segunda-feira, 6 de outubro de 2014



CAMINHOS

Quem poderia aprisionar o vento
ou o silêncio que dorme
na alma da pedra?

Quem poderia aprisionar a lenta luz
pousada sobre o lago
ou a tarde que esconde e revela
o segredo de antigas montanhas?

Quem poderia aprisionar
o sabor fugaz
de uma fruta
ou o vôo cheio de mistério
da palavra liberdade?

Não têm dono os caminhos
que levam ao infinito:
desde o azul rubro do mar
até a última estrela
o homem é apenas andarilho.

Em cada um o sopro divino.

Autora: Roseana Murray

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