segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

FELICIDADE
 
É preciso que a gente ame e seja amado. Amar e ser amado é isso: pensar numa pessoa  ausente e sorrir. Ficar feliz sabendo que ela vai voltar. Ter alguém que escute e dê colo, sem dar conselhos. Andar de mãos dadas conversando abobrinhas. Olhar nos olhos da pessoa e sentir que eles estão dizendo: “Como é bom que você existe!” Jogar frescobol com ela. Ser, simplesmente, sem pensar que há um par de olhos nos vigiando para nos cobrar algo. Conversar madrugada afora, sem pensar em sexo.
Guimarães Rosa disse mais ou menos o seguinte: “A coisa não está nem na partida e nem na chegada. Está é n travessia”. A felicidade não acontece no final, depois da transa, depois do casamento, depois do filho da formatura, depois de construída a casa, depois da riqueza, depois da viagem. A felicidade acontece no dia-a-dia. Felicidade é fruto na beira do abismo. É preciso colhê-lo e degustá-lo agora. Amanhã, ou ele caiu, ou você já caiu...

Livro: coisas da alma
Autor Rubens Alves  Pg. 30
UM REFRIGERANTE FEITO POR VOCÊ
 
Depois da febre do café expresso feito em máquinas caseiras, agora é a vez dos aparelhos que fazem refrigerantes em residências. Sucesso na Europa, o aparelho SodaStream, de origem israelense, virou moda nos Estados Unidos e chegou ao Brasil – terceiro maior mercado consumidor de refrigerantes no mundo – há seis meses. Em menos de um minuto é possível produzir a bebida sem ingredientes artificiais e com o gosto que se quiser (leia exemplos abaixo). A máquina gaseifica água filtrada e promete popularizar as bebidas carbonatadas (com gás carbônico). Os defensores do meio ambiente ressaltam que a fabricação artesanal reduz o consumo de embalagens plásticas e latinhas. Os preocupados com a saúde elogiam a possibilidade de fazer a bebida sem substâncias nocivas ao corpo.
A economia de embalagens é grande. Uma família descarta ate dois mil recipientes de bebidas vazias por ano. A vantagem ambiental vai para quem produz e casa, pois, mesmo que garrafas e latas sejam descartadas corretamente, há um preço a pagar.

Autora: Tâmara Menezes
Revista: Isto É
Pg. 48
ESCUTATÓRIA
 
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas – coitadinhas delas- entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver é preciso que a cabeça esteja vazia.
Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literalmente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia- a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.
Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma”. Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente te a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Livro: As melhores crônicas de
Rubens Alves
Pg.130/131

sábado, 23 de fevereiro de 2013

TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS


"É bom ter a certeza de que meu rosto também há de ser um rosto transfigurado, iluminado, resplandecente, na medida em que Tu, Senhor, me fores transformando"...
Livremente, alegremente, jubilosamente, eu te suplico que me vás identificando cada vez mais contigo, até o ponto de poder dizer com os apóstolos:"Como é bom estarmos aqui, Senhor!"
Oração - 
TRANSFIGURAÇÃO- 
DE FREI  IGNÁCIO LARRAÑAGA 

Domingo, 24 de Fevereiro de 2013
2º Domingo da Quaresma


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!



Naquele tempo, 28bJesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. 29Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
30Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém.
32Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
33E, quando estes dois homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que estava dizendo.
34Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.
35Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!”
36Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Postagem Masé Soares

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

22/02 FESTA DA CÁTEDRA DE SÃO PEDRO


Festa da Cátedra de São Pedro.
 É com alegria que hoje nós queremos conhecer um pouco mais a riqueza do significado da cátedra, do assento, da cadeira de São Pedro que se encontra na Itália, no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as catedrais,
 a cátedra com toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.
Fundamenta-se na Sagrada Escritura a autoridade do nosso Papa: encontramos no Evangelho de São Mateus no capítulo 6, essa pergunta que Jesus fez aos apóstolos e continua a fazer a cada um de nós: "E vós, quem dizei que eu sou?" São Pedro,0 em nome dos apóstolos, pode assim afirmar: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus então lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está no céus, e eu te declaro: Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; eu te darei a chave dos céus tudo que será ligado na terra serás ligado no céu e tudo que desligares na terra, serás desligado nos céus".
Logo, o fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade. 
Enfim, em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre. 
De fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos todos. Não é autoritarismo, é autoridade que vem do Alto, é referência no mundo onde o relativismo está crescendo, onde muitos não sabem mais onde está a Verdade.
Nós olhamos para Cristo, para a Sagrada Escritura, para São Pedro, para este Pastor e Mestre universal da Igreja, então temos a segurança que Deus quer nos dar para alcançarmos a Salvação e espalharmos a Salvação. 
Essa vocação é do Papa, dos Bispos, dos Presbíteros, mas também de todo cristão. 

São Pedro, rogai por nós! 

Postagem Masé Soares

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

UM CORAÇÃO QUE AMAR

 
Um aforismo diz que Deus se adora, aos santos se venera e a Nossa Senhora... se ama. Prende-nos à Mãe de Cristo um laço de inteira afeição, porque Jesus, moribundo, no-la quis deixar em herança como Mãe também nossa, e às mães se ama... e está tudo dito. Mas isso não exclui, antes pressupõe necessariamente que a Deus se ame com todo o coração – é o primeiro mandamento da lei divina (cf. Mt 22,37) -, e leva a que se amem os santos, pois amaram a Deus com todas as suas forças.
Amar a Deus... Quando não o olham com indiferença, hostilidade ou mesmo ódio, as pessoas respeitam a Deus, temem a Deus, mas no fundo não o conhecem. Assim é e assim tem sido ao longo das gerações. Deus foi ao longo das gerações. Deus absconditus -, e não é muito possível amar a quem não se conhece. Foi por isso que Ele, tendo falado outrora pelos Profetas, ultimamente falou-nos pelo seu Filho (cf. Hebr 1, 1-2). A segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo, assumiu plenamente a natureza humana e habitou entre nós. E a partir daí nenhum ser humano pode dizer que não tem condições de conhecer a Deus diretamente: o Deus invisível se fez visível. E conhecê-lo, tal como se deu a conhecer com a encarnação do Verbo, é necessariamente amá-lo. Não é outra a consequência que se pode tirar da leitura das páginas precedentes. Em Cristo, Deus se nos revela infinitamente digno de ser amado com toda a alma, com todas as energias. É infinitamente amável.
Constitui uma gratíssima surpresa verificar que o Papa João Paulo II, na Carta Apostólica Novo Millenio ineunte, de 6.01.2001, ao estabelecer a diretriz fundamental que deve mortear o novo milênio em que entrou a humanidade, indica retomarmos o caminho de sempre [...], o olhar permanece fixo no rosto do Senhor.

Livro: O Coração de Cristo
Autor: Jean Galot
Pg. 206/207

UMA CAPELA MARIAL

 
Construída em 1815, no Hotel de Châtillon, atribuído dois anos antes, por decreto imperial, à Companhia das Filhas da Caridade, a Capela, até então dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, em 1830, muito secretamente, viverá acontecimentos excepcionais. Catarina Labouré, uma noviça de 24 anos, recebe três visitas da Mãe de DEUS “em carne e osso” dirá ela,para confiar-lhe uma missão:fazer cunhar uma medalha com a seguinte invocação:”Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. A partir de 1832, a difusão extraordinária da medalha, acompanhada de conversões, proteções e milagres,leva os fie a chamá-la milagrosa. A oito de dezembro de l854, Pio IX define o dogma da Imaculada Conceição. As aparições de Lourdes confirmarão em 1858 a revelação da plenitude de graça em Maria.
Em 1849, a capela é ampliada.Durante os anos seguintes recebe outras transformações. Em 1930 uma reconstrução total deixa a capela tal como a vemos hoje. Na entrada três grandes santos nos acolhem: são Vicente de Paulo, Santa Luisa de Marillac e Santa Catarina Labouré.
No centro da Capela está o Sacrário, o único elemento que não mudou. Provém da Casa da rua di Vieux Colombier cedida às Filha da Caridade  em 1810. Nessa época encontrava-se na capela das Irmãs da Misericórdia, que ocupavam esse edifício antes da Revolução.
A Santa Virgem inclinou-se diante deste Sacrário, naquela noite de 18 para 19 de julho de 1830 durante sua aparição a Santa Catarina.

Pequeno Guia da Capela de
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa
Pag. 03 e 04.

OS VAGALUMES

 
Falei com um amigo sobre seu e-mail. Ele, exegeta do Novo Testamento, sorriu e disse: sabe? No texto do Novo Testamento que descreve o nascimento do Menino Jesus está dito que os céus repentinamente foram cheios com a glória de Deus. E o verbo usado é “perilampein”. “Lampein” é brilhar. Dele se deriva “lâmpada”. E “Peri” quer dizer “em volta”: um brilho que ilumina tudo ao redor. É desse verbo que “pirilampo”... Pirilampo é vagalume. Você pode imaginar que as estrelas, repentinamente, apareceram como milhões de vaga-lumes – e a luz era tão bela que aqueles que a viram sentiram que ali estava presente a beleza divina.
Quem vê a beleza divina num cacho de vagalumes com certeza viu a glória de Deus. Sempre que eu vir um vaga-lume, eu me lembrarei de você. Que os pirilampos o abençoem.

Livro: coisas da alma
Autor Rubens Alves  Pg. 34

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

RELACIONAMENTOS- TANIA RAMALHO


Muitas pessoas têm relatado dificuldades com seus relacionamentos... 
Então, algumas reflexões sobre o assunto:
Estamos num momento de profunda
s resoluções e mudanças no que se refere ao que conhecíamos como "amor", "alma gêmea", “casamento”, "felizes para sempre".
As pessoas estão sendo convidadas a se tornarem inteiras e auto-suficientes. Isto não significa deixar de se relacionar, mas sim a necessidade de realizar o grande "casamento" dentro de si mesmas para só então relacionar-se integralmente com alguém que também tenha realizado o "casamento" interno.
Como humanidade, vivemos éons na ilusão da separatividade e vivíamos em busca de algo que nos completasse. O que conhecíamos como a grande fusão – unidade - era o encontro sexual, a oportunidade conhecida de estarmos inteiros. Esta ilusão fez com que buscássemos nos relacionamentos a completude que sabíamos ser necessária ao nosso crescimento. Nesta desenfreada busca de completude acabamos nos relacionando com outros seres que também estavam nesta busca, na mesma frequência vibracional, também “incompleto”; mas como ninguém é capaz de “preencher” ou “unificar” outro ser, muitos relacionamentos acabam em decepção e frustração.
Neste ponto entram os medos, as carências, as acomodações e o aprisionamento no velho padrão e na condição “kármica”, lei que só é válida para os que não despertam.
Muitos casais estão preferindo permanecer juntos, arrumando mil desculpas para justificar a falta de coragem de realizar mudanças.
O momento planetário está nos proporcionando a oportunidade de evolução, de retorno à Fonte, à consciência da UNIDADE; algo dentro de nós impele a que busquemos esta condição, que é nossa por natureza. Isso implica em olhar sinceramente para os relacionamentos que criamos e ter a coragem de realizar as mudanças necessárias.
Desapegar, deixar ir, entregar! Se necessário, romper, libertar!!!
E a partir deste ponto investir plena e seriamente no relacionamento consigo mesmo!
É necessário passar pela etapa da solitude, o grande Rito de Passagem para a completude! Amar a si mesmo, bastar-se a si mesmo, “casar” consigo mesmo! Voltar a conectar-se com a Fonte infinita de AMOR, sempre disponível!
A partir deste casamento Sagrado, as relações mudam, se refinam! Dois inteiros se encontram e compartilham o caminho, mas o “alimento” não vem do outro e sim da Fonte!
Este sim é o relacionamento que cria mundos!!!
O Universo está conspirando... Você se inspira?
Tania Ramalho 
Imagem de Alex Grey


“...e uma criança pequena os guiará.”
 
Ensinar é um ato de amor. Se as gerações mais velhas não transmitissem o seu conhecimento às gerações mais novas nós ainda estaríamos na condição dos homens pré-históricos. Ensinar é o processo pelo qual as gerações mais velha transmitem ás gerações mais novas, como herança, a caixa onde guardam seus mapas e ferramentas. Assim as crianças não precisam começar da estaca zero. Ensinam-se os saberes para poupar áqueles que não sabem o tempo e o cansaço do pensamento: saber para não pensar. Não preciso pensar para riscar um pau de fósforo.
A pedagogia do meu querido amigo Paulo Freire amaldiçoava aquilo que se denomina ensino “bancário” – os adultos vão “depositando” saberes na cabeça das crianças das crianças da mesma forma como depositamos dinheiro num banco. Mas me parece que é assim mesmo que acontece com os saberes fundamentais: os adultos simplesmente dizem como as coisas são, como as coisas são feitas. Sem razões e explicações. É assim que os adultos ensinam as crianças a andar, a falar, a dar laço no cordão do sapato, a tomar banho, a descascar laranja, a nadar, a assobiar, a andar de bicicleta, a riscar o fósforo. Tentar criar “consciência crítica” para essas é tolice. O adulto mostra como se faz. A criança faz do jeito como o adulo faz. Imita. Repete. Mesmo as pedagogias mais generosas, mais cheias de amor e ternura pelas crianças, trabalham sobre esses pressupostos. Se as crianças precisam ser conduzidas é porque elas não sabem o caminho. Quando tiverem aprendido os caminhos, andarão por conta própria. Serão adultos.
Todo mundo sabe as coisas são assim: as crianças nada sabem, quem sabe são os adultos. Seguem-se, então, logicamente, que as crianças são os alunos e os adultos são os professores. Diferença entre quem sabe e quem não sabe. Dizer o contrário é puro “non-sense”. Porque o contrário seria dizer que as crianças devem ensinar os adultos. Mas, nesse caso, as crianças teriam um saber que os adultos não têm. Se já tiveram, perderam... mas quem levaria sério tal hipótese?
Pois o Natal é essa absurda inversão pedagógica: os grandes aprendendo dos pequenos. Um profeta do Antigo Testamento – certamente sem entender o que escrevia – os profetas nunca sabem o que estão dizendo – resumui essa pedagogia invertida numa frase curta e maravilhosa:
“...e uma criança pequena os guiará” (Isaías. 11.6).
Se colocarmos esse moto ao pé da fotografia tudo fica ao contrário: é a criança que vai mostrando o caminho. O adulto vai sendo conduzido: olhos arregalados, bem abertos, vendo coisas que nunca viu. São as crianças que vêem as coisas – porque elas as vêem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam do jeito como são. Os adultos, de tanto vê-las, já não as vêem mais. As coisas – as mais maravilhosas – ficam banais. Ser adulto é ser cego.
Autor: Rubem Alves
Livro: Cultoarte celebrando a vida

Pg. 24-26

ESCOLA FUTURA
 
Ensinar utilizando a tecnologia digital para preparar os alunos para a sociedade contemporânea é o objetivo da Escola do Futuro. O projeto em desenvolvimento do Senai de Santa Catarina partiu do conceito de Educação 3.0, do norte-americano James Engel. “As tecnologias digitais em rede mudara a maneira como fazemos negócios e nos divertimos e precisam mudar também o jeito como nos educamos”, disse Engel à PLANETA. Para ele, o dia a dia do aluno não faz sentido na atualidade se não for integrado à internet e dispuser das ferramentas facilitadoras do acesso ao conhecimento. A ideia da escola em tempo integral de ensino médio e profissionalizante propõe trabalhar em projetos de grupo, focados em problemas do mundo real, com ampla utilização de novas tecnologias, tablets. Computadores e um espaço online para divulgar textos, podcast, simuladores, vídeos, etc. “Não basta ter tablets se você não souber usá-los; é preciso desenvolver conteúdos, como jogos e simuladores”, explica Antônio José Carradore, diretor de educação e tecnologia do Senai de Santa Catarina.

MESTRE EXCLUSIVO

Em Florianópolis (SC), professores, coordenadores e pais de uma escola de ensino fundamental e médio perceberam que muitos alunos deixavam de ir às aulas de reforço à tarde e gastavam esse tempo na frente dos computadores. Tiveram, então, a ideia de criar um site no qual pudessem tirar dúvidas, o www.seuprofessor.com.br.
A ideia deu certo e ganhou proporções maiores. “Fizemos essa ferramenta para alcançar o aluno no computador e para que o pai pudesse acompanhar as principais dúvidas do filho. Num determinado momento, conversando com um colega diretor de escola, ele achou interessante e quis utilizar também”, conta Gabriel Costa, diretor, diretor-pedagógico do Seu Professor.
Por trás do portal, uma equipe de 152 professores tira dúvidas, corrige redações e resolve problemas com os alunos, além de responder pela produção de vídeos explicativos. Há espaço para as escolas colocarem materiais de apoio, uma biblioteca virtual com obras de domínio público e um dicionário.

Autor: James Engel
Revista: PLANETA
Pg. 33/34

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

NÃO VENDO PÃO, VENDO FERMENTO
 
         Eles não encontram mais nela uma aliada. Ela não quer mais ser Igreja dominadora, mas diz com Cristo: “Daí a César o que é de César” (MT 22,21). Ele está disposta a renunciar a privilégios. Tivemos disto um exemplo claro e empolgante que foi a recusa do Senhor Cardeal de São Paulo e receber a medalha do mérito nacional. Não havia ali nenhuma atitude hostil às autoridades, pois, diz o Evangelho: “daí a César o que é de César”, mas havia uma preocupação de se identificar cada vez mais a Igreja, que não deve ter ares de dominadora.
Uma Igreja que incomoda o poder econômico, pois ela diz que quer ser pobre e quer colocar a serviço dos pobres os bens que possui! E isto é negar, não só na teoria, mas também na prática, o capitalismo. Não é juntar para juntar, mas o que foi juntado deve ser distribuído, deve circular, deve estar a serviço de todos.
Igreja que incomoda os próprios fiéis! Ela quer que nós sejamos luz, sal e fermento, mas para isto devemos, primeiro, ser iluminados, ser, por assim dizer, salgados, ser fermentados. Trata-se para os próprios cristãos de uma verdadeira germinação, de uma fermentação, o que não se faz sem muito sacrifício. É preciso que a massa se deixe impregnar por todo o trabalho de fermentação que de certo môo o leva à morte, condição indispensável para que se torne fonte de vida.

Livro: Dom José Maria Pires pg.63/64
Autor: Sampaio Geraldo Lopes Ribeiro
AMAROMAR
 
É bom pensarmos no recomeço da vida, mesmo que não estejamos lá.

Tempo apressado de homens agitados,
tempo eterno de um mar sem pressa.
Mar, símbolo de um outro,
Grande Mar, mistério da vida.

Cecília Meireles:

Muitas velas. Muitos remos.
Âncora é outro falar...
Tempo que navegaremos
não se pode calcular.
Vimos as Plêiades.
Vemos agora a Estrela Polar.
Muitas velas. Muitos remos.
Curta vida. Longo mar.

Gosto de olhar para a praia molhada, ou bem de manhã, quando o sol acabou de nascer, ou bem de tardinha. Tudo fica maravilhosamente luminoso, diáfano, e o ar se enche de uma transparência azul.
É gostoso andar, tranquilamente, sem querer nada. Lembro-me de Thoreau:
Quero viver como quem passeia junto ao mar,
Tão perto do abismo quanto possível.

Livro: Um céu numa flor silvestre
Autor: Rubem Alves
Pg.74/75
UMA MEDITAÇÃO SOBRE UM POEMA DE FERNANDO PESSOA
 
Uma última meditação, versos de um poema de Fernando Pessoa. Ele se dirige ao poeta, ou ao contador de estórias, que são a mesma coisa.

Cessa o teu canto!
Cessa, que, enquanto
O ouvi, ouvia
Uma outra voz
Como que vindo
Nos interstícios
Do brando encanto
Com que o teu canto
Vinha até nós.

Ouvi-te e ouvi-a
No mesmo tempo
E diferentes
Juntas a cantar.
E a melodia
Que não havia,
Se agora a lembro,
Faz-me chorar.

A magia não está nas palavras de que fala. Está nos vazios, nos interstícios entre as palavras. No silêncio. No que não há. Aí se ouve uma outra voz, que não é a voz do poeta. Ouvem-se as duas vozes, a do poeta e a do vazio. E é do vazio que brota a melodia que não havia. E que, por não ser, faz o corpo chorar.
E contínua:

Foi tua voz
Encantamento
Que, sem querer,
Nesse momento
Vago acordou
Um ser qualquer
Alheio a nós
Que nos falou?

Que ser estranho é esse que nos fala nos silêncios musicais da voz do poeta? Talvez.

Livro: Um céu numa flor silvestre
Autor: Rubem Alves
Pg.132/133

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

JMJ – JORNADA DA JUVENTUDE

A cruz da Jornada Mundial da Juventude ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984).No final daquele ao, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade . Quem a recebeu, em nome de toda a Juventude foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma (...)
Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.

Fonte: JMJ 2013

MULHERES DA ÍNDIA
 
O caso estudante Jyoti Singh Pandey, 23 anos, que morreu num hospital em 29 de dezembro, 13 dias após ter sido estuprada por seis homens num ônibus em Nova Délhi, na Índia, levou milhares de indianos às ruas para manifestar-se contra a violência sexual, mas tudo indica que a luta promete ser demorada. Episódios do gênero, antes não investigados, estão chegando à polícia e recebendo destaque na imprensa. Dezenas de caso mostram que o desrespeito à mulher é arraigado no país. Em 11 de janeiro, por exemplo, a única passageira de um ônibus, de 29 anos, foi impedida de descer no seu destino, uma vila do Estado de Punjab, e levada para uma fazenda distante onde o motorista e cinco homens passaram a noite estuprando-a. o crime contra Jyoti está provocando mudanças numa sociedade que se supõe mais liberal do que os vizinhos islâmicos, mas cujas autoridades parecem insensíveis. A jornalista Seema Mustafá, do Centro de Análise Política em Nova Délhi, disse ao jornal The Guardian que antes a policia não se dedicava “seriamente” a casos de estupro, o que induzia os criminosos à sensação de impunidade. Para a advogada Menaka Guraswamy, abriu-se uma ampla discussão sobre o que significa ser uma mulher na índia, sobretudo em relação ao assédio sistemático nas ruas e locais públicos. “O estupro por gangues é o fim de um espectro de ofensas, não uma aberração”, ressalta.

A PÁTRIA DAS DOMÉSTICAS
 
Dados da Organização Internacional do Trabalho mostram que o Brasil é o país com maior número de empregados domésticos do mundo. Dos 52,6 milhões de pessoas eu trabalham na atividade em 117 países, 7,2 milhões estão no Brasil – uma a cada oito. A índia vem em segundo lugar, com 4,2 milhões, seguida pela Indonésia, com 2,4 milhões. A China ficou de fora do estudo. Do total brasileiro trabalham em média 36 horas por semana, índice mais próximo do padrão europeu do que da Arábia Saudita, Catar e Malásia, onde a média supera 60 horas semanais. A situação das domésticas brasileiras está melhorando com a diminuição da pobreza. O salário médio passou de R$ 333, em 2003, para R$ 489, em 2011 – aumento de 47%, ante 20% na média das outras profissões. Atualmente, cerca de 30% das empregadas têm carteira assinada. Eram 18% em 1993.

Revista: PLANETA
Pg. 12/13

Distinções
 
A doação de quem ama é um sol que se irradia.
O amor que pede retribuição é egoísmo;
O amor que exige pagamento e avareza;
O amor que busca que busca reconhecimento é vaidade;
O amor que recebe para dar é usura;
O amor que calcula o resultado é interesse;
O amor que tem medo do mundo é covardia;
O amor que ordena e impõe é tirania;
O amor que sente ciúme é mesquinhez;
O amor que mede o que dá é cobiça;
O amor que espera receber é ambição.
Amor, para ser amor, tem que dar-se, sem nada pedir, assim como o sol.

Livro: Sugestões Oportunas
Autor: C. Torres Pastorino
Pg. 84
COMPORTAMENTO O LATIM VIVE!
 
Toda quarta-feira, às 19h 30, começa uma curiosa aula da turma do sexto período de letras português-latim da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em sala, dez alunos na faixa dos 20 anos repetem em uníssono um parágrafo escrito na lousa: “Canis per fluvium carnem ferens”. Isso significa: o cão leva a carne pelo rio. Parece que estão falando latim, e estão mesmo. A língua, que é considerada morta pou muitos desde o século V d.C., quando caiu o Império Romano, está vivíssima. “O latim é muito rico e com uma estrutura extremamente lógica. A gente não percebe, mas ele está muito presente no dia a dia. É berço do direito, da medicina, da biologia e da química, além de ter relação estreita com o português” afirma Márcia da Silva, chefe do departamento de letras clássicas e orientais da Uerj.

Autor: Mariana Brugger
Revista: Isto É
Pg. 46

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

QUARESMA...TEMPO DE JEJUM,CONVERSÃO E CARIDADE

A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós, para sermos melhores
 e poder viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esfoço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus
.
O tempo da quaresma é de quarenta dias, porém em dias corridos somam quarenta e sete pois, de acordo com o cristianismo, o domingo, que já é dedicado como o dia do Senhor, durante a quaresma não é contado. Após esse período, se inicia o Tríduo Pascal, que termina no Domingo de Páscoa.Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer. Antes de iniciar sua vida pública, logo após ter sido batizado por João no rio Jordão, Jesus passou 40 dias no deserto. Esse retiro de Jesus mostra a necessidade que ele teve em se preparar para a missão que o esperava. Contam os Evangelhos que no deserto Jesus era conduzido pelo Espírito, o que quer significar que vivia em oração e recolhimento, discernindo a vontade de Deus para sua vida e como atuaria a partir de então. No tempo que passou no deserto Jesus teve uma profunda experiência de encontro com o Pai. E, tendo vivido intensamente esse encontro, foi tentado pelo diabo.As tentações que Jesus viveu são apresentadas como aquelas que também os cristãos precisam viver. É por isso então, que os cristãos realizam uma penitência de quarenta dias, chamada quaresma.

Postagem Masé Soares

CONHECIMENTO DIGITAL
 
A internet e as ferramentas digitais mudaram a forma como nos relacionamentos e fazemos negócios. Agora, estão transformando o ensino. Na nova era digital, o conhecimento desponta como o principal fator de produção e de inovação. Se no passado o mundo precisava de pessoas aptas a fazer atividades manuais repetitivas, hoje requer gente capaz de articular conhecimentos diversos para resolver problemas novos.
A escola, entretanto, parece andar na contramão desse processo, preparando alunos para o século passado.
O americano Salman Khan, personagem da matéria de capa desta edição da PLANETA,é um dos protagonistas da corrente de educadores digitais que desejam revolucionar a educação.
A ideia da Khan Academy é oferecer gratuitamente educação online de qualidade a todos, em qualquer lugar, de maneira que faça sentido para quem aprende. Seu método de ensino tem conquistado popularidade e despertado o interesse de empresários, como Bill Gates e Jorge Paulo Lemann. Em janeiro, Khan foi a Brasília e São Paulo para se reunir com a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e mostrar o seu projeto.
Universidades de ponta como Stanford, nos EUA, e Oxford, na Inglaterra, divulgam na internet videoaulas de cursos completos, sem custo algum. Toda ideia nova costuma gerar desconfiança, e com os cursos abertos e a academia de Khan não é diferente. Para os críticos, seu método é uma reprodução de técnicas ultrapassadas em plataforma nova. Diz-se o mesmo contra os cursos abertos, e aponta-se para o alto número de pessoas que começam, mas não completam os programas.
As críticas não abalam a confiança dos educadores digitais sobre o fator multiplicador da internet. No movimento do ensino online – cuja coerência o tempo irá julgar -, o mais comemorado é a possibilidade de democratizar o conhecimento, um direito fundamental do ser humano interessado nele.

Autor: Ricardo Arnt
Revista: PLANETA pg. 4
A FESTA DE PENTECOSTES
 
Cada festa do Ano Litúrgico é tanto um evento a ser celebrado como uma graça a ser recebida. A graça do Natal é conhecer Cristo em sua humanidade. A graça da Epifania é conhecê-lo em sua divindade. A graça da Semana Santa é conhecê-lo em seu esvaziamento e em sua morte. A graça da Páscoa é conhecê-lo em seu triunfo sobre o pecado e a morte. A graça da Ascensão é conhecê-lo como o Cristo cósmico. É conhcer o Cristo glorificado, que passou não para um lugar geográfico, mas para o coração de toda a Criação.
O Cristo cósmico, revelado no Mistério da Ascensão, manifesta nosso verdadeiro eu e a natureza interna de toda a criação. O se manifesta é o Espírito vivo, vibrante, que nos preenche e a todas as coisas com luz, vida e amor ilimitados. O Espírito está sempre presente, mas sempre de uma nova maneira cada vez que passamos para um novo nível de consciência espiritual. O Espírito foi dado; mas está sempre esperando para ser recebido de modo que possa se dar de novo, e de forma mais completa. Qual é então a graça especial do Pentecostes?
No dia da Ressurreição, Jesus soprou seu Espírito sobre os discípulos, dizendo: “Recebei o Espírito Santo”. No dia da Ascensão, quarenta dias depois, ele “lhes recomendou que não deixassem Jerusalém, mas esperassem aí a promessa do Pai... é no Espírito Santo que sereis batizados daqui a poucos dias.”
O Espírito é a promessa fundamental do Pai. Uma promessa é um presente. Ninguém é obrigado a fazer uma promessa. Uma vez feita, no entanto, a pessoa está comprometida. Quando Deus se compromete, é com absoluta liberdade, absoluta fidelidade. O Espírito, como promessa, é um presente, não uma posse. Ele é uma promessa que foi comunicada; daí nunca será tomado de volta, pois Deus é infinitamente fiel e suas promessa. Note-se que a comunicação é na forma de um presente, não na de uma posse. Como o ar que respiramos: podemos ter tudo que queremos levar aos pulmões; mas ele não nos pertence. Se realmente tentarmos tomar posse guardá-lo numa gaveta nossos esforços serão em vão. O ar não é feito para ser possuído, tampouco o Espírito.

Livro: Mistério de Cristo pág. 132-133
Autor: Thomas Keating

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013


Hoje dia 13 de fevereiro,
 quarta-feira de Cinzas, haverá o lançamento de mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF), 
com o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).


Tema: Fraternidade e Juventude

Lema: Eis-me aqui, envia-me!
(Is 6,8)

Fraternidade e Juventude - CF 2013

Objetivo Geral
Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção da vida, da justiça e da paz.
Objetivos específicos
1 - Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a
elaboração de seu projeto pessoal de vida;

2 - Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos;

3 - Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.



ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE
Postagem Masé Soares

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

UMA PARÁBOLA SOBRE A FELICIDADE

Um mestre sufi  tinha perdido a chave de sua casa e a procurava no gramado, passado seus dedos entre as folhas. Seus discípulos chegaram e perguntaram ao mestre o que havia acontecido. “Perdi a chave de minha casa e estou procurando aqui”. “Podemos ajudá-lo a procurar”?disseram os discípulos. “Eu ficaria muito contente”, disse o mestre. Com isso seus discípulos se puseram ao lado, de quatro e começaram a correr os dedos entre as folhas da grama. Depois de muito tempo um dos discípulos perguntou ao mestre:”Mestre o senhor tem alguma idéia de onde perdeu sua chave”? Ele respondeu: “Sim, é claro. Eu a perdi em casa”. Os discípulos se entreolharam perplexos. “Então por que estamos procurando aqui fora”? exclamaram. O mestre respondeu:”porque aqui há mais luz!...
Essa parábola falca à condição humana.
         Todos perdemos a chave da felicidade e a estamos procurando fora de nós, onde não pode ser encontrada. Procuramos fora porque é mais fácil ou mais agradável; há mais luz aqui. Também há mais companheiros. Se procuramos felicidade em programas emocionais que prometem felicidade por símbolo de segurança/sobrevivência, afeiçoa/estima ou poder/controle podemos obter muita ajuda, pois todo mundo está procurando a mesma coisa. Quando procuramos a chave onde pode ser encontrada, podemos nos descobrir sozinhos, abandonados pelos amigos e parentes que sentem ameaçados por nossa busca. Falta de apoio para a jornada espiritual, para não falar de oposição absoluta que é uma das mais árduas provações.
Quando decidimos seguir o chamado de Cristo, logo vemos nossos programas emocionais de felicidade em oposição ao sistema de valor do Evangelho que abraçamos. O sistema do falso eu, firmemente no lugar desde a infância, não cai morto porque assim pedimos. O Apóstolo Paulo já o tinha vivido e o disse em sua carta aos romanos : 7,15-25.

 Postagem Masé Soares

JESUS TENTADO NO DESERTO


Jesus aparece no deserto como o representante da raça humana. 
Ele carrega consigo a nossa penosa situação em sua crua intensidade.
 Está, portanto vulnerável às tentações do diabo.
 Diabo no Novo Testamento significa o inimigo, o adversário.
 Um espírito misterioso e maligno que parece  mais do que a personificação de nossas más tendências inconscientes.
 As tentações do diabo são permitidas por Deus para nos ajudar a confrontar nossas próprias tendências más.
 Se os parentes e amigos não conseguem tirar o pior de nós, o diabo está sempre perto para terminar o trabalho.
 O autoconhecimento é experimental; ele, o diabo, tem experiência das fraquezas humanas.
No deserto Jesus é tentado pelos instintos primitivos da natureza humana.
Assim por amor de nós, 
Jesus experimentou as tentações dos três primeiros centros de energia.
 A cada Quaresma ele nos convida a juntar-nos a Ele no deserto e compartilhar  suas provações.  As observâncias quaresmais destinam-se a facilitar a redução do nosso investimento emocional nos programas da infância. A libertação de todo esse sistema do falso eu é o propósito último da Quaresma. Esse processo sempre tem a Páscoa como sua meta. A observância da Quaresma é enfrentar o falso eu. Jejuar, orar e fazer caridade estão a serviço desse projeto. Quando demolimos nossos falsos programas emocionais de felicidade, os obstáculos à vida ressuscitada de Jesus caem por terra, e o nosso coração está preparado para a infusão da vida divina na PÁSCOA.
Postagem Masé Soares