Nossa cultura reconhece ainda a necessidade de se integrar com outros grupos técnicos num intercâmbio sempre mais freqüente e num diálogo entre grupos e nações, sem prejuízo da índole própria de cada grupo ou de cada povo.
Por sua vez, os cientistas compreendem sempre mais responsabilidade de servir-se da pesquisa e da técnica para dispensar ajuda e proteção ao homem. Isto faz crescer nos cientistas em geral a determinação de procurar tornar mais favoráveis as condições de vida pra todos.
Não é sem razão que o mundo denuncia como terror cultural a atitude de alguns regimes fortes que violentam a natureza humana, em proveito da ideologia que procuram implantar, oprimem a justa liberdade e suprimem a legítima autonomia de que a cultura precisa para desenvolver-se. Isto ocorre de maneira clara e sem rodeios em países de regime comunista, mas tem acontecido também entre nós, sempre que os governos criam veladamente obstáculos à escola particular e estabelecem uma espécie de monopólio estatal da cultura. Contra essa ditadura intelectual das esquerdas ou das direitas políticas, ergue o Concílio sua voz para declarar: “Não compete à autoridade pública determinar o caráter próprio das formas de cultura humana, mas proporcionar condições e recursos para promoção da cultura no meio de todos, também junto às minorias numa nação. Portanto, antes de tudo, deve-se estar vigilante para que a cultura, desviada do seu fim próprio, não seja forçada a sujeitar-se aos poderes políticos e econômicos” (GS,n.59)
Livro: Dom José Maria Pires (uma voz fiel à mudança social) pg.57
Autor: Sampaio Geraldo Lopes Ribeiro
(org)
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