sábado, 30 de março de 2013

DIA 30 DE MARÇO- SÁBADO VIGÍLIA PASCAL


3ºdia do Tríduo Pascal: Vigília Pascal

A celebração do Sábado Santo tem dois momentos diferentes: em primeiro lugar, é dia de luto sagrado pela morte de Cristo. Jesus entra no seu repouso; um grande silêncio reina sobre a terra. O Rei está dormindo. Feito homem para nossa salvação, ele dorme o sono dos justos. O Sábado Santo é dia de contemplar o mistério central da nossa salvação. A Igreja se recolhe em oração, confiante que o Senhor ressuscitará. À noite, num segundo momento, tem lugar a solene Vigília Pascal, que anuncia a Ressurreição do Senhor.

Celebrar a Páscoa é passar da morte para a vida. Essa passagem inicia em nosso batismo e se estende por toda a vida. A Vigília Pascal começou a ser celebrada na Igreja Romana em meados do século II e reúne uma serie de símbolos: a benção fogo novo; a procissão que acompanha o círio pascal. As velas acendidas no círio simbolizam a participação na Ressurreição de Cristo, luz do mundo, e surgiram no século XII. Após a chegada do círio no presbitério, canta-se o solene hino de exaltação a Cristo Ressuscitado, o precônio pascal. Após as leituras, que trazem à nossa meditação os grandes momentos da história da salvação, procede-se á benção da água para uso cotidiano dos fiéis e da fonte batismal, cuja água é usada nos batismos.

A celebração da Vigília, nos seu conjunto, põe em evidencia a vida nova inaugurada por Cristo em sua ressurreição. Fundamento de toda a vida cristã. Assim como as trevas no recinto da Igreja são vencidas pela luz do círio, as trevas do pecado são vencidas por Cristo ressuscitado, luz do mundo. Essa vitória de Cristo sobre o pecado e a morte não dispensa nossa colaboração com a graça divina.

A todos amigos que hoje Cristo Ressuscitado renasça no coração de cada um!
PAZ E LUZ!


Postado por Masé Soares
SP.

sexta-feira, 22 de março de 2013

O PÃO NO DESERTO


Provavelmente, todo aquele que se empenha em rezar já sentiu o quanto pode ser difícil satisfazer os anseios de seu espírito e sente, então, escoar em seu intimo aquele pedido que os apóstolos dirigiram a Cristo: “Senhor, ensina-nos a rezar!” (Lc 11,1). Não há dúvida de que o homem experimenta inata dificuldade para rezar ou se comunicar com o Invisível.
Eis, porém, que o próprio Deus se dignou prover o remédio para essa mudez da criatura: deu-lhe, já antes da Encarnação e da Redenção, a sua Palavra Boa, inspirada nas Escrituras.
Um dos grandes méritos de Thomas Merton está em chamar a atenção para tão rico manancial da vida de oração; ele mostra como o cristão pode e deve utilizá-lo como pão no deserto, como alimento que o aproxima de Jesus e lhe dá forças para segui-lo aonde quer que Ele vá.
Anime-se, pois, o discípulo de Cristo! Longe de julgar que a vida de oração perfeita é privilegio de poucos ou dos religiosos enclausurados, aspire a ela com ardor. E, para nutri-la, recorra à Palavra de Deus, aos salmos, desejando veementemente, ainda que viva no mundo, chegar ao cume da união com Deus. Cada cristão, em virtude do seu batismo, é chamado para tal; o desabrochar normal da graça do batismo é a vida mística, que não consiste necessariamente em visões e êxtases, mas em se fazer a experiência de Deus presente na alma.

Livro: O pão no deserto
Autor: Thomas Merton

terça-feira, 19 de março de 2013

SÃO JOSÉ

SÃO JOSÉ 
Março mês de celebrarmos o nosso santo padroeiro, São José, patrono das famílias dos trabalhadores. É o único dia da Quaresma no qual os padres tiram o roxo, porque é Dia de São José, pai de Jesus Cristo.
No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo.
“Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa”(Mt 1,24).
A respeito de sua intercessão nos diz Santa Teresa: “Tomei por advogado o glorioso São José, e encomendei-me muito a ele. Não me lembro de lhe haver, até o presente momento, suplicado graça que tenha deixado de obter”. (Santa Teresa de Ávila).
Confiamos imensamente na intercessão de São José na providência em nossa Vida.
Ambas as obras surgiram por meio da necessidade ao vermos os nossos irmãos se perdendo no mundo das drogas, jogados e sem nenhuma dignidade nas ruas.

São José, rogai por nós!

Revista Luz da Vida N° 63

segunda-feira, 18 de março de 2013

SONHAR PARA RESOLVER PROBLEMAS

 
O rebaixamento dos mecanismos de censura e da racionalidade que predomina quando sonhamos pode nos permitir ver a realidade de outros ângulos. Exames de imagem mostram que regiões cerebrais que normalmente restringem nosso pensamento ao que é familiar são menos ativadas quando sonhamos – ou seja, nos possibilitam experimentar soluções “absurdas”, que se estivéssemos acordados nem sequer cogitaríamos. Usando uma metáfora, é possível dizer que resolver um quebra-cabeça da forma “errada” leva a insights surpreendentes. Um número significativo de voluntários que participaram de experimentos nessa área relatou ter conseguido visualizar soluções em sonho após uma semana de exercícios desenvolvidos com esse propósito.
Sonhar intencionalmente com determinado problema – processo chamado incubação – aumenta as chances de vislumbrar pistas para resolvê-lo. O termo “incubação” foi tomado por empréstimo de antigas práticas gregas executadas no templo de Esculápio (ou Asclépio), onde, em sonho, os doentes buscavam curar suas enfermidades. A psicologia comportamental sugere que podemos procurar interferir nesse processo de forma consciente seguindo alguns passos simples, que se baseiam na hipótese de que o ritual e a concentração ajudam a estabelecer o foco de atenção, ao mesmo tempo que deixam a mente livre de repressões e mais apta a encontrar respostas. Um deles é, na hora de dormir, escrever resumidamente a questão que se quer resolver, de preferência numa frase curta, e manter papel e caneta ao lado da cama para, quando acordar, anotar o sonho. Depois disso, a pessoa pode se imaginar sonhando com a situação que deseja resolver, acordando e anotando tudo num papel. Já deitada, vale pensar no problema e evocar uma imagem concreta, uma cena, e repetir para si mesma que quer sonhar com essa questão. Ao despertar, é importante permanecer imóvel por alguns segundos antes de se levantar e tentar se lembrar do que sonhou, recapitulando ao máximo os detalhes do sonho, para em seguida fazer anotações, registrando primeiro as palavras-chave e depois acrescentando detalhes. Muitas vezes, o sonho com a situação que incomoda não aparece logo na primeira noite, e é preciso repetir esses procedimentos algumas vezes. Em geral, é necessário insistir algumas noites.

Revista: Mente cérebro
Pg.35


AO REDOR DO UMBIGO

 
Outro dia surgiu uma noticia de que algumas pessoas estão pensando em fazer (ou já fizeram) plástica para apagar o umbigo. Como virou moda modificar o corpo com plástica ou tatuagens, chegamos a esse ponto original e originário.
Por outro lado, a gente sai à rua, vai à praia, aos bares e festas, e o que é que vê? Moças , bonitas (a as não bonitas), com uma joinha no umbigo. Pode ser um falso brilhante, não importa, elas estão sinalizando a presença do umbigo, ou até mais, que ali tem algo precioso como uma jóia.
Então, é de se notar que o umbigo, fisicamente falando, é um lugar de discussão da beleza. Quem acha que ele é inútil, feio e está pensando até em apagá-lo, está, paradoxalmente, atrás de um ideal de beleza. E quem o embeleza, está enfatizando-o, duplicando o sentido do próprio umbigo.
O umbigo está aí plantado no meio do nosso corpo e no centro de uma simbologia, que vai da estática individual ao sentido místico e cósmico da via. E, se eu começasse a circular ao redor da palavra umbigo, veia que na Grécia achava-se que o umbigo da Terra estava em Delfos e que uma pedra chamada onfalo assinalava o centro do mundo. Já para os hindus foi do umbigo de Vishnu que decorreu o oceano primordial.
Portanto, há os adoradores do umbigo, e o dicionário diz que nos séculos XI e XII havia a seita dos onfalópsicos que, ao contemplar o próprio umbigo fixamente, comunicavam-se com a divindade, captando o que chamavam de luz do Tabor.
Vou dizer aqui uma coisa que poderia ter dito na primeira linha e abriria melhor, com mais impacto, este texto: a história da pessoa humana é a história de seu próprio umbigo.
O que foi a discussão entre o sistema cósmico de Kepler e Galileu, senão uma discussão sobre o umbigo? Por isto é que as afirmações de Galileu e Kepler foram tão ameaçadoras. Eles estavam mexendo com o umbigo das pessoas. Tirar a Terra do centro do universo e fazê-la girar em torno do Sol era tirar o solo onde as pessoas pisavam com suas crenças. Era raspar o próprio umbigo.
Marx, postulava que o umbigo da história não era mais o rei, nem a igreja, mas certos movimentos invisíveis que ocorriam na vida econômica e social. Isto foi um abalo e tanto. Depois, surgiu Freud e o conceito de inconsciente abalou de novo o conceito da pessoa humana, pois pressupunha que dentro da gente tem uma cosa em movimento, surpreendente, incontrolável que é responsável pela maioria dos comportamentos conscientes. Outra mexida no umbigo do nosso ego.
A cultura da chamada pós-modernidade tende a tornar ainda mais confusa a relação do homem com seu umbigo.
Negar o umbigo ou situá-lo fora da gente não é a solução.
Ficar girando em torno dele é uma perdição.

Livro: Como andar no labirinto
Autor: Affonso Romano de Sant’Anna
Pg. 42/43-44

A CULTURA AO ALCANCE DE TODOS



Nossa cultura reconhece ainda a necessidade de se integrar com outros grupos técnicos num intercâmbio sempre mais freqüente e num diálogo entre grupos e nações, sem prejuízo da índole própria de cada grupo ou de cada povo.
Por sua vez, os cientistas compreendem sempre mais responsabilidade de servir-se da pesquisa e da técnica para dispensar ajuda e proteção ao homem. Isto faz crescer nos cientistas em geral a determinação de procurar tornar mais favoráveis as condições de vida pra todos.
Não é sem razão que o mundo denuncia como terror cultural a atitude de alguns regimes fortes que violentam a natureza humana, em proveito da ideologia que procuram implantar, oprimem a justa liberdade e suprimem a legítima autonomia de que a cultura precisa para desenvolver-se. Isto ocorre de maneira clara e sem rodeios em países de regime comunista, mas tem acontecido também entre nós, sempre que os governos criam veladamente obstáculos à escola particular e estabelecem uma espécie de monopólio estatal da cultura. Contra essa ditadura intelectual das esquerdas ou das direitas políticas, ergue o Concílio sua voz para declarar: “Não compete à autoridade pública determinar o caráter próprio das formas de cultura humana, mas proporcionar condições e recursos para promoção da cultura no meio de todos, também junto às minorias numa nação. Portanto, antes de tudo, deve-se estar vigilante para que a cultura, desviada do seu fim próprio, não seja forçada a sujeitar-se aos poderes políticos e econômicos” (GS,n.59)

Livro: Dom José Maria Pires (uma voz fiel à mudança social) pg.57

Autor: Sampaio Geraldo Lopes Ribeiro
(org)

quarta-feira, 13 de março de 2013

VIVER BEM AQUI E AGORA

 
Nossa concepção da vida vem se modificando sutilmente há algumas décadas. Não suportamos mais o peso de nosso passado, de nossa educação e de nossa família, não somos mais escravos de nossos condicionamentos, não nos submetemos mais à repetição de nossos comportamentos malogrados, não patinamos mais em meio à insatisfação, mas descobrimos que podemos nos tornar elementos ativos de nossa própria transformação.
Oriunda dos Estados Unidos, a psicologia humanista nos fornece há cinquenta anos ferramentas que são aperfeiçoadas, coordenadas e reinventadas nos diferentes países em que são importadas. Pouco a pouco, a prática faz emergir um perfil humano em processo de liberação. Será que podemos esperar que o rígido controle da escravidão interior venha a se desentesar?
Em todo caso, esta frase alimenta esperanças sem precedentes. Cada um de nós é incitado a abandonar o papel de criatura mais ou menos manipulada como uma marionete para assumir o de criador de sua própria vida. Trata-se como sempre de superar seu passado curam suas feridas, interessar-se por si mesmo, afirmar-se, dar ouvido às suas sensações, sentimentos e emoções desenvolver-se, elevar-se, etapas estas que devem ser seguidas conjunta e sucessivamente com amor e paciência. A transformação se dá a partir de conscientizações e da incorporação de uma prática ao cotidiano, com a ajuda de encontros, livros, pensamentos e corações.

Livro:Viver bem aqui e agora
Autora: Olivier Nunge/ Simone Mortera
Pg.7/8

domingo, 10 de março de 2013

PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO


O Filho Pródigo é talvez a mais conhecida das parábolas de Jesus, apesar de aparecer apenas em um dos evangelhos canônicos. De acordo com Lucas 15:11-32, a um filho mais novo é dada a sua herança. Depois de perder sua fortuna (a palavra "pródigo" significa "desperdiçador, extravagante"), o filho volta para casa e se arrepende.
 Esta parábola é a terceiro e e última de uma trilogia sobre a redenção,
 vindo após a Parábola da Ovelha Perdida
Na tradição católica ocidental, esta parábola é lida no
3º Domingo da Quaresma. 


Lc 15,1-3.11-32

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas  

  – Naquele tempo,1Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo. 2Os fariseus e os escribas murmuravam: Este homem recebe e come com pessoas de má vida! 3Então lhes propôs a seguinte parábola: 11Disse também: Um homem tinha dois filhos. 12O mais moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca. O pai então repartiu entre eles os haveres. 13Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente. 14Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria. 15Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos. 16Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. 17Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância… e eu, aqui, estou a morrer de fome! 18Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; 19já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados. 20Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. 21O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. 22Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés. 23Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. 24Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.26Chamou um servo e perguntou-lhe o que havia. 27Ele lhe explicou: Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo. 28Encolerizou-se ele e não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu com ele. 29Ele, então, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem alguma tua, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos. 30E agora, que voltou este teu filho, que gastou os teus bens com as meretrizes, logo lhe mandaste matar um novilho gordo! 31Explicou-lhe o pai: Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.
- Palavra da salvação.





"Provai e vede como o Senhor é bom"
Salmo 33 (34),9a
Postagem Masé Soares

sexta-feira, 8 de março de 2013

TRÂNSITO AO GOSTO DO FREGUÊS
 
Existe um ponto de ônibus numa quadra e uma estação de Metrô na seguinte. Mas você não sabe a que horas que o metrô deverá passar nem se o ônibus está atrasado ou apenas insuportavelmente lotado – nem se vale a pena esperar o veículo seguinte, que pode passar 5 minutos depois (e vazio). Um novo aplicativo gratuito e colaborativo para usuários do transporte público ajuda a resolver esse dilema.
Criado pela startup israelense Tranzmate em 2011 e lançado em São Paulo no final do ano passado, o Moovit, que conta com versões tanto para Android quanto para o iPhone, cruza dados da SPTrans com os do GoogleMaps e sugere novas linhas de ônibus, Metrô ou trechos à pé para o mesmo trajeto. Com ele, também é possível saber se um veículo está cheio, sujo ou conduzido por um motorista irresponsável, graças aos comentários em tempo real dos usuários.
Na capital paulista, mais de 15 mil pessoas já baixaram o aplicativo. “Não dirijo e acho um absurdo dependermos tanto de carros”, diz a coordenadora de projetos Ana Paula Borges, 30 anos. “Salvei várias rotas para ir ao trabalho e uso o Moovit para escolher a melhor para cada dia.”
Em caso de novos trajetos, vale usar o recurso de alertas para descer do veículo. “É ótimo porque os cobradores nunca sabem o ponto certo”, diz Ana Paula. Em breve o aplicativo – que também já chegou a Nova York, Roma e Madri – deve funcionar no Rio de Janeiro.

Autor: Tiago Cordeiro
Revista: Galileu pg. 16  

quinta-feira, 7 de março de 2013

ESCRITURAS SAGRADAS

Vamos às Escrituras para encontrar pensamentos “ascendentes” que nos elevem a Deus contra a gravitação da paixão, pois ela nos arrasta constantemente pra a terra por pensamentos “descendentes” que apertam, cada vez mais, as cadeias que retêm o espírito escravizado à carne. Mais do que isso, a meditação das Escrituras leva à contemplação. Aqui, Cssiano penetra profundamente na doutrina tradicional que associa a pureza do coração à restauração da semelhança divina na alma criada à imagem de Deus, mas desfigurada pelo egoísmo e pelo pecado.

Livro: O pão no deserto
Autor: Thomas Merton
Pg.32

CONTATO COM CAVALOS ESTIMULA AUTISTAS

 
No Brasil, o primeiro registro de trabalho terapêutico realizado com animais foi com a psiquiatra e psicoterapeuta junguiana Nise da Silveira, na década de 50, no Hospital Psiquiátrico Engenho de Dentro. Mas só nos anos 80 a prática foi retomada de forma expressiva no Brasil quando o Conselho Federal de medicina (CRM) reconheceu a eficácia do trabalho com cavalos (equoterapia) no processo de reabilitação física em várias doenças.
Uma pesquisa com 42 autistas de 6 a 16 anos mostra que montar cavalos e cuidar deles melhora de forma significativa os sintomas comportamentais do transtorno do desenvolvimento. Crianças e adolescentes que tiveram contato com os bichos – sendo estimulados a alimentá-los, a estudar seus movimentos e a montá-los – aprimoraram sua habilidades sociais e motoras em comparação com outros autistas que não fizeram terapia com animais. A autora do estudo, Robin Gabriels, da Universidade do Colorado, acredita que os movimentos previsíveis e ritmados dos cavalos treinados para a terapia estimularam a coordenação ritma dos autistas.
Para Robin, os comportamentos repetitivos e a dificuldade de comunicação estão associados a problemas de coordenação rítmica, hipótese cogitada por vários pesquisadores, como Robert Isenhower, da Universidade Rutgers. Ao aplicar exercícios de bateria para crianças com autismo, ele descobriu que elas têm maior dificuldade em manter o ritmo do que crianças sem o transtorno. Essa deficiência afeta comportamentos sociais inconscientes que passam despercebidos pela maioria, como a pausa após perguntas ou andar no mesmo ritmo de outra pessoa. “O cavalo pode servir como um sistema motor substituto para indivíduos com autismo”, comentaIsenhower sobre o estudo de Robin, publicado no Research in Autism Spectrum Disorders.

Revista: Mente e cérebro
Pg. 48

ANJOS

Escola dominical da igreja protestante que eu freqüentava. Me faziam cantar um hino que dizia: “Eu quero ser um anjo / um anjo do bom Deus / e imitar na terra / os anjos lá do céu”. Foi então que se manifestou minha vocação para a heresia. Pensei que o hino estava errado: se Deus me fizera menino, era porque ele queria que eu fosse menino. O hino era, assim, uma rebelião contra a vontade divina. Deus queria que eu fosse menino e os religiosos eram mais piedosos que o próprio Deus e queria que eu fosse menino. O hino era, assim, uma rebelião contra a vontade divina. Deus queria que eu fosse menino e os religiosos eram mais piedosos que o próprio Deus e queriam que eu fosse anjo. Eu não queria ser anjo, pois achava que vida de anjo devia ser muito chata.

Livro: Coisas que dão alegria
Autor: Rubem Alves
Pg. 29

segunda-feira, 4 de março de 2013

ESCUTA, ISRAEL... (SHEMA ISRAEL)



Certa vez, durante um encontro de formação litúrgica, alguém respondeu referindo-se à prática de oração: “Eu rezo o dia todo, falo com Ele o tempo todo...”. Depois disso, alguém interveio, dizendo: “E quando é que você o escuta?”. Silêncio. Talvez tenha sido o único momento do encontro em que se ensaiou a escuta. Até aquele momento, cada um, como podia, deixava transparecer seu modo de rezar, em geral, muito aproximado daquele.
De fato, nos dias atuais, envoltos por tantos apelos sensoriais, falamos, vemos, ouvimos, cheiramos, tateamos muito... e escutamos pouco. Achamos que isso é normal, que faz parte do nosso tempo. será? Podemos perceber o possível resultado dessa conduta em nossa celebrações litúrgicas. Nossas reuniões ruidosas, mal preparadas, visualmente poluídas, têm-nos afastado da escuta essencial, colocando em risco nosso encontro fraterno ao redor da mesa do Senhor.
Aqui caberia uma questão: se vivemos num mundo que privilegia o fragmentado, não conviria um resgate da unidade do ser, par que o culto espiritual que elevamos ao Pai, por Jesus Cristo, seja realmente íntegro?
Num diálogo ou numa situação qualquer alguém diz: “Pense, antes de falar!”. Quando isso ocorre, normalmente, ficamos atentos sobre o que nós mesmos dizemos, ou seja, passamos a ouvir a nós mesmos. É o que acontece durante a proclamação da Palavra. As palavras ditas são não somente ditas, mas ouvidas, interpretadas, internalizadas. Para que alcancemos tal objetivo, é necessária uma preparação prévia, não simplesmente voltada para a leitura, mas para os traços sensoriais nela contidos (as palavras-chave do discurso).
Será verdade que exercitamos pouco as nossas faculdades auditivas? Exatamente. Ouvimos de tudo sem, todavia, reservamos um tempo para um processamento inteligente e, desse modo , vamos esvaziando os conteúdos mais significativos que nos penetram pela via sensorial auditiva. Uma boa escuta gera transformações no ser inteiro.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! Essa admoestação do Mestre não servia somente para que os discípulos se concentrassem no poder de suas palavras. Ela implicava no exercício contínuo da reflexão para as tomadas de decisão próprias do seguimento. Hoje, tal orientação se dirige a nós, seus discípulos e discípulas.

Revista de Liturgia
Ano 35
Pg.23

MEDITAÇÃO LITÚRGICA DO SALMO 126 (125)


“Assim como vocês participam do nosso sofrimento, participam também da nossa consolação” (2Coríntios 1,7) .Como o povo da volta do cativeiro e os
discípulos de Jesus após a ressurreição, cantemos a alegria pelas vitórias que o Senhor nos tem dado. A volta do cativeiro na Babilônia
1 Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar;
2 encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
Entre os gentios se dizia:“Maravilhas fez com eles o Senhor!”
3 Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
4 Mudai a nossa sorte, ó Senhor,como torrentes no deserto.
5 Os que lançam as sementes entre lágrimas,ceifarão com alegria.
6 Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!

ORAÇÃO:

Deus de terna bondade,manifestaste tua misericórdia
Libertando Jesus do poder da morte,manifesta tua
Misericórdia libertando Jesus do poder da morte.
Renova a tua ação libertadora ainda hoje,nos teus filhos e filhas
vítimas de tantas escravidões. Que cresça diante de tias sementes
da justiça que semeamos entre lágrimas, e que possamos receber
com alegria o que esperamos com vigilante paciência.
Por Cristo nosso Senhor. Amém.

O canto desse salmo, na liturgia, pede um envolvimento de silêncio. Um som de instrumento deveria precedê-lo para permitir à assembléia tranqüilizar-se e acolher cada imagem, cada alusão, cada referência, bem no fundo da alma e assim recebê-lo como suave e consoladora Palavra de Deus que desce até o chão de nossa vida. Só a interiorização e a calma serão aptas a permitir a con-cor-dância total do orante com os dois movimentos desse salmo: a gratidão e a súplica.
Apenas algumas comunidades atenderam à recomendação da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia que valoriza e recomenda os espaços de silêncio na Liturgia, para proporcionar a interiorização e a íntima elaboração dos textos bíblicos e litúrgicos. O silêncio possibilita repercutir no interior de cada fiel a Palavra de Deus como Palavra viva, para ele/a.
Quando lemos as homilias dos Pais da Igreja sobre os salmos, comentando alguns deles integralmente para os membros de suas igrejas, perguntamo-nos por que esse manancial de sabedoria, de graça, de consolação permanece uma fonte selada, um poço lacrado para a multidão que ocorre às nossas liturgias? No entanto, quando fazemos saltar os cadeados da ignorância e aproximamos as pessoas pelo conhecimento e pela experiência, da mesa farta que este livro da Escritura nos oferece, então, literalmente, enche-se ‘a sua boca de sorrisos e seus lábios de canções’. O que desejamos é trazer aos nosso leitores u pouco mais dessa experiência.

Revista de Liturgia
Ano 34 Pg.12

AMOR DE PERDIÇÃO

 
Em 1862, Camilo Castelo Branco publicava Amor de Perdição. Pouco tempo depois, a novela já era sucesso de venda a aceitação. Rapidamente, tornou-se uma das fortes referências do Romantismo português e grande motivo para a população do seu autor que vinha publicado desde 1845.
Na correlação dos fatos, cabe lembrar que o enredo tocou profundamente a sensibilidade romântica da juventude que lhe foi contemporânea. Foi, por isso, lido com paixão e entrega. Segundo certa tradição, desencadeou uma onda de suicídios que deixou, em Portugal, pais e outras autoridades muito alarmados.
O amor incondicional entre Simão e Teresa encontrou verdadeira acolhida, profunda empatia. Não havia, entre os mais jovens, como não se identificar com sentimento tão casto e corajoso. O amor tornara os heróis invencíveis. Em sua força e sinceridade, ele era oposição destemida às convenções sociais.
Na arte, o mesmo trajeto já fora percorrido por outros amores. Célebre tornara-se a relação entre Romeu e Julieta e, mais de dois séculos depois, a novela camiliana fez dela um resgate e estabeleceu um diálogo. Com isto, mundos artísticos se ligaram, e um lastro de literatura e história se construiu, alimentando almas românticas.
O texto camiliano, entretanto, traz uma distinção neste mundo de correlações. Os seus aspectos de tragédia são, em nossa leitura, maiores e mais visíveis. Na novela camiliana, o mundo social não se redime com a morte dos amantes. Nas famílias dos protagonistas, o ódio e a dissidência permanecem.
Simão e Teresa, no entanto, estão acima das questões familiares. O amor de um para com o outro os ilhou, tornou-os imbatíveis, imunes às pressões. O pátrio poder sobre eles nada pode. Na extensão dos fatos, eles puseram abaixo convenções, lugares sociais, um quadro histórico alicerçado em falsos valores aristocráticos.
Para o enredo, a verdadeira aristocracia não está no sangue ou na arrogância. Ela está nos sentimentos, na amizade sincera. Assim, na lógica estabelecida, nobre é o que respeita os sentimentos alheios e os próprios. E mais: é aquele para quem a crença reinante é a de que os sentimentos purificam e o amor salva.
Por isto, pobres daqueles que se põem contrários e estes fatos. Condenam a si mesmos ao sofrimento e suas vidas se tornam fardos. Eles não abrem a seu favor as portas da remissão. Em suas vidas, falam mais alto o dinheiro, o prestígio, a honra, o corporativismo de casta e família, tolices das quais os heróis debicam. Mas na torrente contrária, sem que se estranhe, só os sentimentos verdadeiros carregam positiva significação. Eles livram a sociedade da hipocrisia e, neste aspecto, a lógica romântica é destemida, para não dizermos implacável, tanto quanto a lógica de seus opositores.

Autor: Camilo Castelo Branco
Revista: Literatura pg. 6/7

MULHER NO PODER

 
Historicamente, as mulheres vêm conquistando mais espaço na sociedade e ingressando em atividades reservadas, anteriormente, apenas aos homens. No Brasil, é possível destacar eleição da presidenta Dilma Rosseff, que, por sua vez escolheu dez mulheres para chefiar ministérios e órgãos centrais da União. Além disso, também há os exemplos de Graça Foster, escolhida para a presidência da Petrobras e a eleição de Carmen Lúcia para o comando do Tribunal Superior Eleitoral.
A entrada das mulheres na política institucional é uma realidade no mundo e o momento exige alguns questionamentos a respeito do que esse fato significa: a igualdade entre mulheres, enfim, têm poder na arena pública? A análise é mais complexa do que parece, na opinião da socióloga Carla de Castro Gomes, autora de Mulheres na Política: igualdade de gênero?, artigo da revista Sociologia Ciência & Vida edição 41.

Revista de Filosofia
Pg.51

domingo, 3 de março de 2013

HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013



 Tema: FRATERNIDADE E JUVENTUDE
Lema: “EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!” (Is 6,8) 
Autor: Gerson Cesar Souza

1. Sei que perguntas, juventude, de onde veio
este teu jeito sempre novo e verdadeiro.
É que Eu plantei em ti, desde o materno seio,
esta vontade de mudar o mundo inteiro.

Refrão:  Estou aqui, Senhor, sou Jovem, sou teu povo!
Tenho fome de justiça e de mundo novo!
Eis-me aqui... Envia-me!
Pra formar a rede da fraternidade,
fazer na terra o novo céu, a tua vontade,
Eis-me aqui... Envia-me!

2. Levem a todos meu chamado à liberdade
onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
falada às claras, publicada nos telhados.

3. Hei juventude, falarei por tua voz,
pedindo um mundo em que os irmãos sejam iguais.
E, então, veremos muitos se juntando a nós
“pescando homens” com as redes sociais.

4.  A juventude seja o “sal” que o mundo almeja,
que viva em paz e faça o amor frutificar.
Qual planta nova, qual pilar firme da Igreja
gere bons frutos, faça o Reino, então, chegar.

Você já ouviu este hino cantado na sua Paróquia?
Como é lindo...

Postagem Masé Soares