quinta-feira, 31 de maio de 2012

FRASES DE SABEDORIA

Augusto Cury



Ø       Lembre-se de que sonhos sem riscos produzem conquistas sem méritos.
Ø       Augusto Jorge Cury (Colina, 2 de outubro de 1958) é um médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro de literatura psiquiátrica. Seus livros já venderam mais de 12 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 50 países. Foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década.
Entendo que solidariedade é enxergar no próximo as
Ø       lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas.
Ø       Os sonhos regam a existência com o sentido.
Ø       Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la intensamente.
Ø       A maior represália contra um inimigo é perdoá-lo. Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz. O perdão nutre a tolerância e a sabedoria.
Ø       Toda beleza é imperfeitamente bela. Jamais deveria haver um perdão, pois toda beleza é exclusiva como um quadro de pintura, uma obra de arte.
Ø       Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.
Ø       Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.
Ø       O destino é uma questão de escolha.
Ø       A vida é um grande espetáculo. Só não consegue homenageá-la quem nunca penetrou dentro de seu próprio ser, para perceber como é fantástica a construção da sua inteligência.
Ø       Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos, e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.
Ø       Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói.
Ø       Os problemas nunca vão desaparecer, mesmo na mais bela existência. Problemas existem para serem resolvidos, e não para perturbar-nos.
Ø       Não é possível destruir o passado, para reconstruir o presente, mas é possível reconstruir o presente, para reescrever o passado.
Ø       Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: “Não tenho medo de vivê-la”.
Ø       Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada.
Ø       Não tropeçamos nas grandes montanhas, mas nas pequenas pedras.
Ø       “Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas.”
Ø       A vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve.
Ø       Todos fecham seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.
Ø       Se um dia fecharem-lhes as portas da vida, pule a janela.
Ø       O passado é uma cortina de vidro. Felizes os que observam o passado, para poder caminhar no futuro.



 
ENCANTAMENTO
  Wilma R. Soares



(in memoriam)

 Assim te vejo, ternura e encanto
 nas páginas guardadas com carinho.
 Escuta meu canto, suave murmúrio
 na brisa que passa devagarinho...

 Sonhos despertados em suas raízes
 no vai e vem das ondas na praia.
 Minha última canção ao clarão da lua
 que nos braços da noite, encantada desmaia.

Lembrando as tardes calmas do passado,
suas carícias...hoje solidão...
Eu vivia sempre em sua mente
seu nome escrito, na palma da minha mão.

Saio a caminhar e tu me acompanhas
  no trabalho, continuas ao meu lado.
 Sensação inútil mas inevitável que,
 me faz sentir medo e sofrer calada.

E assim viverei eternamente...
Não quero esquecer-te, um só momento.
Me fizeste feliz e juntos vivemos
suaves momentos de encantamento...




As três palavras mais estranhas







Quando pronuncio a palavra Futuro
a primeira sílaba já se perde no passado.

Quando pronuncio a palavra Silêncio,
Suprimo-o

Quando pronuncio a palavra Nada,
Crio algo que não cabe em nenhum não ser.

Wislawa Szymborska

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A oração da Árvore


    
Klaus Simon

I
Senhor, como uma árvore, seja minha vida perante vós,
Senhor, como uma árvore, seja perante vós a minha oração.
II
Dai-me raízes, que penetram na terra
Para que eu tenha uma base nos tempos antigos,
E esteja enraizada na crença de meus pais.
III
Dai-me força de crescer e tornar-me um tronco forte,
De pé, ereta em meu lugar, sem vacilar,
Mesmo que as tempestades me ameacem
IV
Fazei que se elevem de mim galhos LIVRES,
Como meu filho,
Senhor fortalecei-os e deixai seus ramos
Subirem aos céus.
Dai-me um futuro e deixais as folhas
VERDEJAREM.
E uma nova ESPERANÇA florescer após o
Inverno, e quando for o momento
Deixai-me dar FRUTOS;;;
Amém

Contribuição: Regina Ávila

AS RUPTURAS PASSADAS E PRESENTES



No momento em que o homem e a mulher romperam com o projeto original de Deus, que era a perfeita integração entre Criador e criaturas, iniciou-se um processo sucessivo de rupturas:

1°Ruptura: Pretensão humana de ser como Deus, de ser imortal, de ter o conhecimento de tudo, Gn. 3,1-7
2°Ruptura: Marido e mulher: Adão acusa Eva e a mulher acusa a serpente. Ninguém quer assumir o erro, a culpa. Gn. 3, 8-24
3°Ruptura: Irmão com irmão: a não aceitação da diferença, a inveja. Gn. 4, 1-16.
4°Ruptura: O ser humano com Deus e com a natureza: Gn. 7, 1-24

Diante de novas tentativas de rupturas do homem com o Criador, Deus recorre à Criação Divina para tentar quebrar a arrogância humana e mostrar que não temos o acesso e a compreensão de muitos mistérios existentes na natureza. Jó, 38 e 39.

Apesar da ALIANÇA que Deus fez novamente com o ser humano e a natureza, as rupturas continuaram ao longo da história da humanidade. Vejamos algumas:

Rupturas Modernas

→ transformar a natureza em máquina: Cartesianismo
→ conceber a pessoa humana separada da natureza: antropocentrismo
→ separar a fé da ciência: positivismo
→ negar a ação de Deus na história e na pessoa humana: ateísmo
→ aceitar uma evolução da natureza sem a presença de Deus, separando o teológico                                 do cosmológico: evolucionismo materialista.
→ pensar e lidar com a natureza como coisa, como objeto de exploração: utilitarismo coisificado.
→ a natureza, explorando irresponsavelmente os ecossistemas, extinguindo espécies e prejudicando a dinâmica da vida sobre o planeta, absolutizando o mercado e o dinheiro: materialismo neoliberal.
→ buscar formas de desenvolvimentos insustentáveis, desprezando os mecanismos de sustentabilidade socioambiental: egoísmo globalizado.
→ pensar o mundo de maneira fragmentada, onde o social, o religioso e a natureza sã realidades separadas: esquizofrenia contemporânea.
→ pensar toda a realidade como provisória, negando os compromissos definitivos; pensar a vida só como imanência e negar a dimensão transcendente da existência humana e de toda a criação: imediatismo horizontalizado.

Colaboração: Regina Ávila

terça-feira, 29 de maio de 2012

O Amor


O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar para ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Para saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..

VIDA

      

VIDA
   VIVIDA
      CONSENTIDA
         TRANSMITIDA

PERCEBIDA
  QUERIDA
     IMERECIDA
       INCONTIDA

ACONTECIDA
   ENREQUECIDA
     ESQUECIDA
        ENVELHECIDA

SOFRIDA
  PARTIDA
    PERDIDA
      REVIVIDA
                                                    
Autor: Paulo Motta

LUA


Lua que nasce nas noites
Me fazes ver o mundo
Como um sonho
Do qual não desejo acordar

Iluminas minha alma
Acariciando meus desejos;
Que aqueces os corações
Dos namorados

Abrandando a luz do sol,
Da inteligência
E ajudando-nos a sentir
As emoções do amor

Que seria o Mundo sem a tua
Presença suave,
Deixando-te desnudar
Na mente sensual do coração humano...

Se posso formular um desejo
É que apareças toda noite...
VEM...!

Paulo Motta

O MAR


Ó grande mar,
Ó mar sem fim,
De águas azuis e majestoso

Imagem da grandeza do criador.

Te vejo, te admiro,
Me perco em sonhos nas tuas ondas,
Na tua profundeza abismal,
Ao mesmo tempo como caminho
Para encontrar outros mundos.

Casa misteriosa de multidões de
Habitantes, que encontram em ti a vida
E os delírios dos espaços...

Grande rota de comunicação
De riquezas da terra generosa
Que aportam em tuas margens bravias.

Nas tuas águas em espumas pacíficas
Produzidas pelas marés medonhas
Brincam os esquiadores,
Meninos que se equilibram no líquido
Como se fora um tobogã...

Leva os olhares,
Os amores e anseios
Do coração humano sedento de infinito,
Como barquinhos conduzidos pelos ventos
Em direção de um além que não seja aqui,

À procura de uma Passárgada utópica
Mas não ilusória...
Porque existe em mim...!

Paulo Motta

QUASE TUDO


Marcia Portella

(Poetisa Goiana)

 Sempre  volto em mim, 
como uma tempestade uivante.
  Pouso na árvore dos sonhos
 entre  longos galhos despidos,
que movem-se como pêndulos
 de um relógio...
 Espero que ela brote folhas e 
  flores no lusco fusco do anoitecer, 
 trazendo vida e perfume
 para saturar a suave
trama da atmosfera.
Na luz da pré-aurora
sigo esse mundo
recem formado
 como um fantasma,
 de estradas sepultadas
 em um mundo
feito de quase tudo,
e quase nada....

Uma Luz na noite...


“A fantasia não é mais que
um raio de luar do pensamento”
(Jules Renard)

“A amizade não é como o sol, é antes um afago
da lua que ilumina o entardecer da nossa vida”
(Anne Barratin)

“A lua de dia é suave e pálida
como um alegre convalescente;
delicada, ela abre os seus olhos de opala
lançando doçura lá do céu”
(Victor Hugo)

“Há momentos que são simultaneamente melancólicos e
misteriosos, tal como o nosso espírito que, sendo radioso
como o sol, se disfarça com um véu como a lua que se renova”
(Victor Hugo)

Que saudades do Jeca...


A exemplo de Charles Chaplin e seu Carlitos, também houve,
um dia, um ator que arrastava multidões com um único personagem:
Amácio Mazzaropi. A comparação não se dá por acaso. Como Carlitos,
Jeca era um fora de lugar. Se o vagabundo chapliniano se negava a falar
quando cinema já cantava, o segundo, em 33 longas-metragens realizados
entre 1952 e 1981, insistia em ser caipira em um Brasil que se urbanizava.
De bobo, porém, nada tinha. O Jeca foi o maior fenômeno popular do cinema
nacional. Dono de sua própria produtora, a Pan (Produções Amácio Mazzaropi),
ainda hoje, 31 anos após sua morte, ele detém o 31° lugar entre as maiores
bilheterias nacionais (Jeca contra a capeta, de 1976), à frente de Tropa de elite,
Cidade de Deus, Chico Xavier e produções dos Trapalhões. Seus filmes venderam
mais de 200 milhões de ingressos, o que fez de Mazzaropi um dos homens mais
ricos da indústria cultural do País.
 É esse o artista e empresário que, em abril, completa 100 anos e não pode ser
esquecido pelas gerações que fazem fila para assistir a Harry Potter, Crespúsculo
ou Piratas do Caribe. Afinal, se hoje há um público que vê cinema é porque herdou
essa cultura dos pais, adquirida vendo Mazzaropi. Foi esse filho de imigrantes nascido
em São Paulo (SP), em 1912, e que já com 14 anos trabalhava em circo, que ajudou
a salvar o cinema brasileiro do ostracismo após o fim da “Hollywood brasileira”, a Vera
Cruz. Como ninguém esperava resultado do Cinema Novo, movimento de vanguarda
inspirado no neorrealismo italiano e na Nouvelle Vague francesa, foi com o simplório
Jeca que o brasileiro teve motivo para ir ao cinema encontrar diversão livre. O tipo
interiorano e ingênuo, de fato, fez o contraponto para o humor de duplo sentido de
Zé Trindade, as chanchadas de Oscarito e Grande Otelo (com suas vedetes do teatro
rebolado) e, depois, para o tipo malandro carioca e as pornochanchadas produzidas na
Boca do lixo, em São Paulo. O Jeca era mais família!

Poesia- E também provinciano, mas não reacionário. O humor de suas fitas parodiou
um país que se modernizava. A banda das velhas (1979) criticava as pornochanchadas.
Falou, do seu jeito, da reforma agrária em casinha pequenina (1962). Jeca e seu filho
preto (1978) tratou do preconceito racial e seu ponto de vista sobre o divórcio está
em Jeca contra capeta. Com isso, fazia cinema para todos. “Meu público é o Brasil.
Loto casa em São Paulo, Rio, Espírito Santo, Acre...”, afirmou em uma entrevista
concedida à revista Veja, em 1970, na qual revelou seu desprezo pelos intelectuais.
“Crítica que aplaude um cinema cheio de símbolos, enrolado, complicado, pretensioso,
mas sem público.”
 Mas o Jeca, como todo homem, também se enganava, pois os observadores mais
exigentes viam nele algo além do que o popularesco. Como o historiador Paulo Emílio
Sales Gomes: “ Mazzaropi não aprofunda nada, mas nele os lugares comuns se acumulam
tanto que o terreno acaba cedendo e, como as minas descobertas ao acaso de desbarrancamentos, de repente desponta uma inesperada poesia”.

Referência:
Revista: Família Cristã – Ano 78 n° 917 /Pg.80
Autor: Sérgio Esteves

A noção de "PESSOA" ao longo do tempo

O homem começou a se indagar na Grecia antiga, quando
a Filosofia estava apenas começando. Deste período
até hoje, a ideia que se tem sobre o tema passou
por muitas mudanças. Leia, a seguir, nesta breve linha
do tempo, como se construíram as visões que
predominaram ao longo da história:

Antiguidade:
Sócrates (469-399 a.C.) foi o filósofo que trouxe
o exame da vida humana para o centro do debate.
Ele muda o foco da Filosofia do cosmos para o
anthoropos, indagando sobre temas como a virtude,
a justiça e o poder.
Platão (428/427 - 348/347 a.C) e Aritóteles (384-322 a.C)
ambos desenvolveram as questões a respeito do homem
levantadas por Sócrates e tentaram encontrar definições
para o ser humano.

Idade Média:
→ Seus vários períodos, marcados pelo domínio da
Igreja católica, não se restringiam a considerar o
homem como imagem e semelhança de Deus. Ele também
foi pensado como parte de um projeto cosmo-teológico
que o colocava como pivô de forças cósmicas em combate.

Modernidade:
→O iluminismo - funda as bases da moderna noção de pessoa,
que passa a ser pensada como racional, livre e responsável
por suas ações.
Immanuel Kant (1724-1804) - o filósofo escreve sobre o
iluminismo, na Resposta à questão: o que é o iluminismo,
e afirma ser ele a chegada do ser humano à sua maioridade,
o que significa a liberdade de decisão por si mesmo e, em
contrapartida, a liberdade de suas ações. Na Crítica da
Razão Prática, afirma que as pessoas devem ser consideradas
como fins em si e não como meios- se todos os seres humanos
são iguais, deve-se tratar a todos do mesmo jeito.
→ Revolução Francesa - o lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade"
traz um conceito de pessoa, o "cidadão", permeado por essa mesma
liberdade mencionada anteriormente e que inclui a necessidade
de que todos sejam tratados como iguais. Seres livres e iguais
que só poderiam escolher, como princípio de vida, a fraternidade.
→ Em muitos momentos, no entanto, alguns homens foram tratados
como "inferiores", apontando a fragilidade do conceito de pessoa
construído até então. Como exemplos, os vastos impérios
coloniais europeus, que dizimaram milhares de indivíduos nas colônias
da África e da Ásia; os fascismos europeus; o regime de segregação na
África do Sul; e os diversos conflitos étnicos e políticos.
Schopenhauer (1788-1860) - antes mesmo de Freud, indica que o
ser é guiado não pela razão, mas pela vontade, descrita como uma
força "cega e irracional" que o anima.

Comtemporaneidade:
Freud (1856-1939) - mudou a noção de "pessoa" ao descobrir
o inconsciente, que acrscentou à dimensão racional uma ligação
profunda com forças irracionais.
Edgar Morin (1921) - propõe que o humano seja pensado,
além de em sua dimensão racional, também em termos afetivos,
emocionais, sensíveis, mesmo loucos-ao lado do
Homo sapiens aparece o Homo demens.

Autor: Luis Martino
Revista: Filosofia N° 18/19