Jesus disse: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. Judas (não o Iscariotes) perguntou-lhe: “Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo?”. Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
O amor é um modo de viver.
O amor de Deus precede e está na origem de todas as coisas; está na origem da encarnação do Filho único de Deus; é por amor que Deus entregou o seu Filho, e é por amor “até o fim” (cf. Jo 13,1) que o Filho aceitou viver a paixão e a morte numa cruz. Essa força do amor de Deus deve repercutir na vida do cristão: o primeiro na vida cristã não é fazer algo por alguém, mas sim aceitar que se é amado e escolhido por Deus. O agir em favor de alguém é fruto do reconhecimento desse amor primeiro de Deus (1Jo 4,19). Daí que, para o cristianismo, o amor não é uma ideia, nem boas intenções. O amor é um modo de viver. Amar Jesus, como diz o evangelho de hoje, é acolher e viver sua palavra. O mundo a que Judas se refere é tudo o que se opõe ao desígnio salvífico de Deus; é símbolo do fechamento do ser humano ao Deus
revelado em Jesus Cristo. É em razão desse fechamento e da recusa em ouvir a palavra de Jesus que o mundo não é capaz de reconhecer a manifestação de Deus em Jesus. É o Espírito Santo, enviado pelo Pai, quem fará os discípulos compreenderem o sentido de toda a existência de Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário