Premonição
Havia um religioso leigo que
trabalhava no colégio dos padres em Cachoeira do Campo-MG. Com seus 25 anos
resolveu abandonar a vida religiosa e voltar à família, seguindo sua vida.
Sua mãe, muito religiosa, tinha
escrito a ele que não tomasse tal decisão, pois o tinha consagrado a Deus. E
mais, que o tinha visto num desastre no momento de sua viagem para casa.
O moço não se impressionou, tanto
que conversou sobre o assunto da carta com colegas. No dia em que saiu para
viajar, foi a cavalo, levando suas malas. Na altura de uma cachoeira que
fornecia energia para o colégio, o cavalo se assustou, não se sabe com o quê.
Empinou e jogou-o morro abaixo onde veio a falecer justamente na divisa do
terreno do colégio.
Todos se assustaram com o fato e
comentavam entre eles que o colega ia abandonar a vocação
religiosa. Que era uma pena, pois ele era tão amigo de todos, mas cada um deve
seguir seu destino. Não se sabe o que pensar. Praga de
mãe certamente não deve ter sido. Mas a vidência da mãe se concretizou.
No colégio até hoje se comenta o
acontecido e uma cruz marcou o lugar do triste desfecho de uma vida que tinha
tudo para dar certo, no serviço religioso e a relação entre mãe e filho era tão íntima, tão
bonita, pelo que se deduz da carta.
Ao tomar conhecimento do fato
quando fui professor naquele estabelecimento, tive em minhas mãos a carta da
mãe, que ficou arquivada. E hoje volto nessas páginas a relatar o que tanto me
impressionou naquela época e até hoje está na minha memória e certamente
desafia as pessoas a entender esse tipo de acontecimento com desfecho de
tragédia.
Autor: Paulo Motta
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