segunda-feira, 4 de março de 2013

MEDITAÇÃO LITÚRGICA DO SALMO 126 (125)


“Assim como vocês participam do nosso sofrimento, participam também da nossa consolação” (2Coríntios 1,7) .Como o povo da volta do cativeiro e os
discípulos de Jesus após a ressurreição, cantemos a alegria pelas vitórias que o Senhor nos tem dado. A volta do cativeiro na Babilônia
1 Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar;
2 encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
Entre os gentios se dizia:“Maravilhas fez com eles o Senhor!”
3 Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
4 Mudai a nossa sorte, ó Senhor,como torrentes no deserto.
5 Os que lançam as sementes entre lágrimas,ceifarão com alegria.
6 Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!

ORAÇÃO:

Deus de terna bondade,manifestaste tua misericórdia
Libertando Jesus do poder da morte,manifesta tua
Misericórdia libertando Jesus do poder da morte.
Renova a tua ação libertadora ainda hoje,nos teus filhos e filhas
vítimas de tantas escravidões. Que cresça diante de tias sementes
da justiça que semeamos entre lágrimas, e que possamos receber
com alegria o que esperamos com vigilante paciência.
Por Cristo nosso Senhor. Amém.

O canto desse salmo, na liturgia, pede um envolvimento de silêncio. Um som de instrumento deveria precedê-lo para permitir à assembléia tranqüilizar-se e acolher cada imagem, cada alusão, cada referência, bem no fundo da alma e assim recebê-lo como suave e consoladora Palavra de Deus que desce até o chão de nossa vida. Só a interiorização e a calma serão aptas a permitir a con-cor-dância total do orante com os dois movimentos desse salmo: a gratidão e a súplica.
Apenas algumas comunidades atenderam à recomendação da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia que valoriza e recomenda os espaços de silêncio na Liturgia, para proporcionar a interiorização e a íntima elaboração dos textos bíblicos e litúrgicos. O silêncio possibilita repercutir no interior de cada fiel a Palavra de Deus como Palavra viva, para ele/a.
Quando lemos as homilias dos Pais da Igreja sobre os salmos, comentando alguns deles integralmente para os membros de suas igrejas, perguntamo-nos por que esse manancial de sabedoria, de graça, de consolação permanece uma fonte selada, um poço lacrado para a multidão que ocorre às nossas liturgias? No entanto, quando fazemos saltar os cadeados da ignorância e aproximamos as pessoas pelo conhecimento e pela experiência, da mesa farta que este livro da Escritura nos oferece, então, literalmente, enche-se ‘a sua boca de sorrisos e seus lábios de canções’. O que desejamos é trazer aos nosso leitores u pouco mais dessa experiência.

Revista de Liturgia
Ano 34 Pg.12

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