sexta-feira, 23 de agosto de 2013

MEU LIVRO


Livro: Memórias de um seminarista
Autor: Paulo Motta
(Professor, Promotor de Justiça, Padre dispensado do exercício do ministério pelo Papa Paulo XI)
Preço: 20,00 R$.
O livro contém 229 páginas e nelas se desenvolvem pequenos contos da vida de seminário, geralmente em seus aspectos hilariantes num total de 160 contos.

A capa do livro é uma obra de arte do Goiano Luiz Olinto, consagrado em todo o Brasil.

SANTA RITA DOS IMPOSSÍVEIS, ROGAI POR NÓS



Maior estátua do mundo, com 56 metros de altura, a imagem de Santa Rita de Cássia, na cidade de Santa Cruz, atrai romeiros de todo o Brasil ao sertão potiguar.
A silhueta feminina desponta na paisagem de caatinga entrecorta por serras, antes mesmo de se chegar à entrada de Santa Cruz, cidade da região do Trairi, a 120 quilômetros de Natal, capital do Rio Grande do Norte. É lá, no sertão potiguar, no alto do Monte Carmelo, que foi erguida a maior estátua sacra do mundo, a de Santa Rita de Cássia, com 56 metros de altura – a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros. Ao se aproximar, é difícil resistir à aridez nordestina? A lembrança de que se trata da imagem da Santa das Causas Impossíveis satisfaz a questão.
Inaugurado em junho de 2010, o Complexo Turístico e Religioso Alto de Santa Rita chama a atenção pela exuberância e ousadia. A obra de arte do artista plástico Alexandre Azevedo, montada em blocos de argila e concreto, aumentou o fluxo na cidade de 35 mil habitantes. Cerca de 3
 mil visitantes por semana, de acordo com dados da paróquia. Contudo, a devoção do sertanejo precede e supera as proporções do monumento.

Autora: Sara Vasconcelos
Revista: Família cristã
Ano 77 n°905

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

APRENDER A RENASCER


Todos os animais nascem de uma vez por todas e vivem de acordo com sua natureza e seu instinto. O ser humano é diferente, seu nascimento é incompleto, não nascemos por completo, não nascemos totalmente. A cada momento da vida temos de enfrentar a fadiga de gerarmo-nos de novo ou sermos gerados. A água é o ambiente perfeito para o peixe e o ar o espaço feito para os pássaros, mas nenhum mundo se adapta perfeitamente ao ser humano.. Por mais que nos esforcemos, somos sempre, de certa forma, incapazes de nos adaptar. Nenhum sistema consegue nos prender de forma absoluta. Essa é nossa riqueza maior, e ao mesmo tempo, nosso tormento. Como nunca nascemos totalmente somos sempre chamados a criar um mundo novo e a parir incessantemente em nós um ser novo e no mundo um ambiente que acolha e favoreça essa humanidade renovada.
Alguns caminhos espirituais, principalmente no Oriente, desiludidos da possibilidade desse caminho novo, procuram desnascer, ou seja, anular o nascimento e atingir o nada, em uma espécie de aniquilamento do eu, fusão no Bhrama eterno e coletivo dos hinduístas, ou no Nirvana budista. No Ocidente, Maria Zambrano, grande filósofa espanhola do século 20, afirmava: “A esperança é fome de nascer de todo, de completar aquilo que dentro de nós, de forma apenas esboçada, carregamos. Nesse sentido, a esperança é a substância da nossa vida, a sua dimensão mais profunda, como o fundo de um poço. Graças a ela, somos filhos e filhas dos nossos sonhos, daquilo que não vemos e não podemos verificar. Assim, confiamos a nossa vida a algo que não existe ainda, a uma incerteza. Por isso e para isso, temos tempo. se fôssemos  já totalmente formados e completos, não teria sentido consumi-se nesse esforço”.
Essas palavras da filósofa veem a tarefa do renascimento como esforço humano de sempre renovar-se interiormente. Judaísmo, Cristianismo e Islã creem que o renascimento é pura graça divina que a pessoa recebe pelo amor. Esse acolhimento supõe uma abertura interior e se expressa através de um esforço para se viver isso na relação consigo mesmo e com os outros. A pessoa aprende a renascer interiormente através da solidariedade e do esforço concreto em função da justiça social e da construção de um mundo novo possível.
Quando nos abrimos ao outro e saímos de nós mesmos para servir e nos consagrar aos outros, nos encontramos a nós nessa construção à qual Jesus se referiu ao afirmar: “Quem quer salvar a sua vida para si mesmo a perderá e quem aceita perdê-la, por amor de mim, a salvará” (Lc 9,24).

Jornal: O Popular do dia 31/07/13

Autor: Marcelo Barros (abade beneditino)

O CAFÉ PROPORCIONA BENEFÍCIOS AO BEBERMOS DE 3 A 4 XÍCARAS DIÁRIAS


Problemas no coração
As pesquisas que se dedicaram a analisar a relação entre o café e a incidência de insuficiência cardíaca – condição em que o coração não consegue bombear quantidade suficiente de sangue para o corpo – sempre geraram dados discrepantes. Intrigada, a pesquisadora Elizabeth Mostofssky, da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, decidiu conduzir uma revisão sobre o tema. Nela, foram avaliados mais de 140 mil indivíduos, dos quais 6 522 mil tiveram o mal. “Percebemos que quatro doses diárias de café diminuíram em até 11% o risco de ter o problema”, conta a cientista. Os compostos bioativos da bebida – o destaque vai para os antioxidantes – provavelmente estão por trás da benesse.
“Ao afastar o diabete tipo 2, eles também protegeriam contra essa doença cardíaca”, raciocina. Já o consumo além da conta deixou o coração na corda bamba. E não é só o excesso que abala o peito. Está comprovado que duas substâncias presentes no grão, o cafestol e o kahweol, são capazes de elevar os níveis de colesterol no sangue, quadro que pode ser pontapé inicial para várias complicações cardiovasculares. “Mas, quando se usa o filtro de papel ou o coador de pano para preparar o café, consegue-se reter boa parte dessas substâncias”, ensina Rosana Perim,gerente de nutrição do Hospital do Coração, na capital paulista.
Dilema resolvido.

Autor: Thaís Manarini
Revista: SAÚDE

Pg.34

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A VACA QUE FOI REZAR


São Del-Rei, Colégio São João.
Num domingo pela tarde os alunos estavam na igreja para uma aula de Catecismo.
Os educadores ficaram do lado de fora, no pátio enquanto se ministravam os ensinamentos pelo Padre Francisco, diretor do Colégio.
Eis que no pátio aparece uma vaca não sei de onde veio e andava sossegada sem se saber à procura de que.
Os educadores tiveram um mau pensamento e tentaram por em prática: pegar a vaca pelo chifre e agarrar seu rabo.Um ensaio ou demonstração de prática de rodeio Eram quatro e parecia que tudo podia dar certo e seria uma peça...
Acuaram a vaca de vagar e tentavam se acercar bem próximos dela. Parecia que estavam conseguindo, pois o bicho não era bravo, não era vaca parida, se não...
Mas de repente a vaca se assustou e desembestou para o lado da porta lateral da igreja que estava aberta e entrou espavorida. Escorregou no ladrilho e caiu de joelhos bem em frente do altar...
A princípio foi um pânico geral. Um garoto gritou lá de traz. Milagre ela está ajoelhada e veio rezar... A mente deles ainda estava lembrando o milagre de Santo Antonio que fez uma mula ajoelhar-se diante do ostensório com a hóstia consagrada para convencer um incrédulo da presença real de Jesus.
O padre acalmando a meninada foi com alguns convencer a vaca que saísse por onde tinha entrado. Mas a leiteira desfilou pelo centro e saiu toda solene pela porta de entrada e não pela porta lateral por onde tinha entrado desastrosamente. Pelo visto comportou-se bem e embora assustada a princípio, não fez o que fazem os animais nessas ocasiões...  
Os educadores?  Sairam de mansinho e um pacto de silêncio escondeu a maldade deles com o pobre animal.

“O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA”


Ler com os alunos esse capítulo da famosa obra de Saint-Exupéry, uma das mais belas páginas da literatura universal sobre a amizade. Seguem alguns trechos, para ilustrar.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
-Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não cativaram ainda.
-Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui, disse a raposa.
Que procuras?
- Procuro homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
- (...) Se tu ma cativas, minha vida será cheia de sol. Conhecerei um barulho que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vê, lá longe, os campos de trigo? (...) Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... Cativa-me! Disse ela.
(...)
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo para conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer?, perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto (...)

Revista de Filosofia

 Pg. 40

terça-feira, 13 de agosto de 2013

DIFERENTES NUMERAÇÃO E TRADUÇÃO DOS SALMOS

Muitas vezes, encontramos em nossas Bíblias e nos folhetos de Missa dois números diferente em cima de um Salmo. Um número está entre parênteses. E, em geral, a diferença entre os dois números não passa de um. Por que acontece isso?
Precisa ser dito, por primeiro, que os Salmos foram escritos, originalmente, na língua hebraica. Assim chegaram a fazer parte das Sagradas Escrituras do povo judeu. Posteriormente, por sua vez, também os cristãos acolheram essas tradições – e, com isso, os Salmos – como suas Sagradas Escrituras, lendo tais textos como primeira parte de sua Bíblia, ou seja, como Antigo Testamento.
A numeração diferente dos Salmos, no entanto, tem a ver com as antigas traduções da Bíblia hebraica. Já no século 3° antes de Cristo, surge, como parte da história do povo judeu, a primeira tradução dos textos hebraicos das Sagradas Escrituras para o grego, conhecida como “Septuaginta” ou “Setenta”. Ao traduzir os Salmos, acontece o seguinte: a tradução grega junta os Salmos 9 e 10 e os Salmos 114 e 115. Em cada caso, dois Salmos são unidos para sobrar um só. Com os Salmos 116 e 147, porém, acontece justamente o contrário. Ou seja: o que é um Salmo na Bíblia hebraica torna-se dois Salmos na tradução grega. Com isso, têm-se as seguintes diferenças no numeração:
  Bíblia hebraica     |  Traduções em grego e latim
———————————————————
                       Salmos 1-8           |   Salmos 1-8
                       Salmos 9-10         |   Salmo   9
                       Salmos 11-113     |   Salmos 10-112
                       Salmos 11-115     |   Salmo   113
                       Salmos 116,1-9    |   Salmo   114
                       Salmos 116,10-19|   Salmo   115
                       Salmos 117-146   |   Salmos 116-145
                       Salmos 147,1-11  |   Salmo   146
                       Salmos 147,12-20|   Salmo   147
                       Salmos 148-150   |   Salmos  148-150

Todavia, existe uma dica que pode ajudar na compreensão da numeração dupla em nossas Bíblias ou folhetos de Missa: o número mais alto sempre se refere à numeração no texto hebraico! O número mais baixo, por sua vez, indica a numeração na tradução grega. Aliás, a Vulgata, tradução latina das Sagrada Escrituras e texto oficial na Igreja Católica, mantém a numeração da tradução grega.
Enfim, de fato é interessante estudar a história do texto bíblico, incluindo a história das antigas traduções. Mais importante ainda, porém é que acolhamos novamente os Salmos em nossas vidas, tirando proveito de suas palavras, fazendo delas nossas orações.

Revista família cristã
Ano 76 n° 899