domingo, 29 de setembro de 2013

MEMÓRIAS DE UM SEMINARISTA- AUTOR PAULO MOTTA

Livro: Memórias de um seminarista
Autor: Paulo Motta 
(Professor, Promotor de Justiça,
 Padre dispensado do exercício do ministério pelo Papa Paulo XI)
Preço: R$20,00 
O livro contém 229 páginas e nelas se desenvolvem pequenos contos
 da vida de seminário,
 geralmente em seus aspectos hilariantes num total de 160 contos.
A capa do livro é uma obra de arte do Goiano Luiz Olinto,
 consagrado em todo o Brasil.


PAULO MOTTA LANÇA SEU 1º LIVRO E RECEBE HOMENAGEM EM GOIÂNIA


PARABÉNS DR. PAULO MOTTA
Postado por Masé Soares


PAULO MOTTA,POETA E ESCRITOR RECEBE CONVITE DA POETA E EMBAIXADORA DA PAZ DE BH CLEVANE PESSOA



Envio para o Sr.Paulo a indicação para a Academia de Letras de Teófilo Otoni-MG-
 na qualidade de Acadêmico Correspondente.
 Pode  tomar posse lá.
Para mim, será uma honra tê-lo fazendo
 parte da mesma Academia que eu.
Abraços afetuosos,
Clevane Pessoa
Belo Horizonte/MG
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras.
Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil;Uruguai
Vice Presidente do Instituto de Imersão Latina-IMEL.
Embaixadora Universal da Paz -Cercle de Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça,
Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI.
Membro da Rede Catitu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI,  da APPERJ,e do PEN Clube de Itapira.
Colaboradora da ONG Alô Vida. .
Membro Honorário de Mulheres Emergentes
Divulgadora e Pesquisadora do MUNAP_Museu Nacional da Poesia
Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze
Acadêmica da AFEMIL-Academia Feminina de Letras; da ALB/Mariana;
Acadêmica Correspondente da ADL, ANELCARTES, ATRN, AIL,  ALTO, da Academia Pre-andina de Artes, Cultura Y Heráldica; Academia Menotti del Picchia
Postagem Masé Soares

DIA DA BÍBLIA


Neste "DIA DA BÍBLIA", O Senhor quer abrir nossos
ouvidos e o nosso coração para acolher a
"Palavra viva e eficaz" que brota das situações sofridas,
nos desperta da alienação e da indiferença, e nos indica
a solidariedade como exigência no caminho da salvação.


Postado por Masé Soares

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Evangelho (Lc 9,7-9)


Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos.Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Hero­des disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Comentário

Toda primeira parte do evangelho segundo Lucas é marcada também pela pergunta cristológica "quem é Jesus?" É a pergunta que o rei Herodes faz pelo que ouviu dizer: "quem será esse homem...?" O leitor do Evangelho já conhece a má fama de Herodes pela própria pluma do autor do evangelho. A visão de Herodes  é exterior (ele "ouviu falar de tudo o que estava acontecendo"; o texto não nos informa, até então de nenhum encontro entre Jesus e ele. Suas considerações estão presas ao passado: João Batista, Elias. O seu interesse de ver Jesus, não pode passar de pura curiosidade. Já no contexto da paixão, o evangelista observa: "Vendo a Jesus, Herodes ficou muito contente; há tempo que queria vê-lo, pelo que ouvia dizer dele e esperava ver algum milagre feito por ele." Jesus não pronunciou nenhuma palavra. Trata-se de um silêncio eloquente que revela a iniquidade de Herodes. Para Herodes, a identidade profunda e verdadeira se esconde, pois para conhecê-la é preciso fé.  

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Maria de Magdala se encontra com o Cristo Ressuscitado


                   A ressurreição de Jesus é o primeiro dia da Nova Criação. Os eventos após a ressurreição e as várias aparições de Jesus para seus discípulos e amigos são usados na liturgia para nos ajudar a compreender o significado desse Mistério fundamental de nossa fé.
         Vimos como Jesus morreu no dilema não-resolvido entre identificação com a condição humana e perda da união pessoal com o Pai ao sacrifício de Jesus. Ela abriu para nós, como também para ele, uma vida totalmente nova. É o momento decisivo na história humana: como resultado, a união divina é agora acessível a todo ser humano.
         A primeira cena da ressurreição se passa num contexto cósmico. Do ponto de vista bíblico, o jardim em que se situou o sepulcro de Jesus nos lembra o Jardim do Éden. Os dois jardins se justapõem: no primeiro, a família humana, nas pessoas de Adão e Eva, perdeu a intimidade e a amizade com Deus; no segundo, Maria de Magdala (da qual Jesus expulsara sete demônios...) aparece como primeira receptora da boa nova de que a intimidade e a união com Deus estão disponíveis de novo.

Livro Mistério de Cristo   pág. 105-106
Autor: Thomas Keating


O ídolo e a Idolatria



“Um ídolo é antes de mais nada um objeto. Ele pode servir tanto para adoração quanto para destruição”. Gilberto Nunes

“Antes se precisava lutar, aprender algum instrumento, interpretar, cantar, construir... Hoje, basta mostrar a bunda num reality show. Pronto! Está feito ídolo”. Luis Branco

A idolatria em excesso pode tornar-se perigosa, como no caso histórico dos quase mil fiéis ao pastor Jim Jones, que em 1978 cometeram um suicídio em massa na Guiana Francesa graças à uma ordem do religioso.

Segundo pesquisa recente, a idolatria exacerbada é inerente ao ser humano, pois estamos sempre insatisfeitos com a própria vida e precisamos buscar algo mais. No caso de ídolos divinos ligados à religião. Já quando idolatramos alguém é porque gostaríamos de SER aquela tal pessoa e, aí, o caos está instalado. Nos idólatras, a mola propulsora é sua insatisfação pessoal, nos idolatrados é a busca insana por fama e fortuna. Isso explica o sucesso de reality shows e programas como American idol e Fama. Fato é que não há opressor se oprimido, assim como não há adorador sem objeto de adoração. Como Deus e o diabo um não existe sem o outro. E em todas as áreas há ídolos. Quer seja na profissional, cultural e até amorosa. O ser humano ainda precisa dos astros e das estrelas como símbolos de suas incertezas. Ele precisa adorar o firmamento, desejar aquilo que não alcança ou supõe não alcançar.
O século 21 vem se apresentando como um celeiro de ídolos diversificados. A juventude, principalmente é responsável pelo delírio que a fama causa. Basta ir a um show de quaisquer destes grupos teen para entender perfeitamente o que é a idolatria. Como num templo ou numa seita de fanáticos, se ouvem gritos, se observam pulos e até choros desesperados. Tudo para, se possível, tocar um leve segundo em seu ‘alvo’ adorado, mesmo que este não perceba. Muitos colecionadores, inclusive, começam essa atividade acumulando objetos de uso pessoal ou ligados a tais celebridades. Somos seres em escala evolutiva, mas alguns costumes não mudam. Adorar e cometer atos de violência parecem costumes tão atuais quanto primitivos. Olhar de forma mais transtornada, correr para ouvir um música ou vibrar exageradamente ao comemorar um ponto ou um gol são sintomas de idolatria.

Revista: Psicologia & vida


O SENTIDO DA VIDA


O sentido da vida: não há pergunta que se faça com maior angústia, e parece que todos são por ela assombrados de vez em quando. Valerá a pena viver? A gravidade da pergunta se revela na gravidade da resposta. Porque não é raro vermos pessoas mergulhadas nos abismos da loucura, ou optarem voluntariamente pelo abismo do suicídio por terem obtido uma resposta negativa. Outras pessoas, como observou Camus, se deixam matar por idéias ou ilusões que lhes dão razões para viver: boas razões para viver são também boas razões para morrer.
Mas o que é isto, o sentido da vida?
O sentido da vida é algo que se experimenta emocionalmente, sem que se saiba explicar ou justificar. Não é algo que se construa, mas algo que nos ocorre de forma inesperada e não preparada, como uma brisa suave que nos atinge, sem que saibamos donde vem nem para onde vai, e que experimentamos como uma intensificação da vontade de viver a ponto de nos dar coragem para morrer, se necessário for, por aquelas coisas que dão à vida o seu sentido. É uma transformação de nossa visão do mundo, na qual as coisas se integram como em uma melodia, o que nos faz sentir reconciliados com o universo ao nosso redor, possuídos de um sentimento oceânico – na poética expressão de Romain Rolland -, sensação inefável de eternidade e infinitude, de comunhão com algo que nos transcende, envolve e embala, como se fosse um útero materno de dimensões cósmicas.

Ver um mundo em um grão de areia
e um céu numa flor silvestre,
segurar o infinito na palma da mão
e a eternidade em uma hora
(Blake)

Mas o sentido da vida não é um fato. Num mundo ainda sob o signo da morte, em que os valores mais altos são crucificados e a brutalidade triunfa, é ilusão proclamar a harmonia com o universo, como realidade presente. A experiência religiosa, assim, depende de um futuro. Ela se nutre de horizontes utópicos que os olhos não viram e que só podem ser contemplados pela magia da imaginação. Deus e o sentido da vida são ausências, realidades por que se anseia, dádivas da esperança. E talvez seja esta a grande marca da religião: a esperança. E talvez possamos afirmar, com Ernest Bloch: “Onde está a esperança, ali também está a religião.”

Autor: Rubem Alves
Livro: Transparências da eternidade






Arnold Toynbee ensina que o homem deveria viver para amar, compreender e criar. Deveria empregar toda a sua habilidade e força, sacrificando-se, se necessário fosse, para a consecução desses três objetivos. Qualquer coisa valiosa pode exigir sacrifício. Valor absoluto é aquele que dá significado à vida humana e é capaz de superar o egocentrismo inerente ao homem. O amor transforma o sentido de hostilidade.
A privação ou a renúncia ao amor em termos individuais tem inspirado alguma atitudes de manifestações de amor à humanidade ou ao ser supremo, de um fluxo em outra direção e com outro objetivo, quando comparado ao amor trocado diretamente entre duas pessoas. Ao poeta Dante foi negado tanto o amor de Beatriz, como o de sua cidade natal, Florença. Em suas cartas do exílio, assinava: “Dante de Florença injustamente exilado”Após a morte de Beatriz e ainda no exílio ofereceu ao mundo a DIVINA COMÉDIA.

Texto: A sociedade do futuro
Zahar editores 



OS NOVOS TIRANOS


Na China, eles são chamados de “os pequenos imperadores”. É a geração nascida após junho de 1979, quando o governo chinês instituiu a política de um filho por casal para conter a ameaça de uma iminente explosão populacional. Desde então, quem tem um segundo filho é obrigado a abortá-lo. A estratégia evitou o nascimento de cerca de 250 milhões de chineses, segundo a fundação China Development Research. E a bomba demográfica foi desativada: em 1975, 73% dos casais do país tinham mais de um filho. Em 1983, esse índice já murchara para 9% - e isso porque o governo deu uma colher de chá nas regiões rurais, permitindo um segundo filho, às vezes. Mas o controle radical de natalidade teve um preço.
Segundo a opinião pública local, a nova geração de chineses é mimada, egoísta e pouco chegada ao trabalho. Em janeiro, essa impressão foi confirmada pela primeira vez por uma pesquisa científica. O estudo australiano, publicado na revista Science, já dá uma ideia de suas conclusões no título: Pequenos Imperadores. “O contraste entre as gerações é grande, mesmo separadas por apenas dois anos”, disse à GALILEU Lisa Cameron, economista da Monash University (Austrália) e coautora do estudo.
A pesquisa foi feita em Pequim com 421 chineses nascidos entre 1975 e 1983 – quatro anos antes e quatro depois da medida. Usando jogos, os pesquisadores mediram o grau de altruísmo, confiança, aversão ao risco e senso de competição dos jogadores. Nem teste de aritmética, por exemplo, o jogador podia realizá-lo sozinho, com premiação modesta, ou em equipe, com um prêmio gordo. Os filhos únicos geralmente preferiam a primeira alternativa. “Descobrimos que eles raramente falaram com os pais na infância sobre solidariedade”, diz Lisa, que, a propósito, tem duas irmãs.

Revista: Galileu

Pág. 17

Evangelho (Lc 9,1-6)



Naquele tempo, Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado nem sacola nem pão nem dinheiro nem mesmo duas túnicas. Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles”.Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Comentário

Entre o chamado dos Doze sobre a montanha e o envio deles em missão foi percorrido um itinerário no qual eles puderam ouvir os ensinamentos de Jesus e contemplar os seus "atos de poder", que davam vidas às pessoas, libertando-as do mal. Eles recebem o poder e a autoridade do Senhor. É participação no poder de Jesus Cristo. Trata-se, aqui, do poder do Espírito Santo, que é uma força do alto para o testemunho. é o testemunho que torna presente não somente as palavras de Jesus, como também seus gestos. Palavra e ação suscitavam as pessoas à fé na vida. Essa coerência interna de Jesus fazia dele uma uma pessoa digna de fé. As recomendações para a missão implicam despojamento, pois a segurança dos Doze está no Senhor que os envia.  A preocupação com a segurança pessoal não pode distraí-los, pois são portadores de um anúncio que tem incidência na vida das pessoas. é preciso que os Doze tenham presente a possibilidade de que a mensagem cristã não seja aceita por todos, a exemplo do próprio Mestre, rejeitado em sua pátria. a missão dos discípulos é itinerante, pois todas as pessoas são destinatárias do anúncio cristão. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013



Lançamento do Livro: Memórias de um Seminarista
Autor: Paulo Motta (professor, Promotor de Justiça, Padre dispensado do exercício do ministério pelo Papa Paulo XI)
Preço: R$ 20,00
O Livro contém 229 páginas  e nelas se desenvolvem pequenos contos da vida  de seminário, geralmente em seus aspectos hilariantes num total de 160 contos.
A capa do Livro é uma obra de arte do Goiano Luiz Olinto, consagrado em todo o Brasil. 

A realizar-se no dia 04 de outubro de 2013, às 08:45 na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás. 
NA FILA DO BANCO



  
 Um homem encontra uma amiga no banco, com seu bebê de poucos meses no colo. Ela ainda está meio abobalhada de felicidade com o primeiro filho. Por isso, quer que o amigo compartilhe essa felicidade, segurando a coisa linda nos braços. É o que ele faz, acompanhando o gesto com os comentários maravilhados e enternecidos que manda a boa educação.
O homem ia pagar uma conta no banco, e a fila estava enorme. Examinando as placas acima dos caixas, percebeu que o banco oferece atendimento preferencial para idosos, deficientes físicos, gestantes e pessoas com bebê de colo.
O homem então pede à sua amiga para segurar o bebê por mais cinco minutos, passa à frente dos desbebezados, faz seu pagamento e devolve a criança à mãe, que o chama de aproveitador de inocentes e diz que não está criando filho para ser furador de filas.
Não sei como as pessoas da fila não perceberam sua falcatrua e não lhe deram umas bolachas que ele bem merecia...

Livro: Você e as circunstâncias
Autor: Artur Eduardo
Pág. 76/77


QUEM AMA, CUIDA!



“Padre, isto é demais, não é?”, me disse um amigo, quando eu lhe mostrei qual seria o acabamento bonito demais, ou seja, “caro” demais para colocar num lugar onde haveria muita gente “usando de qualquer jeito”. A conversa parou por aí, pois tudo já estava decidido, mas, me levou a pensar, e muito em como ainda separamos fé e vida. Primeiro, porque a casa do meu amigo tinha o que havia de melhor em acabamentos e nem por isso era “bonito demais”; além disso, ele lutou muito para conseguir tudo o que possuía, e merecia possuir, pois lutou honestamente. E, apesar de ser impossível conter os que pudessem “usar demais” aquela igreja, era um bem da comunidade local e todos tinham colaborado com dinheiro e trabalho para que a concluíssemos, e tinham o direito de usar. Mas o que me intriga especialmente não é a pergunta em si, mas o que está por trás dela... a falta de consciência do que é para o cristão o Templo, a Casa de Deus, a Igreja.
Embora queríamos uma igreja arrumada e bem cuidada, acolhedora e relativamente confortável, com som e iluminação adequadas, não queremos assumir todo compromisso e partilha que isso nos pede.

Autor: Padre Reginaldo Carreira
Revista: Família Cristã pág. 18

Por quem os sinos dobram?


Nenhum homem é uma ilha,
isolado em si mesmo;
todos são parte do continente,
uma parte de um todo.
Se um torrão de terra for levado
pelas águas até o mar,
a Europa ficará diminuída,
como se fosse um promontório,
como se fosse o solar
de teus amigos ou teu próprio;
a morte de qualquer homem me diminui,
porque sou parte do gênero humano.
E por isso não perguntes
Por quem os sinos dobram;
Eles dobram por ti.

Livro: Estou de Luto

Autor: José Carlos Bermejo

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Do menos ao mais


A fraqueza é o início da força.
A dúvida é a busca da fé.
A queda é a causa do levantar-se.
A indecisão é a porta da resolução.
A ignorância é o primeiro degrau do saber.
A curiosidade é o pórtico do aprendizado.
A revolta é o motivo da futura resignação.
O egoísmo é o passo inicial do amor.
O orgulho é a ladeira que desce até a humanidade.
A sensualidade é o aprendizado do amor universal.
A noite é a matriz donde nasce o dia.
O sofrimento do enfermo
É o principio da esperança da cura.
A montanha eleva-se a partir da planície.
A virtude nasce de um vício corrigido.
A bonança chega após a procela.
A primavera promana do inverno.
O sol aparece depois da escuridão.
O repouso é mais sentido após a estafa.
A saciedade é o apaziguamento da fome.
O sono é mais reparador quando o dia foi trabalhoso.
O silêncio descansa mais depois do barulho.
O encontro do ser amado
É mais alegre após a saudade da ausência.

 Livro: Sugestões Oportunas
Autor: C. Torres Pastorino
Pág. 111/112

Escrevi uma prece muito simples


Escrevi uma prece muito simples, que sempre fiz pela manhã, durante minhas orações. Eu a repetia como um voto, promessa que me obrigava a cumprir. É assim:

“Não terei medo de ninguém sobre a terra.
Temerei apenas a Deus.
Não terei má vontade para com ninguém.
Vencerei a mentira pela verdade,
E na minha resistência à mentira”.



Aí está o meu caminho, resultado de uma longa busca, em meio às humilhações. Ah! Como o corpo clama por vingança, depois da afronta. Senti o seu fascínio, quando a cólera brotava dentro de mim. Mas era nessas horas que eu ouvi as palavras do Bhagavad Gita:

“Da perturbação dos sentimentos, vem o erro;
do erro, a ruína da razão;
da ruína da razão, nasce a morte”.

“Você se lembra?
A vingança é doce por um momento, mas seu fim é amargo. Acontece que eu desejava a vida.
Quanto tempo se leva para cortar uma árvore? Uns poucos minutos e tudo está terminado. Mas, para sentar à sombra da árvore que se está plantando, muito tempo terá de passar. Terá de haver uma longa espera, e paciência. É sempre assim. Os caminhos da morte são mais rápidos. Por eles, andam os que têm pressa. Já os caminhos da vida são vagarosos. É preciso caminhar na esperança... matar o inimigo é muito fácil. Mas transformá-lo num amigo é coisa difícil e incerta, que requer muita coragem. Posso, pela intimidação, obrigar que os outros me deixem andar na mesma calçada, viajar no mesmo trem, hospedar-me no mesmo hotel. Mas ela nada pode fazer com os olhos. Lá ficam, duros e maus, cheios de ódio, à espreita, na emboscada, aguardando o momento da vingança. Eu não queria vitórias como essas, que misturam o ódio ao ar que se respira”. Daí, a minha prece.

Poderão dizer que os caminhos que escolhemos são lentos, os frutos tardam e quando amadurecem são poucos. Dirão que o mundo não é satyagraba, que a realidade é outra... Eu só posso responder: se assim não for, valerá a pena viver? Quem poderá ter paz de espírito num mundo em que a violência tem sempre a última palavra: Creio em Deus. E isso me garante que não pode existir nenhum desejo do coração que, sendo puro em sua impaciência, não venha, um dia, a ser atendido. Tenho paciência. Esperarei por esse dia...

Autor: Rubem Alves

Livro Reverência pela vida



MENTE E CORPO UM DILEMA


Nossa mente é provavelmente a coisa que temos de mais íntimo, e a ela vinculamos os nossos pensamentos, tristezas, alegrias, angústias, intenções, julgamentos, e assim por diante. Contudo, quando tentamos compreender de modo sistemático e coerente a natureza das relações entre a nossa mente e o nosso corpo, nos defrontamos com o problema mente-corpo. Configura-se como um problema porque o cérebro é um sistema físico, público e extenso, mas os fenômenos mentais, principalmente aqueles que envolvem consciência, parecem ser essencialmente subjetivos, inacessíveis à observação e à mensuração e, portanto, escapando a uma apreensão científica.
Sob um ponto de vista histórico, Descartes foi o precursor deste problema ao defender que pensamento e corpo estavam em realidade completamente distintas, que se relacionavam causalmente. Como explicar esta interação entre algo imaterial e algo material? Descartes a explicou postulando que a glândula pineal era a interface entre mente a matéria, mas a sua solução apenas transferia as dificuldades impostas pelo seu dualismo.

Revista de Filosofia
Autor: Daniel Borgoni

Pág.57

Ministro tem de ser decente


José Bonifácio, chamado de o Patriarca da Independência, era ministro-conselheiro do imperador Pedro I e Martin Francisco, seu irmão, ministro da Fazenda. Certa vez, José Bonifácio recebeu o seu salário, em dinheiro, e o guardou sob o forro do chapéu. Esqueceu o chapéu em algum lugar e ficou sem o dinheiro. Como era muito honesto, iria passar dificuldade. O imperador chamou Martin Francisco e o indagou sobre a possibilidade de compensar José Bonifácio com outra forma de recuperação do salário perdido. Ouviu de Martin Francisco um respeitoso, mas sonoro não. “A única coisa que posso fazer, majestade, é dividir o meu salário com ele”, disse ao imperador. E assim foi feito.
Tanta dignidade nesse exemplo e tanta falta de dignidade registrada no últimos tempos envolvendo ministros.
Existe uma expressão, não muito usada por sinal, que se encontra apenas nos idiomas português e espanhol, sem correspondente em outras línguas. Um vocábulo rico, pois incorpora quatro significações. Trata-se do termo pundonor, que o Dicionário Aurélio define como sentimento de dignidade, brio, honra e decoro.
Ministros tinham de possuir em elevado grau este quádruplo sentimento, com uma conduta sempre digna, nunca perdendo o brio, jamais a desonra e mantendo atitudes permanentemente decorosas. Essa pundonorosa soma de valores é um patrimônio moral e cívico que oxalá fosse encontrado em maior quantidade.

Autor: Hélio Rocha


Jornal: O Popular 08/12/2012











Evangelho de Lc 8,16-18




Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Ninguém acende uma lâmpada para cobrí-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Comentário

A perícope  evangélica de hoje dá continuidade à parábola de semeador e à explicação aos discípulos. A semente é a Palavra de Deus semeada no coração do ser humano. O ensinamento de Jesus é para os discípulos o mistério do Reino de Deus, uma vez que revela, que faz conhecer. 
"Tua Palavra", diz o salmista, "é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho." A lâmpada é acesa por Jesus através do seu ensinamento e ilumina não só o interior da casa, mas quem entrar deve ter a oportunidade de ver a luz. O fruto do Reino de Deus é uma luz no coração do discípulo que brilha e atrai. Isto é confirmado pelo provérbio do v. 17: tudo o que o discípulo aprende em particular deve se manisfestar para que outros  sejam iluminados. O anúncio cristão é uma verdadeira luz, que faz conhecer o mistério de Deus. Não há luz para si, há luz dada para iluminar os outros, para tornar conhecido. A advertência do v. 18a: "olhai, portanto, a maneira como ouvis" é uma alerta, pois uma escuta autêntica produz o dinamismo de transmitir o que se escutou, para que os outros sigam iluminados. Sem essa transmissão, é com se a lamparina fosse privada do oxigênio que a permite brilhar e iluminar. 

domingo, 22 de setembro de 2013

PARA MEDITAR...


“Ninguém passa pela tua vida por engano. Não existem erros nos planos de Deus.” Com certeza, Deus não se engana. Ele é pura perfeição. Tudo o que vem de Deus tem um princípio unificador. Viver, então, é tentar descobrir o que Deus quer de nós; é percorrer um grande labirinto com a certeza de que há um ponto de chegada. Imagino que uma das grandes vontades de Deus é que todos se encontrem e vibrem com esse grande evento denominado VIDA. Mas a vida, depois de emergir do coração amoroso de Deus, assume contornos humanos. Ele dá a vida e não mais interfere: capacita para a liberdade e deixa que cada um faça suas descobertas e suas escolhas. Ele aproxima, aprimora a afinidade, permite que alguns compartilhem sonhos... De fato, ninguém passa em nossa vida por engano. O que é comum acontecer é deixar de se encantar. Muitas pessoas trocam de amigos, de parceiros, de lugares... Às vezes sem explicação. O segredo deveria ser conhecido por todos: o que é eterno também necessita de cuidados e de cultivo. É bem fácil afirmar: ‘eu me enganei!’ Quando, na verdade, você deixou de cultivar aquele sentimento que, um dia, nasceu tão forte e de uma forma inexplicável. Todos que passam em nossa vida, deixam algo e levam algo. Isso é fantástico! Bênçãos! Paz e Bem! Abraços!
 Frei Jaime Bettega

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mensagens 

Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias.
Harry Benjamin.

Sonhos são gratuitos. Transformá-los em realidade tem um preço.
Ennis J.Gibbs

Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros foram.
Alexandre Graham Bell

O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao homem.
Frederio F.

Às vezes é bom acreditar na evolução e pensar que o homem ainda não está concluído.
John M. Henry

Por muito frio que seja o inverno, é sempre seguido pela primavera.
Eddie Vedder.

O oposto da vida não é a morte, é a indiferença.
Erih Wiesel

A humanidade deverá pôr um termo à guerra, ou a guerra irá pôr um termo à humanidade.
John Fitzgerald Kennedy

As injúrias são as razões dos que não têm razão.
Jean – Jacques Rousseau

Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Como nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.
Buda

Um covarde é incapaz de demonstrar amor – isso é privilégio dos corajosos.
Gandhi

A paz vem de dentro de você mesmo. Não procure à sua volta.
Buda

O que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de humilhar os outros, para se sentirem fortes...
Gandhi

Quem olha para fora, sonhar; quem olha para dentro, desperta.

Carl Young
OS Salmos - um encontro de vida com Deus 
Da Desolação à Consolação 

moisés
Caminhando pelas trilhas da Bíblia  deparamos frequentemente com um fato singular: o ponto de partida de onde se levanta e sobe a Deus o coração do homem é o nível zero. 
Quando se tornou o fundo da indigência, não sobra mais vislumbre de esperança humana; quando o homem conhece e reconhece que nada pode, fica sem ter onde agarrar, porque todas as vigas de sustentação estalam e cedem. Então Deus se levanta, no meio do caminho, como a única coluna de segurança.
No deserto do Sinai, o povo declarou-se em rebelião contra Deus e contra seu servo Moisés. Soltou as rédeas de sua decepção e, entre soluços e saudades, protestava e reclamava a carne e o peixe, as verduras e as cebola do Egito.
Nesse momento também a barca de Moisés fez água por todos os lados, e também ele rompeu numa longa lamentação contra Deus: "Por que me tratas assim? Porque tenho que carregar sozinho o peso de todo um povo? Porque não me dás um olhar de benevolência, mesmo fugaz? Depositastes nos meus braços este povo, um povo cabeçudo que não fui eu que gerei, e me obrigas a carregálo até a terra prometida. Onde é que vou arranjar carne para eles comerem? É muito pesado para mim. Se é para me tratar assim, mata-me por favor, se encontrei graça diante de teus olhos, para que não precise sofrer por mais tempo esta desventura".
E Deus, compreensivo, veio socorrer a solidão de seu servo com uma assistência especial e dividiu as responsabilidades.

Livro: Salmos para a vida
Autor: Inácio Larrañaga
Evangelho (Lc 7,36-50)


Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.
Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume.
Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.
Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre”! “Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.
Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Comentário

Jesus é convidado para um jantar na casa de um fariseu de nome Simão. Uma pecadora da cidade entra na casa e lava os pés de Jesus com as suas lágrimas, enxuga-os com seus cabelos e os unge com perfume. O que significam os gestos  da mulher? Quem perdoa os pecados, Jesus ou Deus? Jesus, para responder à objeção do fariseu, conta uma parábola que não se aplica adequadamente ao contexto imediato. A parábola visa ressaltar gratuidade do credor é ele que perdoa não importa  qual seja a dívida. Deus perdoou a mulher por sua fé em Jesus. Os gestos da mulher não são simplesmente um sinal de arrependimento, mas profunda fé naquele para quem ela oferece tais gestos. Ela crê em Jesus, o médico, que chama os pecadores à conversão. Isto não significa que o perdão é devido a fé, mas que a fé é necessária para acolher o dom do perdão. a fé purifica. A resposta à gratuidade do perdão recebido será o amor por Jesus, expresso no seguimento e na ajuda dada a Jesus e seus discípulos.