sábado, 29 de dezembro de 2012

UM FELIZ ANO NOVO....





O nosso caminho é feito
pelos nossos próprios passos... 
Mas a beleza da caminhada... 
Depende dos que vão conosco! 

Assim, neste NOVO ANO que se inicia 

Possamos caminhar mais e mais juntos... 

Em busca de um mundo melhor, cheio de PAZ, 

SAUDE, COMPREENSÃO e MUITO AMOR. 

O ano se finda e tão logo o outro se inicia... 

E neste ciclo do "ir" e "vir" 

O tempo passa... E como passa! 

Os anos se esvaem... 
E nem sempre estamos atentos ao que 
Realmente importa. 
Deixe a vida fluir 
E perceba entre tantas exigências do cotidiano... 
O que é indispensável para você! 
Ponha de lado o passado e até mesmo o presente! 
E crie uma nova vida... Um novo dia... 
Um novo ano que ora se inicia! 
Crie um novo quadro para você! 
Crie, parte por parte... Em sua mente... 
Até que tenha um quadro perfeito para o futuro...do presente... 

E assim dê início a uma nova jornada! 

Que o levará a uma nova vida.

Que está logo além da
 vida, a um novo lar... 

E aos novos progressos na vida! 

Você logo verá esta realidade, e assim encontrará a maior felicidade... 

 e recompensa... 

Que o ANO NOVO renova nossas esperanças, 

E que a estrela crística
 resplandeça em nossas vidas 

E o fulgor dos nossos corações unidos  intensifique a manifestação

 de um ANO NOVO repleto de vitórias! 

E que o resplendor dessa chama 
seja como a tocha que ilumina nossos caminhos 

Para a construção de um futuro,
 repleto de alegrias! 

E assim tenhamos um mundo melhor! 

A todos vocês companheiros que visitaram o nosso blog, deixaram suas marcas nas sinceras mensagens , que temos o mesmo ideal, 

amigos (as) que já fazem parte da minha vida, 
desejo que as experiências próximas 
de um ANO NOVO 
lhes sejam construtivas,
saudáveis e harmoniosas.
Meu cordial abraço.

Paulo Motta






Postagem Masé Soares 


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Compaixão e solidariedade

“Dai-me um coração compassivo”, a súplica contida neste trecho de uma oração católica resume bem um dos maiores ensinamentos do cristianismo: o valor da compaixão, esse sentimento que, apesar do consumismo que cada vez mais caracteriza o Natal, ainda costumar aflorar entre as pessoas com um pouco mais de intensidade nesta época do ano. Um cristão deve procurar guiar sua vida como o bom samaritano da parábola, compadecendo-se do sofrimento alheio e esforçando-se em mitigar as dores e privações dos seus semelhantes.
A compaixão, no entanto, tem uma particularidade, como observa a filósofa francesa Myriam Revault D’Allonnes. Um sentimento genuíno de compaixão representa ser tomado por uma sensibilidade para com os padecimentos alheios de tal monta que é como eles se nos atingissem em nossa própria carne. É uma espécie de co-sofrimento, indicando uma relação de reciprocidade. Por essa característica, a compaixão só pode ser dirigida a indivíduos no singular e apenas se exerce em situações específicas – não se sente compaixão pelas massas anônimas, sem rosto. Estas costumam despertar o que chamamos de piedade.
Experimentar um impulso de piedade representa nos entristecer momentaneamente com os sofrimentos dos outros, sem ser de fato atingido por eles. A compaixão requer cumplicidade, aproximação; a piedade implica alguma distância. A primeira coloca as pessoas no mesmo plano, como iguais; a segunda envolve um certo sentimento de superioridade. Porque não significa um compromisso real – e, no fundo, acaba por escamotear uma sensação de alívio por não sermos também vítimas das tragédias que presenciamos -, a piedade pode ser estendida a todos os sofredores deste mundo. Sem dúvida, era piedoso aquele personagem de Dostoievski que dizia amar a humanidade inteira, embora fosse incapaz de gostar realmente de um só individuo em particular.
Um outro essencial, segundo Myriam D’Allonnes, também distingue a piedade da compaixão: ao passo que a compaixão é praticamente “muda”, uma vez que se revela muito mais nos gestos, a piedade adora a eloqüência. Não é à toa que posar de piedoso é um dos esportes preferidos dos políticos demagogos, em seus discursos inflamados.
Nietzsche, na crítica que fez dos valores do Ocidente, demonstra seu repúdio à piedade pelo fato de ela precisar dos “débeis” e se alimentar do sofrimento. Se a compaixão, para crentes e ateus, é um sentimento nobre a ser cultivado, mas se limita à esfera privada, a demanda, no espaço público, não são por políticas de piedade, que acabam perpetuando a miséria porque necessitam dela para existir, mas por ações solidárias. A solidariedade, diferente da piedade, não tem interesse em manter bolsões de desafortunados para se manifestar – o que ela estabelece é um laço entre cidadãos, conscientes de que partilham um mundo comum e que juntos devem combater toda sorte de opressão e exploração.

Rosângela Chaves
O encontro de Jesus com a Samaritana

É bonito ver como a Samaritana não quis monopolizar o Cristo. Descobrira-o, mas não como proprietária exclusiva. Não pretendeu trancá-lo, visando consumi-lo a prestações. Ela entendeu perfeitamente o que Jesus lhe dissera: “Se compreendesses o dom de Deus...” Ele era um dom e esse dom era de todos, para todos; não somente de alguns, para alguns.
Lembrando João Batista, a Samaritana vai deixando que o Cristo cresça e ela diminua no coração de todos, ela que fora o veículo da descoberta.
Esta é a fundamental convicção do testemunho cristão.
“muitos foram os samaritanos daquela cidade e crerem nele por causa da palavra daquela mulher” (v.39). Entretanto, mais tarde alardeavam: “Já não é devido à tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o salvador do mundo” (v. 42). Piedosa inverdade, dos sicarenses. Pois o fato não era esse. A verdade obrigava a aceitar os passos da samaritana. Ela foi o porta-voz, o pombo-correio. Se não fosse ela, todos teriam continuado sesteando, e Jesus teria passado. Foi ela, sim, quem avisou todos aqueles acostumados à água de Jacó. E agora dizem que ela não conta. Quer aceitem, quer não, a voz deles no encontro com Cristo não podia silenciar a voz da samaritana. E repetem que não é devido a ela que crêem. Ingratos. Injustos. Quem deixou a bilha no beiral do poço e foi correndo?
É eloqüente este momento do itinerário espiritual da samaritana. Sem deixar de ser amargo. Porém é tanto mais eloqüente à medida que nos abraçamos sinceros ao Cristo como presente de Deus a todos, não apenas ao grupinho. Então, à proporção que esse presente divino torna-se acessível a um número cada vez maior, mais deve aumentar em nós a alegria de não ver Deus frustrado no horizonte do amor sem horizontes.
A eloqüência do testemunho apostólico da samaritana decorre sobretudo dessa marcante alegria que ela conserva à medida que a fonte jorra em outros; à medida que o amor de Deus é multidescoberto.
Aquelas reações eram irrelevantes, não a atingiam. O essencial acontecera. Não dependia da gratidão ou da ingratidão de ninguém, da justiça ou da injustiça de quem quer que seja. Ela encontrara o Cristo e se encontrara.

Livro: O Encontro
Autor: João Mohana
Pg. 66/67

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Deliciosa revolução


O sociólogo italiano e fundador do movimento Slow Food, Carlo Petrini, que discorreu na Semana Mesa SP sobre o projeto Arca do Gosto que visa à manutenção e à preservação de alimentos em risco de desaparecimento – fez coro às observações de Alice Waters. Adicionalmente, chamou atenção do publico para o desperdício. Para isso se apoiou em dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). “Produzimos comida para alimentar 12 bilhões de pessoas, sendo que a população mundial é de 6 bilhões. Pedimos para a terra produzir mais, colocamos produtos químicos e depois jogamos tudo no lixo”, declarou.
Para Petrini, o mundo da gastronomia está mudando, é crescente e demanda por responsabilidade para com a preservação da biodiversidade e a valorização dos produtores rurais. É preciso, segundo ele, aderir a uma nova visão, uma visão holística. “Os chefs não devem ficar mais fechados nas cozinhas, e sim sair e falar com o mundo.”
De fato, comer uma comida autêntica com qualidade, conectada ao meio ambiente e aos agricultores foi uma tendência observada com destaque na Semana Mesa SP, na fala e chefs, acadêmicos, pesquisadores e escritores. O desafio lançado é aplicar essa prática à vida urbana, cotidiana e frenética.

Autora: Elaine Soares
Jornal: O popular do dia 10 de novembro de 2012...

COMPORTAMENTO SEXUAL COMPULSIVO


Também já classificado no passado como Ninfomanias, nas mulheres, e Don Juanismo, nos homens, refere-se ao aumento da sexualidade (desejos e fantasias) com comportamentos sexuais impróprios, exagerados para além do socialmente habitual, na maioria das vezes envolvendo uma sucessão de parceiros que são sentidos pelo individuo como coisas a serem usadas para o seu prazer, simplesmente apresenta também critérios definidores de abuso de substâncias psicoativas (associadas à desinibição e intensificação do prazer). Não deve, no entanto, ser confundido com parafilia – fantasia sexual excitante envolvendo objetos não humanos e que tem classificação própria como distúrbio da conduta sexual e não como compulsividade. Prejuízos sócio-ocupacionais estão presentes nesse comportamento, como gastos financeiros, traições, perda de amigos e problemas no trabalho. Pode haver associação com outras doenças psiquiátricas cujo diagnóstico deve ser afastado. Estima-se que 5% da população apresenta esse comportamento, com leve preponderância do sexo masculino (dado questionável em função dos limites sociais e morais). Nas fases da adolescência e adulto jovem, o impulso apresenta-se como egosintônico, chegando mesmo a aumentar a autoestima (característica de TCI). Em fases mais tardias, se permanece o comportamento, o impulso se apresenta como egodistônico, com o ato acompanhado de arrependimento pela conduta praticada (característica do TOC). Os estudos sobre a classificação ideal para esse comportamento compulsivo ainda não são conclusivos.


Revista: Psique Ano VI n° 82  Pg. 58


Curiosidades da História do Brasil-Colonia


Na ausência de Duarte Coelho ficou governando Jerônimo de Albuquerque a Capitania de Pernambuco, e que nela aconteceu neste tempo

Razão tinha (se tivera perfeito uso dela) o gentio desta capitania para não se inquietar e inquietá-la com a ausência de Duarte Coelho, pois ficava em seu lugar sua mulher D. Beatriz de Albuquerque, que a todos tratava como filhos, e Jerônimo de Albuquerque, seu irmão, que, assim por sua natural brandura e boa condição, como por ter muitos filhos das filhas dos principais, os tratava a eles com respeito. Mas, como é gente que se leva mais por temor que por amor, tanto que viram ausentes o que temiam, começaram a fazer das suas, matando e comendo a quantos brancos e negros seus escravos encontravam pelos caminhos, e o pior era que nem por isto deixavam de lhes vir a casa com seus resgates, dizendo que eles o não faziam, senão alguns velhacos, que haviam mister bem castigados.
Muito dava isto em que entender a Jerônimo de Albuquerque por não saber que conselho tomasse, e assim chamou a ele os oficiais da Câmara, e outras pessoas que o podiam dar, e juntos em sua casa lhes perguntou o que faria. Começou logo cada um a dizer o que sentia e os mais forma de parecer que os castigassem, e lhes fizessem guerra; mas, não concordando no modo dela, se desfez a junta sem resolução do caso, e se foi cada um para sua casa, só ficaram alguns, que melhor sentiam, e entre eles um chamado Vasco Fernandes de Lucena, homem grave e muito experimentado nesta matéria de índios do Brasil, que lhes sabia bem a língua e as tretas de que usam, o qual disse ao governador que não era bem dar guerra a este gentio sem primeiro averiguar quais eram os culpados, porque não ficassem pagando os justos pelos pecadores; e que ele (se lhe dava licença) daria ordem e traça com que eles mesmos se descobrissem e acusassem uns aos outros se destruíram sem nós lhes fazermos guerra, e quando fosse necessário fazer-lha, nos ajudaríamos do bando contrário, eu foi sempre o modo mais fácil das guerras, que os portugueses fizeram no Brasil, e para isto mandasse logo ordenar muitos vinhos, e convidar os principais das aldeias, para que os viessem beber, e no mais deixasse a ele o cargo. Os índios embebedados revelaram os culpados.
Depois de averiguar quais foram os homicidas dos brancos, uns mandou pôr em bocas de bombardas, e dispará-las à vista dos mais, para que os vissem voar feitos pedaços, e outros entregou aos acusadores que os mataram em terceiros e os comeram em confirmação da sua amizade, louvando aos portugueses que haviam feito justiça.

Autor: Frei Vicente do Salvador
Livro: Historia do Brasil pg. 91-93

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Comportamento cleptomaníaco

A pessoa fracassa em resistir ao impulso de furtar algum objeto, que normalmente não lhe é útil para nenhum fim, nem por seu valor monetário, pois quase sempre poderia comprá-lo, mas não o faz. Quando surge o impulso, que não é planejado, vem acompanhado de um estado de tensão e excitação que é substituído pela sensação de prazer, satisfação e alívio com a realização do ato. Normalmente, após o furto presenteia alguém com o objeto, ou o joga fora. Os objetos mais comumente furtados são utensílios de higiene pessoal, roupas, alimentos, jóias, cosméticos ou dinheiro. Havendo condição adversa, como um guarda, uma câmera ou uma pessoa olhando, o furto dificilmente ocorrerá. Das pessoas que cometem algum tipo de furto, apenas 5% sofrem de cleptomania. A incidência é maior entre mulheres, na proporção de 4 mulheres para cada homem (4:1)


Revista: Psique Ano VI n° 82 Pg.61
Como controlar o seu estresse

O estresse pode ser definido como a soma de respostas físicas e mentais à incapacidade de distinguir entre o real e as experiências pessoais.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido a mudanças bruscas no estilo de vida e exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de virem a ocorrer doenças, especialmente as cardiovasculares.
O estresse pode ser tanto negativo como positivo. O estresse apropriado e controlado melhora o interesse e motiva o indivíduo, e a falta de estresse pode levar ao tédio e depressão.
Juliana Piva, presidente da ABQ

Revista: Céu Azul n°44 pg. 14
Centro de Gravidade

Para cantar a Ti, meu Senhor Jesus
Quem me dera ter olhos de águia, coração de
criança e uma língua polida pelo silêncio!

Toca meu coração, Senhor Jesus Cristo!
Toca-o e verás como vão despertar os sonhos
Enterrados nas raízes humanos desde o começo
Do mundo.

Todas as nossas ondas morrem em tuas praias.
Todos os nossos ventos dormem em teus horizontes.
Os desejos mais recônditos, sem os sabermos, te exigem
E Te invocam.

Os anseios mais profundos busca-Te impacientemente.
Tu és a noite estrelada, música de diamantes,
vértice do universo, fogo que da pedra.
No lugar em que pousa teu pé chagado, o planeta
Arde em sangue e ouro.

Caminhas sobre as correntes sonoras
E pelos cumes nevados. Suspiras nos bosques
Seculares. Sorris na murta e na giesta.
Respira nas algas, fungos e liquens.
Por toda a amplidão do universo mineral
E vegetal, eu Te sinto nascer, crescer,
Viver, rir e falar.

Tu és o pulso do mundo, meu Senhor Jesus Cristo!
És Aquele que sempre vem vindo das galáxias
Longínquas do centro ígneo da terra e
Do fundo do tempo; vens, desde sempre,
Há milhões de anos-luz.

Em tua fonte, resplandece o destino do mundo,
E em coração, concentra-se o fogo dos séculos.
Com o coração deslumbrado diante da tanta
Maravilha, inclino-me para te dizer: Tu serás
O rei de meus territórios.

Para Ti será o fogo de meu sangue.
Tu serás meu caminho e minha luz, a causa
Da minha alegria, a razão de meu existir e o sentido
De minha vida. Minha bússola e meu
Horizonte, meu ideal, minha plenitude e minha consumação.

Fora de Ti, não há nada para mim para Ti,
Não há nada para minha última canção.
Glória e honra para sempre a Ti,
Rei dos Séculos!

Livro: Encontro
Autor:Ignácio Larrañaga

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Anúncio

Todo cartão de Natal, além de um remetente, tem um destinatário. O primeiro cartão da história da humanidade foi endereçado aos sem-teto.
O jornalista Lucas [2,8], diz que viviam a céu aberto.
O verbo agrauléo significa permanecer ao relento.
Dizem os comentaristas que esses pastores, mencionados por Lucas, eram gente muito pobre. Sem ter onde morar, sujeitavam-se a empregos considerados humildes ou indignos pelos de classes sociais privilegiadas.
Essa escória dos operários, por estarem ao relento, por prescindirem de um teto nas noites frias, puderam presenciar, em primeira-mão, a invasão da terra pelo céu.
São tão poucos os que olham para o céu! Na ironia do cotidiano, dentro de arranha-céus cada vez mais altos, as pessoas se distanciam mais e mais do reino-dos-céus.
Esses pastores, cotidianamente, contemplavam as estrelas. Não por opção romântica, ou por interesse astronômico, mas porque o firmamento era o seu teto, a luz companheira e as estrelas suas conselheiras.
Olhar para o céu. Ouvir as estrelas. Aconselhar-se com a lua... Isto é o Natal: levantar a cabeça, reconquistar a dignidade, ser visitado por Deus.

Autor: Rubem Alves
Livro: Cultoarte celebrando a vida

Pg. 46/47

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Deus menino

Bom é ler a poesia do Manoel de Barros. Manoel de Barros é uma criança. Quem lê que ele escreve vira criança. Ele brinca com as palavras. “O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. Eu queria avançar para o começo. Chegar ao acriançamento das palavras.”
Em busca do lugar de onde se partiu... A poesia do Manoel de Barros anda para trás, para longe da loucura do mundo adulto. Para isso ele não mede palavras: “Preciso de atrapalhar as significâncias. O despropósito é mais saudável que o solene. Para limpar as palavras de alguma solenidade – uso bosta. Nasci para administrar-o à-toa, o em vão, o inútil. Prefiro as máquinas que servem para não funcionar: quando cheias de areia, de formiga e musgo – elas podem um dia milagrar de flores. Também as latrinas desprezadas que servem para ter grilos dentro – elas podem um dia milagrar violetas. Senhor, eu tenho orgulho do imprestável.”
Um homem como esse é um perigo em qualquer reunião de adultos sérios e responsáveis.
Bernardo Soares, uma das entidades-Fernando Pessoa, é explícito: os adultos são burros, as crianças inteligentes. “Sim, julgo às vezes, considerando a diferença bedionda entre a inteligência das crianças e a estupidez dos adultos, que somos acompanhados na infância por um espírito da guarda, que nos empresta a própria inteligência astral, e que depois, talvez com pena, mas por uma lei alta, nos abandona, como as mães animais ás crias crescidas, ao cevado que é o nosso destino.”
Discordo só num ponto: a inteligência astral não nos abandona por ser incompatível com a adultice. A inteligência adulta é grave. Faz afundar.
A inteligência infantil é leve. Faz levitar.
Ricardo Reis – outra entidade – Fernando Pessoa – num poema-sabedoria diz que o segredo é nos tornarmos discípulos das crianças.
“Mestre, são plácidas todas as horas que nós perdemos/ Se no perdê-las, qual numa jarra, nós pomos flores./ Não há tristezas nem alegrias na nossa vida. Assim saibamos,/ Sábios incautos, não a viver mas decorrê-la, tranqüilos, plácidos, / Tendo as crianças por nossas mestras e os olhos cheios de Natureza.”

Autor: Rubem Alves
Livro: Cultoarte celebrando a vida
Pg. 53/54

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Colesterol: Um inimigo à espreita
Mudanças de comportamento e alimentos funcionais podem ajudar na saúde do seu coração!
 
Já faz tempo que o colesterol deixou de ser uma preocupação apenas de quem está em guerra com a balança. Esse tipo de gordura, presente em todas as células do corpo, pode, quando em excesso, obstruir as artérias de homens e mulheres em qualquer idade, levando a doenças cardiovasculares. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 40% dos brasileiros estão com colesterol alto e cerca de 300 000 pessoas morrem todos os anos em consequência de doenças cardiovasculares, a maior causa de mortalidade no país. E não é só isso: pesquisa do Ibope, “Coração sob controle”, aponta que mais de 60% dos brasileiros não conhecem a sua taxa de colesterol. Controlar os níveis dessa gordura no organismo é crucial para quem quer levar uma vida mais saudável. A boa notícia é que, com simples atitudes e algumas mudanças de hábito, na maioria dos casos, é possível driblar esse inimigo!
Faça exercícios físicos regularmente
Mantenha uma alimentação saudável
Consuma fitoesteróis
Os fitoesteróis são compostos vegetais que possuem estrutura química semelhante à do colesterol. Por isso, eles competem com o LDL no intestino delgado, reduzindo a absorção do colesterol ruim e aumentando sua excreção pelas fezes. Estudos mostram que doses a partir de 1 g por dia ajudam a manter níveis saudáveis de colesterol no organismo. Uma boa opção é consumir alimentos funcionais enriquecidos com fitoesterol, como o novo multivitamínico Centrum Control. Ele pode ser consumido por qualquer pessoa a partir dos 5 anos de idade que se preocupe com a alimentação e com a saúde do coração – basta ingerir dois comprimidos por dia com a principal refeição! Uma observação: as crianças somente devem consumir esse produto com a orientação de um nutricionista ou médico.

Revista: SAÚDE n°357 pg.9

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ao passear no Líbano, imperador trouxe os libaneses

“A partir de hoje começa um mundo novo”, escreveu dom Pedro 2° em carta a um amigo, diplomata francês, animado com sua viagem turística. “O Líbano ergue-se diante de mim com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa”, explicava. Admirador da cultura e da literatura árabe, o imperador chegava ao Líbano em 11 de novembro de 1876, com esposa e comitiva de 200 pessoas. Era coqueluche entre intelectuais e poderosos da época visitar os países orientais. Por uma semana, dom Pedro visitou instituições e templos, colecionou fotos e lembranças. Deixou seu nome assinado na pedra do templo de Baco e anotou no diário a inscrição de um visitante anterior que lhe chamou atenção: “Como o mundo é besta!”, em francês.
Apesar do objetivo turístico, o imperador atuou no Líbano como verdadeiro diplomata. “Gostaria de ver o maior número de vocês na minha terra, prometo recebê-los bem e tenham certeza de que retornarão prósperos”, afirmava. Cinco anos depois, a primeira leva de imigrantes de lá chegava ao Brasil. Passo inicial para que hoje o número de descendentes libaneses por aqui seja maior até do que a população do país árabe.

Revista: Brasil N°163 Ano 14 Pg. 10
Ainda os livros litúrgicos: as leituras no Advento

No 1° domingo dos três anos, prevalecem as imagens do “fim do mundo”; não como ameaça, mas como alerta para que ninguém seja tomado de surpresa.
No 2° e 3° domingos, os dois personagens que mais se destacam são o profeta Isaías e João Batista: anunciam a salvação que esta próxima e que virá com absoluta certeza. Por isso, alegria e conversão se misturam na preparação da vinda do Salvador.
No 4° domingo, a personagem principal é Maria. Ela está pronta para dar à luz o Salvador tão esperado.

Tempo de conversão e alegre expectativa

Embora o Advento insista em nossa conversão, não tem aquele acentuado caráter penitencial da Quaresma. A conversão consiste em prepararmos, alegres e ligeiros, cheios de esperança, o caminho do Senhor que vem. O DL indica a cor roxa, o silêncio dos instrumentos musicais quando não acompanham o canto, a supressão do Glória, a ausência de flores... no 3° domingo do Advento usa-se tradicionalmente o cor-de-rosa no lugar do roxo, porque antigamente era um momento de pausa no jejum que se fazia rigorosamente em preparação à festa do Natal. Como tempo de preparação, é importante que o Advento tenha um tom mais discreto, mais recolhido, para que a alegria seja maior na festa do Natal.

Autora: Ione Buyst
Livro: Preparando advento e natal pg. 16/17

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Curiosidades da História do Brasil-Colonia

Na ausência de Duarte Coelho ficou governando Jerônimo de Albuquerque a Capitania de Pernambuco, e que nela aconteceu neste tempo

Razão tinha (se tivera perfeito uso dela) o gentio desta capitania para não se inquietar e inquietá-la com a ausência de Duarte Coelho, pois ficava em seu lugar sua mulher D. Beatriz de Albuquerque, que a todos tratava como filhos, e Jerônimo de Albuquerque, seu irmão, que, assim por sua natural brandura e boa condição, como por ter muitos filhos das filhas dos principais, os tratava a eles com respeito. Mas, como é gente que se leva mais por temor que por amor, tanto que viram ausentes o que temiam, começaram a fazer das suas, matando e comendo a quantos brancos e negros seus escravos encontravam pelos caminhos, e o pior era que nem por isto deixavam de lhes vir a casa com seus resgates, dizendo que eles o não faziam, senão alguns velhacos, que haviam mister bem castigados.
Muito dava isto em que entender a Jerônimo de Albuquerque por não saber que conselho tomasse, e assim chamou a ele os oficiais da Câmara, e outras pessoas que o podiam dar, e juntos em sua casa lhes perguntou o que faria. Começou logo cada um a dizer o que sentia e os mais forma de parecer que os castigassem, e lhes fizessem guerra; mas, não concordando no modo dela, se desfez a junta sem resolução do caso, e se foi cada um para sua casa, só ficaram alguns, que melhor sentiam, e entre eles um chamado Vasco Fernandes de Lucena, homem grave e muito experimentado nesta matéria de índios do Brasil, que lhes sabia bem a língua e as tretas de que usam, o qual disse ao governador que não era bem dar guerra a este gentio sem primeiro averiguar quais eram os culpados, porque não ficassem pagando os justos pelos pecadores; e que ele (se lhe dava licença) daria ordem e traça com que eles mesmos se descobrissem e acusassem uns aos outros se destruíram sem nós lhes fazermos guerra, e quando fosse necessário fazer-lha, nos ajudaríamos do bando contrário, eu foi sempre o modo mais fácil das guerras, que os portugueses fizeram no Brasil, e para isto mandasse logo ordenar muitos vinhos, e convidar os principais das aldeias, para que os viessem beber, e no mais deixasse a ele o cargo. Os índios embebedados revelaram os culpados.
Depois de averiguar quais foram os homicidas dos brancos, uns mandou pôr em bocas de bombardas, e dispará-las à vista dos mais, para que os vissem voar feitos pedaços, e outros entregou aos acusadores que os mataram em terceiros e os comeram em confirmação da sua amizade, louvando aos portugueses que haviam feito justiça.

Autor: Frei Vicente do Salvador
Livro: Historia do Brasil pg. 91-93
A vida ensina

Eu sempre me frustrei com as jabuticabas que ficavam lá na ponta dos galhos, longe das minhas mãos: as mais doces, abandonadas aos marimbondos e aos pássaros. O desejo era forte, mas a inteligência não tinha imaginação. A única solução que ela me oferecia era subir até a ponta dos galhos. Mas eu já não sou tão jovem e leve. Meu corpo, ferramenta, já não se presta para tais proezas. Mas a inteligência do seu João, amigo em primeiro lugar e pedreiro em segundo, tinha mais imaginação que a minha: “É só usar um tubo de PVC”. Não entendi. Aí, ele pegou um tubo de PVC, levou sua ponta oca até uma gorda jabuticaba, cutucou-a, ela se soltou, desceu por dentro do tubo pela força da gravidade para cair na mão que a esperava e que, ato contínuo, levou-a à boca.
O tubo de PVC não foi feito para apanhar jabuticabas. Mas a inteligência descobriu nele uma ferramenta não imaginada por aqueles que o fabricam.

Autor: Rubem Alves
Livro: Variações sobre o prazer
Pg.95

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

REFLEXÃO PARA ESTE DIA....



ACEITE SEU DIA

Não faça pré-julgamentos, nem antecipe situações
.
Faça de conta que este é o primeiro dia da sua vida, ainda meio inexperiente, sem reações pré-determinadas.

Tem gente que anda tão "armada", que dá "patada" até em quem só quer fazer o bem, desconfia de tudo e de todos, tem medo até de falar, não aceita palpites, nem ouve conselhos, se julga pronto, experiente e calejado pela vida.

E lá vem a vida dar uma nova rasteira, na verdade lições que precisamos aprender, a vida não julga, ensina o que mesmo sem saber, buscamos aprender, pois é certo que colhemos o que plantamos.

Por isso, DESARME-SE!

Ouça as pessoas, procure falar mais baixo, mais devagar, ouça a sua própria voz.

Palavras lançadas não voltam mais, e às vezes, você sabe, ferem mais do que facadas, incomodam mais do que ferrão de abelha, doem na alma e não cicatrizam tão cedo.

Por isso, hoje é o seu primeiro dia de vida, e como não sabemos se será ou não o último, melhor aproveitar da melhor maneira possível.

A vida é muito breve, um sopro na poeira do tempo, por que perder tempo com discussões tolas, descobrindo quem tem ou não razão?

A razão é aquela amiga que nos puxa pela orelha e diz:

Vai ser feliz!
então, ouça o conselho da razão!

Paulo Roberto Gaefke


Vaticano
O papa caiu na rede

A partir da quarta-feira 12 o papa Bento XVI começará a alimentar, no Twitter, o perfil @pontifex. Assessores do Vaticano garantem que o primeiro texto no micro-blog será escrito por ele mesmo. “Ninguém vai colocar palavras na boca do papa”, disse Greg Burke, consultor de mídia da Santa Sé. “Ele vai twittar o que quiser twittar.” Seus seguidores, que já somam 500 mil desde o anúncio que o papa vai cair na rede, poderão fazer perguntas através da tag #askpontifex. O pontíce responderá em espanhol, inglês, italiano, português, polonês, árabe e francês.

Revista: Isto É
N° 2248/ Ano 36/ Mês 12/2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

PAI NATAL E SÃO NICOLAU



O Pai Natal é associado à ideia de um homem já com uma certa idade, gorducho, de faces rosadas, com uma grande barba branca, que veste um fato vermelho e que conduz um trenó puxado por renas que conseguem voar mesmo não tendo asas. Segundo a lenda, na noite de Natal este simpático senhor visita todas as casas, desce pela chaminé e deixa presentes a todas as crianças que se comportaram bem durante todo o ano. 
A personagem do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau e a ideia de um velhinho de barba branca num trenó puxado por renas (o mesmo transporte que é usado na Escandinávia) foi introduzida por Clement Clark More, um ministro episcopal,  num poema intitulado de "An account of a visit from Saint Nicolas" (tradução: Um relato da visita de S. Nicolau)  que começava de seguinte modo “'The night before Christmas” (que em português significa "Na noite antes do Natal"), em 1822. More escreveu este poema para as suas filhas e hesitou em publicá-lo porque achou que dava uma imagem frívola do Pai Natal. Contudo, uma senhora, Harriet Butler, teve acesso ao poema através do filho de More e decidiu levá-lo ao editor do jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, o qual publicou o poema no Natal do ano seguinte em 1823. A partir daí, vários jornais e revistas publicaram o poema, mas sempre sem se mencionar o seu autor. Só em 1844, é que More reclamou a autoria do poema!

O primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly” no ano de 1866. Assim, a criação da imagem atual do Pai Natal não é da autoria da Coca-Cola, como muitos pensam...
As raízes da história do Pai Natal remontam ao folclore europeu e influenciaram as celebrações do Natal por todo o mundo.
A figura do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças.
A única coisa que se sabe com certeza sobre a vida de S. Nicolau é que este foi bispo de Mira na Lícia, que se situa no sudoeste da Ásia Menor, no século IV d.C.

Antes de estar relacionado com as tradições e lendas de Natal, S. Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.
Pode-se duvidar da autenticidade de muitas das histórias relacionadas com S. Nicolau, mas mesmo assim a lenda espalhou-se por toda a Europa e a sua figura ficou associada a um distribuidor de presentes. Os símbolos de S. Nicolau são três bolas de ouro. Diz a lenda que numa ocasião ele salvou da prostituição três filhas de um homem pobre ao oferecer-lhes, em três ocasiões diferentes, um saco de ouro; uma outra lenda é que depois da sua morte salvou três oficiais da morte aparecendo-lhes, para isso, em sonhos.

O dia de S. Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de Dezembro, sendo este o dia em que se recebiam os presentes. Contudo, depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção a ChristKindl, ou seja, ao Menino Jesus, transformando-o no “distribuidor” de presentes e transferindo a entrega de presentes para a Sua festa a 25 de Dezembro. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, esta ficou colocada no próprio dia de Natal. Assim, o dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o dia de S. Nicolau. Contudo, em 1969, devido à vida do santo estar escassamente documentada, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de S. Nicolau fosse retirada do Calendário Oficial Católico Romano.

Mesmo assim, todos os anos, na época de Natal, em muitas partes do mundo, anúncios, cartões de boas festas, decorações sazonais e a presença de pessoas vestidas de Pai Natal documentam a moderna lenda do Santa Claus (contracção de Santus Nicholaus). Crianças de todo o Mundo escrevem cartas ao Pai Natal, nas quais dizem quais são os seus desejos, e, na noite de Natal, algumas deixam-lhe comida e bebida para uma rápida merenda.



  Postagem Masé Soares