terça-feira, 29 de maio de 2012

QUASE TUDO


Marcia Portella

(Poetisa Goiana)

 Sempre  volto em mim, 
como uma tempestade uivante.
  Pouso na árvore dos sonhos
 entre  longos galhos despidos,
que movem-se como pêndulos
 de um relógio...
 Espero que ela brote folhas e 
  flores no lusco fusco do anoitecer, 
 trazendo vida e perfume
 para saturar a suave
trama da atmosfera.
Na luz da pré-aurora
sigo esse mundo
recem formado
 como um fantasma,
 de estradas sepultadas
 em um mundo
feito de quase tudo,
e quase nada....

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