NA FILA DO BANCO
Um homem encontra uma amiga no
banco, com seu bebê de poucos meses no colo. Ela ainda está meio abobalhada de
felicidade com o primeiro filho. Por isso, quer que o amigo compartilhe essa
felicidade, segurando a coisa linda nos braços. É o que ele faz, acompanhando o
gesto com os comentários maravilhados e enternecidos que manda a boa educação.
O homem ia pagar uma conta no banco, e
a fila estava enorme. Examinando as placas acima dos caixas, percebeu que o
banco oferece atendimento preferencial para idosos, deficientes físicos,
gestantes e pessoas com bebê de colo.
O homem então pede à sua amiga para
segurar o bebê por mais cinco minutos, passa à frente dos desbebezados, faz seu
pagamento e devolve a criança à mãe, que o chama de aproveitador de inocentes e
diz que não está criando filho para ser furador de filas.
Não sei como as pessoas da fila não
perceberam sua falcatrua e não lhe deram umas bolachas que ele bem merecia...
Livro: Você e as circunstâncias
Autor: Artur Eduardo
Pág. 76/77
QUEM AMA, CUIDA!
“Padre, isto é demais, não é?”, me
disse um amigo, quando eu lhe mostrei qual seria o acabamento bonito demais, ou
seja, “caro” demais para colocar num lugar onde haveria muita gente “usando de
qualquer jeito”. A conversa parou por aí, pois tudo já estava decidido, mas, me
levou a pensar, e muito em como ainda separamos fé e vida. Primeiro, porque a casa
do meu amigo tinha o que havia de melhor em acabamentos e nem por isso era
“bonito demais”; além disso, ele lutou muito para conseguir tudo o que possuía,
e merecia possuir, pois lutou honestamente. E, apesar de ser impossível conter
os que pudessem “usar demais” aquela igreja, era um bem da comunidade local e
todos tinham colaborado com dinheiro e trabalho para que a concluíssemos, e
tinham o direito de usar. Mas o que me intriga especialmente não é a pergunta
em si, mas o que está por trás dela... a falta de consciência do que é para o
cristão o Templo, a Casa de Deus, a Igreja.
Embora queríamos uma igreja arrumada e
bem cuidada, acolhedora e relativamente confortável, com som e iluminação
adequadas, não queremos assumir todo compromisso e partilha que isso nos pede.
Autor: Padre Reginaldo Carreira
Revista: Família Cristã pág. 18
Por quem os sinos dobram?
Nenhum homem é
uma ilha,
isolado em si
mesmo;
todos são
parte do continente,
uma parte de
um todo.
Se um torrão
de terra for levado
pelas águas
até o mar,
a Europa
ficará diminuída,
como se fosse
um promontório,
como se fosse
o solar
de teus amigos
ou teu próprio;
a morte de
qualquer homem me diminui,
porque sou
parte do gênero humano.
E por isso não
perguntes
Por quem os
sinos dobram;
Eles dobram
por ti.
Livro: Estou
de Luto
Autor: José
Carlos Bermejo
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