“Assim como vocês participam do nosso
sofrimento, participam também da nossa consolação” (2Coríntios 1,7) .Como o
povo da volta do cativeiro e os
discípulos de Jesus após a ressurreição,
cantemos a alegria pelas vitórias que o Senhor nos tem dado. A volta do
cativeiro na Babilônia
1 Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,
parecíamos sonhar;
2 encheu-se de sorriso nossa boca, nossos
lábios, de canções.
Entre os gentios se dizia:“Maravilhas fez com
eles o Senhor!”
3 Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!
4 Mudai a nossa sorte, ó Senhor,como torrentes
no deserto.
5 Os que lançam as sementes entre
lágrimas,ceifarão com alegria.
6 Chorando de tristeza sairão, espalhando suas
sementes;
cantando de alegria voltarão, carregando os
seus feixes!
ORAÇÃO:
Deus de terna bondade,manifestaste tua misericórdia
Libertando
Jesus do poder da morte,manifesta
tua
Misericórdia
libertando Jesus do poder da morte.
Renova
a tua ação libertadora ainda hoje,nos teus filhos e filhas
vítimas
de tantas escravidões. Que cresça diante de tias sementes
da
justiça que semeamos entre lágrimas, e que possamos receber
com
alegria o que esperamos com vigilante paciência.
Por
Cristo nosso Senhor. Amém.
O canto desse salmo, na liturgia, pede um
envolvimento de silêncio. Um som de instrumento deveria precedê-lo para
permitir à assembléia tranqüilizar-se e acolher cada imagem, cada alusão, cada
referência, bem no fundo da alma e assim recebê-lo como suave e consoladora Palavra
de Deus que desce até o chão de nossa vida. Só a interiorização e a calma serão
aptas a permitir a con-cor-dância total do orante com os dois movimentos desse
salmo: a gratidão e a súplica.
Apenas algumas comunidades atenderam à
recomendação da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia que valoriza e
recomenda os espaços de silêncio na Liturgia, para proporcionar a
interiorização e a íntima elaboração dos textos bíblicos e litúrgicos. O
silêncio possibilita repercutir no interior de cada fiel a Palavra de Deus como
Palavra viva, para ele/a.
Quando lemos as homilias dos Pais da Igreja
sobre os salmos, comentando alguns deles integralmente para os membros de suas
igrejas, perguntamo-nos por que esse manancial de sabedoria, de graça, de
consolação permanece uma fonte selada, um poço lacrado para a multidão que
ocorre às nossas liturgias? No entanto, quando fazemos saltar os cadeados da
ignorância e aproximamos as pessoas pelo conhecimento e pela experiência, da
mesa farta que este livro da Escritura nos oferece, então, literalmente,
enche-se ‘a sua boca de sorrisos e seus lábios de canções’. O que desejamos é
trazer aos nosso leitores u pouco mais dessa experiência.
Revista de Liturgia
Ano 34 Pg.12
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