu silêncio é o caminho
para te encontrares contigo,
e preservar a unidade do ser.
Só o silêncio pode conter
o infinito por completo: Deus.
No silêncio encontrarás
a presença do Tu contigo,
a satisfação de um desejo
de uma busca recíproca
quase sempre retardada.

         Paulo Motta 

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