terça-feira, 24 de setembro de 2013

NA FILA DO BANCO



  
 Um homem encontra uma amiga no banco, com seu bebê de poucos meses no colo. Ela ainda está meio abobalhada de felicidade com o primeiro filho. Por isso, quer que o amigo compartilhe essa felicidade, segurando a coisa linda nos braços. É o que ele faz, acompanhando o gesto com os comentários maravilhados e enternecidos que manda a boa educação.
O homem ia pagar uma conta no banco, e a fila estava enorme. Examinando as placas acima dos caixas, percebeu que o banco oferece atendimento preferencial para idosos, deficientes físicos, gestantes e pessoas com bebê de colo.
O homem então pede à sua amiga para segurar o bebê por mais cinco minutos, passa à frente dos desbebezados, faz seu pagamento e devolve a criança à mãe, que o chama de aproveitador de inocentes e diz que não está criando filho para ser furador de filas.
Não sei como as pessoas da fila não perceberam sua falcatrua e não lhe deram umas bolachas que ele bem merecia...

Livro: Você e as circunstâncias
Autor: Artur Eduardo
Pág. 76/77


QUEM AMA, CUIDA!



“Padre, isto é demais, não é?”, me disse um amigo, quando eu lhe mostrei qual seria o acabamento bonito demais, ou seja, “caro” demais para colocar num lugar onde haveria muita gente “usando de qualquer jeito”. A conversa parou por aí, pois tudo já estava decidido, mas, me levou a pensar, e muito em como ainda separamos fé e vida. Primeiro, porque a casa do meu amigo tinha o que havia de melhor em acabamentos e nem por isso era “bonito demais”; além disso, ele lutou muito para conseguir tudo o que possuía, e merecia possuir, pois lutou honestamente. E, apesar de ser impossível conter os que pudessem “usar demais” aquela igreja, era um bem da comunidade local e todos tinham colaborado com dinheiro e trabalho para que a concluíssemos, e tinham o direito de usar. Mas o que me intriga especialmente não é a pergunta em si, mas o que está por trás dela... a falta de consciência do que é para o cristão o Templo, a Casa de Deus, a Igreja.
Embora queríamos uma igreja arrumada e bem cuidada, acolhedora e relativamente confortável, com som e iluminação adequadas, não queremos assumir todo compromisso e partilha que isso nos pede.

Autor: Padre Reginaldo Carreira
Revista: Família Cristã pág. 18

Por quem os sinos dobram?


Nenhum homem é uma ilha,
isolado em si mesmo;
todos são parte do continente,
uma parte de um todo.
Se um torrão de terra for levado
pelas águas até o mar,
a Europa ficará diminuída,
como se fosse um promontório,
como se fosse o solar
de teus amigos ou teu próprio;
a morte de qualquer homem me diminui,
porque sou parte do gênero humano.
E por isso não perguntes
Por quem os sinos dobram;
Eles dobram por ti.

Livro: Estou de Luto

Autor: José Carlos Bermejo

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